Vingança Sombria de uma Esposa Indesejada: Os Gêmeos Não São Seus! - Capítulo 450
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Capítulo 450: Celebração II
Atena estava mais do que surpresa—ela estava boquiaberta, sua boca se abrindo um pouco enquanto seus olhos varriam o quarto. Lá estavam todos—na enfermaria de sua avó.
Lá estava Ewan, ao lado de Sandro, que segurava um bolo com um sorriso radiante. Lá estava sua família, seus filhos em seus uniformes escolares—aparentemente tendo calculado que ela iria direto para o hospital logo de manhã. Lá estavam Areso, sua mãe, seus dois amigos e então… seu avô.
Foram necessários vários segundos atônitos para que ela percebesse quem não estava lá. Antonio. Sua ausência, em meio à multidão que incluía sua secretária, Margaret, Kendra, Aiden e Susan, era óbvia.
Não o informaram? Ela sentiu um lampejo de diversão seca. Por que não estou surpresa com isso?
Sua boca ainda estava entreaberta em descrença enquanto ela lentamente entrava no quarto, instintivamente fechando a porta atrás de si para que o barulho não chamasse mais atenção. A última coisa que ela queria era que outros pacientes se perguntassem se ela comemorava seu aniversário duas vezes por ano.
“O que…” A palavra prendeu-se em sua garganta, engolida pela emoção. Seus lábios então se curvaram em um largo e incrédulo sorriso antes que a risada escapasse dela enquanto os gêmeos corriam para seus braços.
“Feliz aniversário, Mamãe!” eles entoaram em coro, apertando-a firmemente.
Atena riu mais alto, inclinando-se para abraçá-los, seus olhos brilhando de alegria. Então ela levantou a cabeça e lançou ao avô um olhar fingido de repreensão. “Eu teria usado um aviso,” ela provocou, balançando a cabeça em uma repreensão brincalhona.
De mãos dadas com seus filhos, ela caminhou em direção ao idoso sentado no sofá mais longo da sala. “Como ela está?” ela perguntou calmamente.
O velho Sr. Thorne acenou para ela com um gesto afetuoso e desdenhoso. “Ela está bem—acordou algumas horas atrás. Manda felicitações também. Achamos que seria melhor comemorar aqui, já que, conhecendo você, não iria querer uma festa considerando a situação atual.”
Claro. Atena sorriu levemente, inclinando-se para abraçar seu avô, inalando o aroma familiar de sua colônia. “Obrigada,” murmurou ela.
Quando se endireitou, seu olhar se desviou para os outros. Kendra, mal conseguindo conter sua empolgação, já estava avançando, suas pequenas mãos segurando um presente embrulhado.
“Feliz aniversário, Tia Atena!” ela gritou, praticamente pulando de alegria.
Atena riu, aceitando o presente com uma mão e bagunçando o cabelo da menina carinhosamente.
“Kendraaa! Ainda não é hora,” Kathleen repreendeu com um biquinho, cruzando os bracinhos.
Os adultos caíram na gargalhada. A boca de Kendra formou um perfeito ‘O,’ seu sorriso vacilando, mas Atena se inclinou para frente e suavizou a situação instantaneamente.
“Está tudo bem, Kendra. Não me importo, claro. Obrigada pelo presente,” ela disse calorosamente, seu sorriso radiante suficiente para fazer a pequena brilhar novamente.
“De nada!” Kendra respondeu orgulhosamente.
Isso não impediu Nathaniel de murmurar uma reclamação sob a respiração, ganhando uma leve risada de Atena.
Foram abraços para todos depois disso—amigos, família e colegas a abraçando por turnos. Sandro cuidadosamente colocou o bolo em uma mesa próxima antes de voltar para seu abraço, sorrindo de orelha a orelha.
Ewan, é claro, foi a última pessoa a quem ela se voltou—ou melhor, aquele que ela havia intencionalmente guardado para o final. Quando seus olhos se encontraram, um lampejo de tensão passou entre eles—familiar, magnético, carregado. O abraço deles foi hesitante no começo, ambos cuidadosos, ambos conscientes dos olhares sobre eles.
“Você deveria ter me contado,” Atena murmurou contra seu ombro, seu tom provocativo.
Ewan riu suavemente, afastando-se um pouco para encontrar seu olhar. “E ter minhas bolas castradas pelo seu velho? Não, obrigado.”
Atena caiu na gargalhada, o som genuíno e leve. Fez os outros olharem para eles, curiosos sobre o que Ewan havia dito para provocar essa reação.
“Então, onde está meu presente?” ela perguntou, seus olhos deslizando em direção às mãos vazias dele e ao espaço vazio ao lado dele.
“Bem,” Zane interrompeu de forma marota, “já que vocês dois compartilham o mesmo aniversário, podem resolver isso mais tarde.”
Ewan fez uma careta para ele, mas Atena congelou, piscando uma vez antes que a ficha caísse. “Oh, droga,” ela murmurou para si mesma, ganhando mais risadas. Ela tinha esquecido—um dos poucos dias que nunca esquecia.
Durante o casamento deles, ela sempre escolhia presentes para ele intencionalmente—significativos—mesmo que ele nunca se lembrasse do dela, nunca parecia se importar.
E depois da separação, o aniversário dele havia se tornado um dia em que ela acordava zangada, ressentida, assombrada por velhas emoções. Ela apenas havia esquecido desta vez—por causa da exaustão, estresse e a sombra iminente do vírus cinza.
“Bem então,” ela disse finalmente, um leve sorriso surgindo em seus lábios. “Feliz aniversário, Ewan.”
Ele sorriu para ela, largo e genuíno, seus olhos suavizando com algo que fez o peito dela apertar. Seu olhar se demorou—intenso, palavras não ditas girando por detrás dele.
“Então,” ele disse levemente, “pode nos levar para sair então—talvez esta noite…”
As sobrancelhas de Atena franziram imediatamente. As risadas contidas de seus amigos não ajudaram. Ele não estava sendo nada sutil.
“Um jantar de celebração de aniversário entre dois aniversariantes,” ele acrescentou, o canto da boca tremendo.
O silêncio dela deixou os olhos dele inseguros pela primeira vez. “Ou talvez, se você preferir um presente…”
“Mamãe adoraria sair,” Kathleen interrompeu animadamente, surpreendendo sua mãe.
Atena se virou, olhos arregalados. “O quê?”
Kathleen cutucou seu irmão. “Sim, Mamãe. Acho que será melhor. Você também precisa relaxar—parece cansada de tanto trabalho.”
Nathaniel assentiu solemnemente, apoiando sua irmã.
Atena piscou. Meus filhos acabaram de me empurrar para o pai deles?
Suas sobrancelhas se franziram mais quando notou Ewan tentando não rir, diversão dançando em seus olhos.
“Não se atreva…” ela avisou suavemente, seu tom com uma ameaça brincalhona.
Os lábios de Ewan se moveram mais, claramente se divertindo.
Atena suspirou, levantando as mãos. “Muito bem então,” ela disse finalmente, recuando e dando de ombros. “Mas é melhor que valha a pena.”
Ela lançou-lhe um olhar desafiador antes de virar seu falso olhar reprovador para os filhos, colocando as mãos nos quadris. “E vocês dois…”
Os gêmeos mostraram os dentes para ela, seus olhos brilhantes e travessos como filhotes. Isso foi o suficiente para dissolver completamente sua resistência.
Atena riu, balançando a cabeça, e então se voltou para todos os presentes.
“Obrigada,” ela começou suavemente, sua voz pesada de emoção. “De verdade. Eu não esperava por isso—não com tudo acontecendo ao nosso redor. Mas isso…” Ela gesticulou ao redor da sala, seu olhar varrendo os rostos sorridentes. “Isso significa mais para mim do que vocês imaginam.”
Ela fez uma pausa, exalando lentamente. “Cada um de vocês tem sido parte do meu caos—o bom e o ruim—e ainda assim encontram tempo para me fazer sorrir. Não sei como conseguiram isso sem que eu suspeitasse, mas sou grata. Pelas risadas, pela família que tenho, pelos amigos que ficaram. Por acreditarem no que estamos lutando, e por me lembrarem—hoje—que ainda sou humana o suficiente para comemorar.”
Sua voz suavizou enquanto seus olhos encontravam brevemente os de Ewan. “Obrigado a todos. Do fundo do meu coração.”
Houve um coletivo “Aww,” seguido por aplausos, risos e aplausos que encheram a sala de calor.
Momentos depois, as velas foram acesas no bolo—uma para ela, uma para Ewan. Sandro entregou a cada um deles uma faca, e todos contaram juntos.
“Três, dois, um—feliz aniversário!”
Atena riu, sua mão roçando a de Ewan enquanto cortavam o bolo juntos. Os aplausos ficaram mais altos, ecoando pela ala. Alguém assobiou; outro jogou pedaços de confete de um copo.
Ela sentiu os braços de Margaret a envolverem de lado em um abraço apertado. “Obrigada, Atena… Por tudo—por nos manter seguros, por manter a esperança viva.”
Atena sorriu, abraçando-a de volta. “De nada…”
A celebração continuou com o bolo sendo compartilhado e vinho servido em copos: era pequeno mas sincero, cheio de risos, calor e o tipo de paz que se tornou rara nas últimas semanas.
Atena olhou ao redor, seu coração transbordando ao ver seus filhos rindo, seus amigos provocando Ewan, sua família sorrindo.
Ela se sentiu… contente… em paz.