Vingança Sombria de uma Esposa Indesejada: Os Gêmeos Não São Seus! - Capítulo 460
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Capítulo 460: O Ataque do Infiltrado
Aiden entendia o choque de Atena. Ele também não havia acreditado quando sua busca trouxe o mesmo resultado—quando ele assistiu à filmagem e viu Fiona, com o rosto escondido sob um boné, caminhando rapidamente por uma rua quase deserta, uma das muitas ruas fantasmagóricas deixadas pelo evento da variante do vírus cinza.
E como Atena agora, ele ficou curioso—como Fiona encontrou aquela fórmula? Só podia significar uma coisa: ela estava com Maria e Mateus, os gêmeos malvados. O patrocinador de alguma forma os capturou, mantendo-os juntos para facilitar o monitoramento.
Sem mais delongas, ele pegou seu telefone, tocou a gravação e entregou a Atena.
“Onde? Como…” ela murmurou, após assistir o clipe pela terceira vez. A mulher no vídeo era Fiona—não havia dúvidas quanto a isso. Uma versão mais magra e humilde dela, considerando os jeans justos que ela usava.
“Foi bom estabelecermos essa conexão com os amigos dos seus filhos,” Aiden disse, quebrando o silêncio dela. “Eles ajudaram a recuperar isso, incluindo identificar a localização da área naquele vídeo.” Uma breve pausa. “As tarifas deles… você viu quanto eles cobram por hora?”
Atena tinha visto, e francamente não se importava. “Podemos pagar,” ela disse. “Tenho certeza de que até o presidente gostaria de fazer o mesmo, considerando que o que estamos enfrentando é de importância nacional. Não que eu vá envolvê-lo—não quero ser presa pelo governo.”
Aiden acenou com aprovação. “Então, começamos a busca no local? Não é tão grande. Podemos terminar em menos de uma semana, considerando que teremos que ser discretos. Não sabemos se há vigilância lá.”
Atena concordou. “Tão discretos quanto possível. Não podemos arriscar que eles se movam novamente.”
Uma pausa. Então seu olhar suavizou. “Acho que isso é uma boa notícia. Apenas, gostaria que pudéssemos contatá-la…”
Fiona.
Seria essa sua tentativa de reconstruir pontes? Atena não tinha certeza—mas podia dizer que estava agradecida. Agradecida o suficiente para perdoar os pecados de Fiona por salvá-la da armadilha que Kael havia cuidadosamente orquestrado.
Se não fosse por Fiona, como ela teria salvado a situação? Como ela teria salvo milhares de vidas que haviam inundado o hospital apenas naquela semana?
Ela também estava agradecida pelos homens discretos de Ewan, que facilitaram a transferência de vacinas para outras instalações onde eram necessárias. Fora uma semana de trabalho—trabalho e mais trabalho—mas de alguma forma parecia mais fácil sabendo que tinha pessoas com ela. Sua família.
“Teremos que respeitar as decisões dela, eu acho,” Aiden disse calmamente. “Não sabemos a condição em que eles podem estar—se também são reféns.”
Atena acenou com a cabeça. “Esperemos que ela entre em contato novamente. Até lá, inicie a busca. Eu adoraria me juntar a você, mas—”
“Claro que não,” Aiden interrompeu com um pequeno sorriso. “Você tem as mãos ocupadas aqui.”
Assim que ele falou, o telefone dela começou a tocar.
Ela franziu a testa quando viu o identificador de chamadas—era o presidente. Ela o levantou ligeiramente em direção a Aiden. “Veja quem está ligando. Você acha que algo está acontecendo?”
Aiden ficou igualmente surpreso, suas sobrancelhas franzidas. “Atenda… vamos saber o que ele quer.”
Ela atendeu e colocou no viva-voz. “Bom dia, Sr. Presidente.”
“Bom dia, Atena.”
Algo estava errado. Terrivelmente errado. Atena concluiu isso imediatamente pelo tom dele—triste, cansado, à beira de quebrar. Era a primeira vez que ela ouvira o presidente soar de qualquer forma que não fosse autoritário ou animado.
“Qual é o problema, senhor?” ela perguntou, gentil mas cautelosa.
“Minha esposa,” ele disse tremendo. “Acho que ela foi infectada com o mal cinza. Meus dois filhos estavam tossindo mais cedo esta manhã… Eu não sei…”
Atena fechou os olhos. Eles tinham conseguido. O infiltrado—que sempre escapava entre os dedos deles—tinha atacado de novo.
E mais uma vez, Atena se encontrou agradecendo silenciosamente a Fiona.
O que teria acontecido se ela não tivesse ouvido os conselhos de sua avó? Se ela tivesse deixado a vingança consumi-la e matado Fiona em vez disso? Ela teria se tornado exatamente o que desprezava—e o mundo teria sido consumido pelo ataque da nova variante.
“Aiden e eu estamos a caminho,” ela disse firmemente, olhando para ele. “Você não precisa se preocupar. Estaremos aí o mais rápido possível.”
Assim que a ligação terminou, Atena não perdeu um segundo. Ela pegou sua bolsa e saiu de seu escritório, Aiden seguindo logo atrás.
“Não há como ele ter vindo até aqui,” ela disse rapidamente, caminhando pelo corredor. “Não seria uma boa imagem para a imprensa. E não há tempo para organizar uma retirada clandestina da casa dele também…”
Enquanto falava, eles se aproximaram de seu laboratório, onde as vacinas estavam armazenadas sob custódia protetora.
“Parte dos presentes de Kael, hein?” ela murmurou amargamente. “Ele deve ter achado que os outros pacientes não estavam morrendo rápido o suficiente.”
Agora fazia sentido.
A primeira leva de pacientes estava mantida em outra seção do hospital, ainda sob contenção leve—não só porque ela ainda não tinha anunciado a cura, mas também porque eles não estavam prontos para serem liberados ao público.
E os primeiros que estavam com a gangue—bodes expiatórios involuntários, que agora odiavam a gangue, estavam agora oferecendo informações às autoridades.
Graças a isso, o governo—junto com a Operação Nimbus—estava invadindo esconderijos por todo o país.
“Bem, que pena,” Atena murmurou sombriamente. “Eles não vão morrer de jeito nenhum.”
E mais uma vez, sua mente se voltou para Kael—como ela queria matá-lo lentamente, começando pelos dedos que ele usava para enviar suas ameaças.
Trinta minutos e um voo depois, eles estavam dentro da residência privada do presidente.
Um dos homens da segurança do estado—um dos poucos ainda presentes—os guiou pelo corredor, enluvado e mascarado. Os outros devem ter sido mantidos afastados, cansados da ameaça sempre presente de infiltração.
Aiden e Atena, já equipados com roupas de contenção, entraram na sala. Eles colocaram suas bolsas médicas em uma mesa, olhos piscando para o presidente, que estava ao lado da grande cama, observando sua esposa e filhos tremerem sob as cobertas.
Ele também estava tremendo.
Obrigado, Fiona, pensou Atena novamente, seu coração se acalmando enquanto ela abria a bolsa.
Era hora de trabalhar.