Vingança Sombria de uma Esposa Indesejada: Os Gêmeos Não São Seus! - Capítulo 87
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87: Historiadores em Formação 87: Historiadores em Formação Na pergunta de Atena, Aiden desviou o olhar, concentrando-se em algo não visto do lado de fora.
Atena suspirou, sentindo o peso dos pensamentos não ditos entre eles. “Aiden, eu não posso tirar isso de você. Eu sei o quanto você queria passar tempo com sua filha! Você sofreu por ela nesses últimos meses! Você deve ir!”
Ele acenou lentamente, sua expressão pensativa. “Logo. Eu irei logo. Mas antes eu preciso contratar um novo motorista para você. Não acho que consiga descansar até que isso esteja resolvido,” Aiden murmurou, com determinação entrando em sua voz.
“Na verdade, eu tenho alguém em mente,” ele acrescentou, um toque de empolgação surgindo em seu tom. “Ele é bem habilidoso, exatamente como eu—jovem, sangue novo…” Ele riu do próprio gracejo, mas quando voltou seu olhar para Atena, notou o seu semblante sério.
“Perdoe-me se não estou entusiasmada com isso. Você sabe que não me aproximo facilmente das pessoas. Já fui enganada mais vezes do que posso contar. Se dependesse de mim, eu dirigiria sem problemas. Também não usarei táxis,” Atena respondeu, firme em sua fala.
“Não, eu não posso aceitar isso,” Aiden retrucou, balançando a cabeça. “Você trabalha demais. Não pode acrescentar a direção à sua lista já cheia de afazeres. E quanto aos seus filhos? Você seria responsável por transportá-los e você sabe que Gianna não pode dirigir.”
Atena suspirou. Desde o acidente que levou seus pais, Gianna tinha desenvolvido uma aversão por dirigir. Um medo enraizado na sobrevivência; os médicos haviam dito que era um milagre ela ter saído ilesa.
“Certo, então. Uma vez completado o processo de contratação, eu gostaria de conhecer essa pessoa que você acha que está à sua altura.”
Aiden riu, abrindo a porta do carro enquanto saía. “Você está realmente obcecada comigo, mulher…”
Atena debochou, um sorriso rompendo sua falsa irritação. “Imagina. Você só quer se divertir.” Ela desceu e fechou a porta, mas antes que pudesse se afastar, Aiden chamou.
“Eu estava vindo abrir para você, minha dama!” ele brincou dramaticamente. “Dê um oi para as crianças por mim!”
Revirando os olhos, mas mantendo seu sorriso, Atena o dispensou com um aceno enquanto se dirigia ao prédio.
Aiden balançou a cabeça, entrando no carro. Ele partiu, deixando Atena refletir sobre a conversa deles. Ele tinha uma reunião com o chefe da equipe, e esperava que trouxesse boas notícias.
Ao entrar em seu apartamento, Atena foi recebida pela visão de Nathaniel e dos gêmeos espalhados pelo chão, imersos no novo conjunto de Lego que Ewan tinha dados a ele.
Contudo, no momento em que Nathaniel sentiu sua presença, ele jogou os Legos atrás dele, e o trio rapidamente se sentou diante deles, com os olhos arregalados.
Atena não pôde deixar de rir, seu coração se enchendo com as travessuras deles. “Vocês não precisam esconder, Nathaniel. Eu também amo os presentes que ele enviou. Ele é bastante atencioso, não é?”
O alívio caiu sobre eles enquanto se relaxavam mais uma vez. Os gêmeos trocaram olhares aliviados, e Kendra juntou-se a eles no chão, rindo.
Atena se estabeleceu em sua rotina, enviando uma mensagem para a enfermeira-chefe perguntando sobre a resposta da tia de Kendra ao tratamento.
Depois, ela mandou mensagem para Ethan sobre encontrar um apartamento adequado, esperando um ambiente acolhedor para Kendra.
Mesmo que a pequena não fosse sua — e provavelmente fosse filha de um inimigo — ela não podia deixar de sentir um carinho especial por ela. Ela queria o melhor para Kendra.
Pensando em filhas e corações, ela enviou outra mensagem para Chelsea, pedindo sobre os resultados do DNA.
Satisfeita com o progresso do seu dia, ela seguiu para a cozinha, desejando uma bebida refrescante.
“Vocês já comeram, não é?” Ela chamou da cozinha.
“Sim, Mamãe. Não tivemos problema com o micro-ondas. Como eu tinha te garantido mais cedo, é fácil fácil,” Nathaniel respondeu orgulhoso.
Atena acenou, rindo. “Entendi! Obrigada por cuidar das meninas.”
“De nada, Mamãe! É meu dever, e sempre um prazer,” ele declarou.
Sentindo-se grata por seus filhos, Atena se serviu de um copo de suco.
Foi então que Kathleen falou, “Então, Mamãe, como foi?”
Atena franziu a testa, quando percebeu que Kendra estava ausente. “Onde está Kendra?”
“Ela foi usar o banheiro,” Nathaniel explicou, se jogando no sofá ao lado de Kate.
“Entendi. Então, vocês rastrearam meu relógio?” Ela perguntou, sentando-se ao lado deles e se sentindo tranquilizada pela presença deles.
Os gêmeos negaram com a cabeça em uníssono.
“De jeito nenhum, Mamãe. Você mencionou que ia sair para ver um paciente essa manhã,” Kate respondeu.
“Certo…” Atena refletiu.
“Confie em nós, Mamãe,” Nathaniel entrou na conversa. “Mesmo que você tenha nos assegurado que poderíamos rastrear a qualquer momento, só faremos isso em casos de emergência. Pode ficar tranquila que não invadiremos sua privacidade.”
Atena acenou lentamente, impressionada com a compreensão e o vocabulário de seus filhos. Sua professora havia elogiado a excelência deles em todos os sentidos, incluindo esportes, numa mensagem que ela havia recebido mais cedo.
“Tudo bem. Obrigada, meus queridos. O dia foi bom. Embora minha semana vá ficar lotada em breve. A cidade onde permiti acesso ao trabalho está cheia de pacientes afetados pela doença,” ela respondeu.
“Que pena,” Nathaniel disse, franzindo a testa preocupado. “Você consegue tratar todos eles?”
“Sim,” Atena afirmou com um sorriso. “Eu consigo.”
“Que bom! Faremos tudo que pudermos para facilitar o seu trabalho!” Kathleen ecoou, sorrindo para sua mãe.
Atena sentiu um orgulho enorme ao olhar para seus filhos. Ela se agachou, acariciando suas cabeças carinhosamente, e deu beijos macios em suas testas. “Obrigada, meus amores.”
“Rápida pergunta, Mamãe…” Kathleen começou, seus olhos brilhando de curiosidade.
“Sim, pode perguntar,” Atena encorajou.
“Nos conte sobre cidades e vilas. Qual é a diferença?” Ela perguntou, com um interesse genuíno iluminando seu rosto.
Atena pausou, observando as expressões curiosas de seus filhos. Conhecendo-os bem, ela sabia que eles não faziam perguntas aleatórias. Pior, a pergunta podia ser facilmente respondida em um mecanismo de busca.
Havia um motivo para essa pergunta, mas ela os atendeu.
“Certo, meus pequenos historiadores talentosos,” ela começou, com um sorriso nos lábios, “deixe-me contar sobre a diferença entre vilas, cidades e clãs.”
“Cidades são geralmente maiores, locais agitados cheios de todos os tipos de atividades e muitas pessoas diferentes. Vilas, por outro lado, são menores. Elas podem ter uma comunidade unida onde todos se conhecem, como a escola de vocês, onde veem rostos familiares todos os dias.” Ela olhou para eles, avaliando sua compreensão.
Nathaniel franziu a testa. “Então, quanto mais pessoas, maior a cidade?”
“Exatamente,” Atena respondeu, acenando com orgulho. “Em cidades, muitas vezes há muitas culturas e tradições diferentes entrelaçadas, o que pode torná-las bonitas, mas também pode significar mais disputas e conflitos. Vilas podem ser mais simples, mas muitas vezes têm histórias enraizadas em gerações. Há um senso de lealdade e tradição.”
“Histórias enraizadas em gerações? É por isso que o Sr. Ewan é visto como chefe na cidade Z? É por isso que você morou na cidade do Ewan? Por que não na cidade?” Nathaniel indagou, alertando Atena para a principal razão por trás da pergunta de Kathleen.
Seus filhos estavam investigando novamente. Ainda assim, ela acreditava que eles mereciam respostas.
Sua mente começou a vagar para o seu próprio passado. “Veja bem, seis anos atrás, antes da empresa do Ewan florescer exponencialmente e se tornar tão bem-sucedida quanto é agora, vivemos temporariamente na cidade onde sua família governou por gerações. Era uma comunidade auto-sustentável, e as pessoas dependiam umas das outras. Sua família tinha poder sobre as terras, e sempre havia um equilíbrio entre as pessoas e seus líderes. Às vezes, eles tinham disputas com cidades vizinhas, cada um tentando manter seu território e recursos.”
Ela fez uma pausa, recordando como essas disputas às vezes ameaçavam despedaçar o tecido de seu pequeno mundo. A tensão, as negociações, e as velhas lealdades eram difíceis de navegar, especialmente quando envolvia a cidade do Zack; sua cidade.
Era realmente dela, no entanto? Sua linhagem era desconhecida ainda.
“Você alguma vez teve que ajudar durante essas disputas, Mamãe?” Kathleen perguntou, com os olhos arregalados de curiosidade.
Atena riu amargamente.”Na verdade, não. Não havia espaço para isso. Não me deram oportunidade para fazer isso.” Eu estava lá apenas para procriar.
Nathaniel era perspicaz o suficiente para entender a tristeza de sua mãe, mas ele precisava saber de algumas coisas, antes de tomar seu próximo passo.
“Você vai perdoá-lo?”
Atena mordeu o lábio, contemplando sua resposta. “Eu realmente não sei.”
“Se ele algum dia tiver a doença, você vai tratá-lo?” Kate perguntou, testando-a.
“Sim. Eu vou tratá-lo se ele precisar, porque não importa o quê, ele ainda é um paciente, e… ele é o pai de vocês,” Atena disse, com um tom resoluto.
“Você tem certeza que Kendra está no banheiro?” Atena perguntou em seguida, mudando de assunto. Falar sobre o passado era deprimente.
Os gêmeos deram de ombros. “Ela está dormindo.”
Atena não se preocupou em comentar isso, ela em vez disso os levou para os quartos deles.
Enquanto os colocava na cama, um ritual familiar que lhe trazia conforto, ela beijou suas testas e sussurrou palavras de conforto, observando enquanto seus olhos começavam a pesar.
Seu coração se encheu de amor enquanto os via adormecer, seus suaves respirares acalmando o quarto.
Após apagar as luzes, ela caminhou em silêncio até a sala de estar, o coração pesado com pensamentos. As memórias de Ewan, as cidades que uma vez habitaram e as disputas que marcaram suas vidas ecoavam em sua mente. A narrativa tinha reviravoltas, assim como a própria vida. Por que não escolher abraçar as mudanças que estavam à frente?
De repente, um pensamento cruzou sua mente, fazendo seu coração acelerar: por que não começar agora?
Ela pegou seu telefone, os dedos pairando sobre a tela enquanto digitava.
‘Aceito seu convite. Vamos nos encontrar esta noite.’