Vingança Sombria de uma Esposa Indesejada: Os Gêmeos Não São Seus! - Capítulo 444
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Capítulo 444: Mais Ameaças
O maxilar de Ewan estava tão tenso que doía enquanto ele segurava o telefone no ouvido.
Seus dentes rangiam audivelmente, cada músculo de seu rosto rígido enquanto a voz de Sandro gotejava pela linha.
“Encontramos alguns membros da gangue vagando perto da empresa… foi bom termos aumentado a segurança, caso contrário, a história poderia ter sido outra. E não só isso, também ao redor da Mansão Thorne… fingindo ser turistas ou algo assim… tivemos que enviar mais segurança… eles estavam em locais estratégicos, razão pela qual você não os apontou de imediato…”
Uma pausa. “Estou na empresa, mas você deve se apressar ao hospital. Ouvi dizer que a situação de Florence é séria… Uma nova variante do vírus. Kael realmente foi longe. Felizmente, Atena fez progresso com a cura.”
Outra pausa. “Então, o que o velho chefe disse?”
A resposta de Ewan foi um grunhido áspero.
“Isso não é uma resposta, Ewan.”
“Você deveria ter me contado,” Ewan cortou, sua voz baixa, mas carregada de fogo. “Sobre tudo. Você me deixou entrar na cidade, na casa, ignorante. Sabe que fui interceptado no aeroporto? Informação sua teria me ajudado a tomar algumas precauções… E sobre os perambulantes… Você sabe como isso me faz parecer? Eu deveria ter conversado com o Velho Sr. Thorne antes!”
Houve uma pausa. Então o suspiro de Sandro.
“Atena disse que você não deveria ser informado,” ele respondeu, com a voz cansada. “Ela sabia que você já estava com as mãos cheias visitando o velho chefe. Ela não queria te sobrecarregar com mais…”
“Me sobrecarregar?” Ewan rebateu, andando pela sala de estar da Mansão Thorne, seus sapatos raspando contra o chão polido.
Connor o observava silenciosamente de um dos sofás, os olhos se estreitando enquanto a tempestade se espalhava por seu amigo.
“Você sabe muito bem que eu odeio a ignorância mais do que odeio más notícias. Você me roubou de ter escolha, Sandro. Vocês dois roubaram. Não pense nunca por mim.”
“Desculpe,” Sandro murmurou novamente. “Tudo tem estado tão ocupado.”
Então, com um tom duro, ele cortou, “Mas chega de reclamar. Pare de cuspir fogo em mim pelo telefone e vá para o hospital. É lá que você é necessário.”
Antes que Ewan pudesse explodir, a ligação foi encerrada. Sua mão se fechou em torno do telefone até seus nós dos dedos ficarem brancos. Ele olhou para a tela por um instante, a dispensa de Sandro, que era para ser sarcástica, apenas alimentando sua frustração.
Connor inclinou a cabeça, voz equilibrada. “O que aconteceu?”
Ewan soltou um suspiro áspero. “Família está no hospital. Também pegaram alguns membros de gangue ao redor da casa, e da empresa…” Ele enfiou o telefone no bolso. “E aparentemente, eu não deveria saber.”
Connor deu de ombros. “Eles só pensaram que o velho chefe não seria receptivo, o que eu entendo bem…”
É verdade, mas isso não diminuiu a irritação de Ewan. Seus filhos também tinham sido colocados em perigo. Sua família.
John realmente não deveria esperar muito dele, com a maneira como seu filho estava jogando bombas por aí.
Ele enviou uma mensagem rápida para seu detalhe de segurança privada. Ele não iria correr para o hospital sem proteção.
A gangue de Kael poderia decidir liberar o caos, e ele não estava prestes a ser um alvo fácil. Nem sua família ou pacientes.
Ainda assim, esperar era como veneno em suas veias. Ele não conseguia ficar parado. Seu andar se tornou mais acentuado, passos mais longos, a respiração superficial com impaciência.
Finalmente, ele murmurou, “Eu vou checar o Spider. Fique aqui.”
Connor levantou uma sobrancelha, mas acenou, retornando à sua postura calma no sofá.
Ewan entrou no quarto de Spider, a pesada porta fechando-se com um baque surdo.
O alívio afastou a irritação quando ele viu que o rosto de Spider, embora pálido, não estava mais cadavérico. Um leve rubor havia retornado às suas bochechas. Seu peito subia e descia de forma constante. Ele não tinha ido embora. Ainda não.
Ewan ficou ali mais tempo do que pretendia, olhando para o tênue fio da vida estendido sobre seu camarada. Somente a vibração em seu bolso o trouxe de volta. Outra mensagem.
Ele olhou para baixo, seu estômago se apertando quando viu o nome de Kael piscando na tela.
Oh Ewan, seu sortudo. Connor, é? Onde está meu pai então? Dê-me sua localização ou pague as consequências. A propósito, você viu o primeiro presente? Como você gosta dele? O segundo virá amanhã.
Um segundo presente? De novo?
Os lábios de Ewan se curvaram em desgosto. Ele não se incomodou em responder. Estava cansado dos jogos, mais frustrado por não poder fazer muito sobre eles.
Ele precisava se separar e pensar. Não seria amanhã a festa privada de noivado de Atena?
Ufa!
Seu polegar pairou apenas o tempo suficiente para apagar a mensagem completamente antes de enfiar o telefone de volta em seu bolso. Virando nos calcanhares, ele deixou o quarto de Spider, mandíbula apertada novamente.
Ewan parou do lado de fora da próxima porta, curioso. Ele a abriu gentilmente depois de um tempo.
Lá dentro, Lucas estava apoiado em travesseiros, a luz da manhã entrando pela janela aberta atrás dele. Seu perfil estava meio sombreado, olhos distantes enquanto olhava para fora. No armário, estava uma boneca com cabelo emaranhado — de sua filha. Ela deve ter visitado recentemente.
Os olhos de Lucas mudaram, captando Ewan na porta. O mais leve sorriso puxou seus lábios. “Você.”
“Como você está se aguentando?” Ewan perguntou, entrando.
“Melhor,” Lucas respondeu rouco, embora sua voz ainda carregasse a aspereza da doença. “Graças a você. Você salvou minha vida. E a dela. Minha filha.”
Ewan descartou a gratidão, enfiando as mãos nos bolsos. “Qualquer um teria feito isso.”
“Não,” Lucas rebateu, seu olhar firme. “Nem todo mundo.”
Ewan clareou a garganta, um pouco incomodado sob o peso da sinceridade do homem. Afinal, eles não eram amigos.
Por que ele estava mesmo aqui?
Embora, ele assentiu uma vez, brevemente. “Descanse. Fique mais forte. Isso é o que importa agora.” Ele se virou, pronto para partir.
“Espere.”
Ewan parou, olhando para trás.
Os olhos de Lucas suavizaram, “Atena. Como ela está?”
A pergunta queimou como uma faísca no peito de Ewan, ciúmes surgindo antes de ele esmagá-lo.
Eles eram apenas amigos, mesmo assim.
Então, sua voz estava firme quando ele respondeu. “Ela está no hospital. Com Florence.”
Lucas assentiu, alívio piscando em seu rosto. “Bom. Isso é bom.” Então seu olhar voltou para a janela, a conversa encerrada.
Ewan saiu silenciosamente, fechando a porta atrás dele.
Lá embaixo, Connor estava relaxando com um prato, garfo raspando a última fatia de bolo. “A cozinha estava aberta,” disse ele com um sorriso, sem a menor vergonha.
Ewan não estava no humor para se divertir. Seus olhos passaram por Connor, procurando seus homens. Um alerta em seu telefone confirmou — Estamos próximos.
Minutos depois, SUVs pretos chegaram à mansão. A equipe se moveu com eficiência praticada, espalhando-se, garantindo o perímetro. Connor jogou o prato de lado, lambendo açúcar dos dedos enquanto seguia ao lado de Ewan.
—
No hospital, momentos depois, Ewan foi até a recepção. A mulher atrás dela olhou para cima, reconhecimento piscando em seus olhos. Ela não pediu detalhes, não perdeu tempo. Simplesmente apontou para o corredor.
E então ele os viu.
“Papai!!” Kathleen gritou, correndo até ele, seguida de perto por um Nathaniel que parecia muito aliviado.
Devem ter visto o comboio pelas janelas. Ele pensou, abaixando-se, abrindo os braços, aceitando sua colisão alegre com seu corpo.
“Ei…”
Por um momento — apenas um momento fugaz e frágil — tudo parecia certo novamente em seu mundo.