Vingança Sombria de uma Esposa Indesejada: Os Gêmeos Não São Seus! - Capítulo 82
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- Capítulo 82 - 82 Salvando Um Inimigo 82 Salvando Um Inimigo Gianna ficou
82: Salvando Um Inimigo 82: Salvando Um Inimigo Gianna ficou paralisada, momentaneamente sem palavras diante da resposta de Atena.
Ela deu um passo em direção à Atena, seus olhos percorrendo rapidamente as pilhas cuidadosamente arranjadas de livros e as sacolas de presentes coloridas espalhadas pelo chão.
“Gianna, ele os trouxe no dia do sequestro.” Atena ecoou, com a testa franzida. “Eu tinha esquecido deles até ver as crianças abrindo,” Ela acrescentou suavemente, seus dedos roçando o tecido.
Os olhos de Gianna escrutinaram o vestido vermelho ardente, pausando quando ela viu uma nota presa nele. Sua mão instintivamente alcançou a delicada mensagem.
Ela leu para Atena, cuja expressão facial estava à beira da confusão.
‘Percebi que você é fã de Areso.’
“Ele está tentando te reconquistar?”
Atena suspirou, sua voz mal superando um sussurro enquanto continuava, “Não sei. Exemplares autografados dos livros de Colleen Hoover comprados após um ano do nosso divórcio, um vestido de Areso e saltos Le Fan. O que você acha, Gianna?”
Gianna respirou fundo, balançando a cabeça em descrença. “É difícil dar sentido a isso. Por que tudo isso agora, especialmente depois de tudo o que aconteceu?”
“Exatamente. Ele afirma que é para um acordo de parceria,” Atena respondeu, a frustração tingindo seu tom de voz.
Gianna riu, um som quase zombeteiro. “Parceria uma ova. Se você não quer voltar para ele, nem se dê ao trabalho de encontrá-lo. Acordos de parceria podem ser discutidos na sala de reuniões, então você pode pedir por isso. A menos que…”
“A menos o quê?” A expressão de Atena escureceu, uma sensação de inquietação se instalando em seu estômago.
“A menos que você queira contar a ele sobre as crianças,” Gianna disse bluntamente, sentando-se à beira da cama, o peso de suas palavras pairando pesadamente no ar.
Atena sentiu seu coração pular.
“Ultimamente, quando vou buscar as crianças na escola, vejo Sandro por perto…” Gianna continuou, exalando suavemente. “Eles suspeitam de algo, e não seria loucura se ele não suspeitasse, considerando a semelhança do Nathaniel com ele. Eu acho…”
Ela cruzou os braços sobre si mesma, “Eu acho que você deveria contar a ele. Se não contar, só vai gerar mais dúvidas. Suas ações após a sua verdade nos informarão sobre o que fazer a seguir. Mas é melhor acabar de vez com o suspense.”
Atena suspirou profundamente, seus pensamentos acelerados, enquanto ela descansava os quadris em cima da cômoda. A ideia de confrontar Ewan—de revelar a verdade sobre seus filhos a ele—fazia seu estômago revirar. Seria seu instinto de proteção que despertava esses sentimentos, ou seria algo mais profundo?
No entanto, Gianna estava certa sobre uma coisa: o suspense estava levemente sufocante.
“Então, eu deveria aceitar o convite dele para jantar?”
“Com certeza. É hora de enfrentar isso de frente,” Gianna encorajou, seu tom firme, mas de apoio. “Estarei bem aqui com você. Como nos velhos tempos.”
“Certo então, farei isso mais tarde,” Atena respondeu, fortalecendo-se. “Mas por agora, temos um lugar para estar. Lembre-se, tenho outra reunião com Alfonso. Você virá comigo para isso?”
“Não sei. Depende de quanto tempo gastaremos em nossa primeira visita,” Gianna respondeu pensativa, olhando em direção à porta como se esperasse alguém chegar a qualquer momento.
“Vamos então,” Atena disse, erguendo-se novamente.
Enquanto dirigiam em direção à cidade de Ewan para sua primeira visita, um sentimento de premonição enchia o ar. E quando chegaram, entenderam o porquê.
A visão diante deles era tão chocante e perturbadora. As ruas estavam estranhamente silenciosas, e a maioria dos moradores parecia estar aflita, a doença evidente nos estágios iniciais.
Gianna apertou a mão de Atena enquanto saíam do carro.
“Tem certeza de que não é transmitida pelo contato?” Gianna perguntou, sua voz tremendo de medo.
Atena assentiu, examinando o ambiente, procurando ver o que havia mudado desde seu exílio.
“Então como ela se espalha?” Gianna insistiu, urgência se infiltrando em sua voz.
“Não tenho certeza, honestamente. Foi comprovado várias vezes que não é pelo contato, mas…” Atena fez uma pausa, olhando ao redor para as faces sombrias que as cercavam. “Pelo menos aqueles que são tratados não são suscetíveis à doença mais.”
Gianna cruzou os braços, observando uma garotinha brincar por perto, uma mancha cinza marcando suas feições inocentes. “De onde veio a doença? Isso pelo menos foi descoberto?”
Atena balançou a cabeça, seu coração pesado com o peso das perguntas sem resposta.
Foi então que o telefone dela tocou, cortando o silêncio espesso. Era Alfonso. Ela atendeu no terceiro toque.
“Olá, Doutora Atena… onde você está? Ewan nos garantiu que você viria hoje…” A voz de Alfonso chiou através da linha.
Atena comprimiu os lábios, olhando para Gianna antes de responder. “Sim, já estou na cidade. Você ainda mora na mesma parte dela?”
“Claro. Nos vemos mais tarde então,” Alfonso respondeu secamente.
Atena encerrou a chamada, exalando a calma fachada de uma médica experiente.
“Vamos,” Ela disse para Gianna.
A casa de Alfonso ainda parecia a mesma, mas havia uma pesada atmosfera no ar que perdurava enquanto Atena batia na porta. Ela se abriu quase instantaneamente, revelando Alfonso com uma expressão conturbada gravada em seu rosto.
“O que você está fazendo aqui?” Atena questionou, franzindo a testa. Não era para eles se encontrarem em um restaurante mais tarde?
“Por mais que a doença não se espalhe pelo contato, não é aconselhável permanecer no mesmo ambiente com os aflitos. E quanto à sua casa na cidade?”
“Eu tenho uma casa, mas…” Ele abriu a porta mais, convidando-as a entrar. “Eu também estou com a doença. Tem certeza de que não é pelo contato? Não quero que a Fiona contraia o mesmo…”
Atena balançou a cabeça. “Não é. Preciso ver sua esposa.”
Naquele momento, ela notou a mancha cinza acima das sobrancelhas de Alfonso – um sinal de que ele não estava mentindo afinal.
Ele as conduziu escada acima para o quarto onde cuidava de sua esposa, um quarto que era ao mesmo tempo familiar e estranho para Atena.
Quando ela viu a Sra. Adams, a realidade a atingiu como um golpe no estômago.
Essa mulher, que uma vez fora uma força formidável em sua vida, agora era uma casca fina de seu eu anterior, apenas uma sombra da figura redonda que Atena se lembrava.
A mulher havia atormentado sua vida, mas naquele momento, Atena nem conseguia se vangloriar. Em vez disso, ela sentiu uma pontada de simpatia por sua inimiga.
“Sra. Adams, você acha que pode aguentar ser carregada? Precisamos transportá-la para o hospital?” Ela perguntou gentilmente, sua voz cheia de uma bondade inesperada.
Os olhos da Sra. Adams se arregalaram em choque ao perceber a presença de Atena, sua boca trabalhando silenciosamente quando ela chamou o marido com um fraco movimento de mão.
“Qual é o problema, Mag?” Alfonso correu ao lado dela, preocupação banhando seus traços.
A Sra. Adams abriu a boca e a fechou, sua voz saindo como um sussurro rouco.
Atena não conseguia decifrá-la, nem entendia como Alfonso podia ouvir as palavras.
“É como eu te disse antes, Mag. Só ela pode te curar. Ela é conhecida por trabalhar com a ética médica, então duvido que ela vá te matar intencionalmente, não quando tem um acordo pendente com Ewan.”
Ah, então a mulher tinha medo de que ela a matasse? Bem, era um bom medo para se apegar.
Mas ela era uma médica ética, e agora, ela tinha que salvar sua inimiga.
“Sim, ela está bem para ser carregada. Você pode tratá-la?” Alfonso reverteu sua atenção para Atena.
“Vamos torcer pelo melhor. Ela está na fase final da doença. A taxa de sobrevivência é de cinquenta e cinquenta agora, ou até menos.”
Alfonso soprou. “Se você tivesse…”
Ele parou quando viu a carranca no rosto de Gianna, pouco antes de ela gritar;
“Guarda para você esses pensamentos nojentos, Alfonso! Minha amiga não deve nada à sua família. Você deveria estar grato por ela ter aceitado o caso em primeiro lugar!”