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Vingança Sombria de uma Esposa Indesejada: Os Gêmeos Não São Seus! - Capítulo 458

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Capítulo 458: Jantar no Chalé III

Ewan não conseguia se lembrar da última vez que se sentiu tão descansado. Nas raras ocasiões em que isso ocorria, quase sempre tinha algo a ver com a mulher sentada a poucos metros dele.

Atena.

Ela tinha esse efeito—como paz envolta em caos, uma calma que sempre vinha com um pulso que o deixava inquieto, de maneiras boas e ruins.

Ele escolheu a distância entre eles deliberadamente, não porque ele quisesse isso. Se dependesse de sua mente—ou da parte dele que não era governada pela contenção—ele a teria agarrado no momento em que ela entrou na cabana mais cedo, parecendo uma deusa envolta em seda vermelha e perfume suave.

Ele a teria beijado até perderem os sentidos, pressionado seus lábios em seu pescoço, provado sua pele até que ela tremesse como costumava, até que a memória se tornasse carne novamente. Ele a teria adorado, desde os pés até as pernas, e talvez além. Mas ele não fez isso. Por causa da nuvem que pairava sobre eles. Porque ela estava noiva.

E porque, não importa o quanto seu coração gritasse, ele a respeitava. Respeitava suas escolhas. Mesmo que isso significasse dormir esta noite apenas com desconforto e arrependimento.

O filme estava quase acabando. O ritmo silencioso da música de fundo preenchia a sala, e o relógio marcava quatro da manhã.

Ele olhou para a tela, debatendo consigo mesmo se esse era o momento certo para falar sobre a confissão de John—a verdade que ele manteve guardada, a que estava agarrada em seu peito desde o dia em que a ouviu.

Afinal, ele prometeu honestidade a ela. E ele pretendia manter essa promessa, mesmo que isso apagasse o frágil calor entre eles. Isso certamente acabaria com o clima, provavelmente arruinaria a pouca tranquilidade que haviam encontrado esta noite—mas quando mais ele poderia contar a ela?

Quando ela estivesse novamente imersa no caos do Vírus Grey, preocupada com vidas, curas e a quebradeira do mundo?

Não. Isso era melhor. Ela estava calma agora, serena até. Agora era o único momento certo.

Ewan inspirou lentamente e expirou pelo nariz, contando suas respirações para acalmar o nervosismo em seu pulso. Respirações profundas. Duas vezes. Então ele contou os segundos até os créditos rolarem. Ele já havia assistido a este filme duas vezes antes—com seus amigos—e já o conhecia de cor.

Sem cenas românticas, nada muito emocional. Apenas ação e coragem. A única razão pela qual ele poderia conseguir isso era porque Atena amava filmes de ação. Isso, pelo menos, não havia mudado.

Quando os créditos finalmente rolaram na tela, sua tensão cresceu para preencher o silêncio. Sua frequência cardíaca aumentou quando ela se virou para ele com um sorriso suave, começando a falar sobre o filme.

“Eu adorei. Lembrou-me de—” ela pausou, o restante de suas palavras se perdeu quando percebeu o olhar distraído dele. Passaria despercebido por qualquer outra pessoa, mas Atena o conhecia por tempo demais para não perceber que algo estava errado. “O que é, Ewan? Por que você está olhando assim?”

Ewan molhou o lábio inferior, virou-se e silenciosamente desligou a televisão. A sala escureceu, restando apenas o brilho tênue das velas cintilando sobre seus rostos. Quando ele a encarou novamente, sua expressão espelhava seu desconforto. Incerteza. Até medo.

E quem poderia culpá-la? Ele raramente era assim… dramático.

Ele bagunçou o cabelo e suspirou. “Não te contei tudo o que aconteceu quando fui à casa do John.” Uma pausa. Sua garganta estava seca, mas ele conseguiu continuar. “Ele me contou algumas coisas. Coisas que você deveria saber. Isso pode mudar seu humor. Na verdade, vai mudar.”

Atena não se importava com seu humor. Sua voz era calma, mas firme. “Conte, Ewan. Não esconda nada.”

Então ele contou. Cada palavra. Cada detalhe da confissão de John saiu dele—os eventos, as implicações, os nomes. Ele não parou, mesmo quando ela ficou pálida, seu rosto perdendo a cor, olhos arregalados com o tipo de descrença que corta fundo.

Quando ele finalmente terminou, o silêncio entre eles era mais pesado que chumbo. Ele juntou as mãos entre as coxas, esperando por seu julgamento.

Atena não falou de imediato. Ela não conseguia. Ela não tinha certeza do que sentia—confusão, raiva, nojo, alívio, ou uma mistura esmagadora de todos os quatro. Ela expirou de maneira instável, levantou-se e começou a andar pela pequena sala de estar.

Os batimentos cardíacos de Ewan acompanhavam o ritmo dela, cada passo apertando algo em seu peito. Ele nem conseguia se levantar; estava com medo de fazê-lo.

“Então… Herbert estava certo.” Sua voz era baixa, deliberada. “A família de Cedric estava por trás disso.”

Ewan piscou. “Herbert?” Ele franziu a testa. “O que Herbert tem a ver com isso?”

“Eu contei para ele,” ela disse, seu tom plano. “Não era exatamente um segredo nos círculos íntimos que eu era uma Thorne. Fomos jantar uma vez. Ele falou sobre isso.”

Ewan assentiu lentamente. “Então ele também sabia?”

Atena deu de ombros, esfregando o peito, sua expressão dolorida. “Meu avô também desconfia, tenho certeza. Mas sem evidências, ele não vai se mover. Ele não quer acusar ninguém sem provas. Mas eu sei que ele está cauteloso com eles.” Ela se virou para Ewan, os olhos mais afiados agora. “Precisaremos de evidências, Ewan.”

Ele ergueu uma sobrancelha. “Claro. Eu vou contar para eles—”

“Eu vou contar para eles,” ela corrigiu suavemente. “Mas conhecendo meu avô, ele vai querer lidar com isso legalmente. Não do jeito usual que fazemos as coisas. Acho que ele ainda tem um ponto fraco pela irmã dele.”

Ewan entendeu perfeitamente.

“Aqueles idiotas,” Atena murmurou de repente, sua compostura se quebrando, a voz trêmula enquanto lágrimas picavam seus olhos. “Ele ama tanto a irmã dele. É por isso que a batalha legal virá… mas eu não sou ele.” Ela balançou a cabeça, a raiva queimando através de sua contenção. “Eu vou lidar com eles sozinha. Começando com Cedric. Já posso sentir o cheiro de podridão nele.”

Ewan assentiu, o maxilar apertado. “Quando fiz uma verificação nele, descobri que ele não era limpo. Nem de perto. Negócios obscuros. Laços com gangues. Meu palpite é que é coisa do pai dele. Precisaremos nos preparar, caso—”

“Caso fique sangrento,” Atena completou. “Então fique sangrento. Se eu posso enfrentar a gangue mais notória do país, isso será um passeio no parque.”

Ele não duvidou dela. Nem por um segundo.

“Lidaremos com ele depois de sua antiga gangue,” ela disse finalmente, voltando seu olhar para ele. “Está combinado?”

Em vez de responder, Ewan olhou para ela—realmente olhou—e ela viu a gratidão em seus olhos, o alívio que ele não expressou. Ela franziu ligeiramente a testa. “Por que você está com essa expressão?”

“Achei que você ficaria brava comigo.”

“Por quê?” ela perguntou suavemente. “Você não entrou naquela gangue para esta missão. Você tinha o quê—dois anos quando aconteceu?” Ela deu uma risadinha triste. “É o John que enfrentará a justiça, se houver alguma. Mas isso cabe ao meu avô.”

Quando Ewan fechou os olhos, ela pôde ler a culpa escrita em seu rosto. Ele estava sentindo pena do homem que havia sido seu chefe, e ela não se deu ao trabalho de consolá-lo. O que quer que seu avô decidisse, seria isso.

Talvez fosse mais fácil assim. Talvez não conhecer sua mãe biológica tornasse mais fácil aceitar a justiça como ela vem. Ela suspirou, deixando o pensamento escapar, então sentou-se ao lado dele novamente.

“Obrigada,” ela disse baixinho. “Por me contar isso. Por confiar em mim com isso.”

Os ombros de Ewan cederam. Ele parecia um pouco derrotado. “Está bem. Quando você vai contar para seus avós?”

“Em breve,” ela respondeu depois de um momento. “Depende.”

Ele hesitou, então acrescentou, “Ainda estou em contato com John, no entanto. Ele está… tentando conectar alguns pontos, ver se consegue encontrar o verdadeiro patrocinador por trás da loucura do Vírus Grey.”

Atena assentiu, sua expressão pensativa. Ela podia perceber que ele estava ganhando tempo para seu antigo chefe, dando-lhe uma chance de redenção.

“Precisaremos de toda a ajuda que pudermos,” ela finalmente disse, sua voz firme.

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