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Vingança Sombria de uma Esposa Indesejada: Os Gêmeos Não São Seus! - Capítulo 442

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Capítulo 442: Interceptado

A manhã surgiu suave e pálida, com listras douradas pincelando o horizonte, quando Ewan se encontrou novamente na modesta sala de estar de John, pronto para partir. Sua bolsa estava pendurada no ombro, pesada não pelo saco, mas pelo peso das confissões com as quais ele fora sobrecarregado ontem.

Ella mexeu ao seu redor brevemente, alisando a gola da sua camisa como uma mãe faria com uma criança. “Boa viagem, Ewan,” ela disse, sua voz leve, mas seus olhos preocupados.

Ele acenou com a cabeça, murmurou um obrigado, embora seu peito se sentisse apertado.

John estava um pouco afastado, com os braços cruzados, sua silhueta destacada pela suave luz que se infiltrava pela janela aberta. Seu silêncio não era constrangedor — era algo mais profundo, mais pesado.

Por um momento, Ewan se perguntou se palavras sequer chegariam entre eles.

Ele permaneceu mais um segundo, seus olhares se cruzando. Algo não dito passou naquele silêncio, algo que apenas dois homens sobrecarregados com a verdade poderiam entender. Arrependimento, reconhecimento, talvez um leve fio de respeito relutante.

Ella quebrou isso. “John, por que você não o acompanha até a pista?”

Ewan levantou a mão rapidamente. “Não é necessário. Realmente, eu ficarei bem.”

Mas John não respondeu. Ele simplesmente pegou seu boné surrado da cadeira e se moveu em direção à porta. Seu silêncio dizia o suficiente.

Ella deu um pequeno aceno, empurrando Ewan como se estivesse mandando um filho para a escola.

Lá fora, o ar estava fresco, úmido com o orvalho. Eles começaram a caminhar juntos, sem falar no início. O chão rangia suavemente sob seus passos.

“Bom dia, John!” um pescador chamou quando passaram pelo cruzamento comum, redes já penduradas em suas costas. Um grupo de jovens os seguiu, acenando brevemente antes de seguir pelo caminho que Ewan acreditava levar aos rios.

Outros os cumprimentaram pelo caminho — mulheres equilibrando cestos na cabeça, crianças correndo atrás de cabras, um par de homens indo para a floresta com facões para o trabalho do dia.

“Fazendeiros,” John explicou, voz baixa. “Os campos são para o interior. O solo aqui é generoso se você souber como lê-lo.”

Ewan olhou ao redor para a vegetação exuberante, o ritmo lento da vida na ilha. O contraste com sua própria existência na cidade pressionava contra ele como uma pele estranha. “E você… depois de tudo… consegue viver aqui? Assim, simplesmente?”

John deu de ombros. “Paz é boa, rapaz. Você aprende a valorizá-la quando só teve barulho e sangue. Aqui fora, ninguém se importa com quem eu era. Eles só se importam se eu conserto minhas redes, se eu trago a pesca. Isso é o suficiente para mim.”

Os lábios de Ewan se comprimiram em uma linha. Paz. Será que ele algum dia encontraria isso, ele se perguntou, com Atena? Ou ela o queimaria vivo com o peso da traição uma vez que soubesse?

Poderia o perdão crescer em um terreno tão queimado? Ele duvidava. Mas ainda esperava, tolamente. João não lhe disse para continuar jogando?

Isso teria sido menos complicado se ela fosse solteira. Mas não. Ela estava noiva do altivo Antonio.

Como ele superará esse obstáculo?

Como ele faria com que Atena visse que ele era o melhor homem para ela?

“Em que está pensando?”

“Em tudo.” Ewan murmurou, observando a vila ao amanhecer.

A manhã era bela em sua simplicidade. Névoa se enrolava preguiçosamente pela água. Pássaros giravam alto acima, seus gritos agudos e limpos. As frondes das palmeiras balançavam levemente, suas sombras salpicando a terra.

A ilha respirava com uma vida despreocupada, e por um instante, Ewan desejou poder ficar — ser engolido pelo anonimato deste lugar, começar de novo. Mas ele se conhecia bem demais. Seus laços com Atena, com os Thornes, com seus filhos, com a cidade, nunca afrouxariam seu aperto.

Eles chegaram à pequena pista de pouso justamente quando o limiar do sol rompeu o horizonte, pintando o mundo em tons mais brilhantes.

A pista era pouco mais que um longo trecho de terra nivelada, a terra compactada por anos de uso. Um único hangar envelhecido ficava na outra extremidade, seu telhado de chapas onduladas enferrujando nas bordas.

O helicóptero esperava lá, seu corpo batido, a pintura descascando em tiras, os rotores tinindo despreocupadamente na brisa da manhã. Ele claramente já viu anos melhores.

John parou na borda da pista, seu boné puxado para baixo. Ele levantou uma mão em despedida, sua expressão solene.

Ewan apertou o aperto na alça de sua bolsa. “Obrigado,” ele disse calmamente. As palavras pareciam pequenas. Insuficientes.

Embora o velho chefe tivesse matado o humor sortudo com sua última notícia, Ewan sabia que ainda deveria ser grato. As coisas poderiam ter sido piores.

John apenas acenou com a cabeça, seus olhos sombreados, então voltou pelo caminho.

Ewan caminhou em direção à máquina, cada passo pesado com relutância, calculando sua segurança, sua probabilidade de chegar ao continente em uma só peça.

Ele tinha vindo de barco, cortando a água escura com o spray contra sua pele, o sal agudo em sua boca. Isso parecia cru, adequado. Mas isso—esse voo na estrutura barulhenta de um helicóptero—parecia errado. Precipitado. E inseguro também.

Ele queria estar na cidade rapidamente, mas uma parte dele desejava a longa, lenta jornada do barco em vez disso, mais tempo para pensar, mais espaço para respirar.

Ainda assim, a urgência o corroía. Ele precisava estar em casa.

O piloto, um homem corpulento com mãos manchadas de óleo, deu-lhe um aceno antes de subir para a cabine. Ewan entrou abaixado, encontrando seu assento apertado entre caixas de tomates frescos. O cheiro terroso enchia o espaço apertado.

Ele se ajustou, recostando-se, tentando ignorar o olhar persistente da jovem sentada uma fileira à frente. Ela não poderia ter mais de vinte e dois anos, seus cabelos escuros amarrados frouxamente, seus olhos se voltando para ele com interesse aberto.

Os lábios dela se curvaram em um meio sorriso, seu olhar sem vergonha. Ewan suspirou internamente. Ele desejava seus fones de ouvido, qualquer coisa para abafar o peso de sua atenção.

Quando ela finalmente se aproximou, inclinando-se como se fosse falar, ele balançou a cabeça, breve. “Não estou interessado.”

O beiço dela foi imediato, seu corpo enrijecendo antes de bufar e voltar ao seu assento, resmungando sob a respiração.

Ewan fitou o chão, sua paciência desgastada. O zumbido dos rotores começou, enchendo a pequena cabine com vibração. Ele fechou os olhos brevemente, imaginando o rosto de Atena, e desejou que a máquina o levasse para casa mais rápido.

O voo foi barulhento, desconfortável. Cada rangido do helicóptero parecia uma reclamação de uma velha fera cansada forçada ao serviço. Quando finalmente o continente se espalhou abaixo deles, Ewan soltou um suspiro que não sabia estar prendendo.

A máquina pousou com um baque áspero. Ele pegou sua bolsa rapidamente, escorregando para fora antes que alguém pudesse pará-lo.

O cheiro do continente—de poeira, calor e gasolina—invadiu seus pulmões, aterrando-o.

Um táxi estacionava nas proximidades. Ele acenou, entrou e afundou no assento gasto, contando onde ir em seguida.

Seus pensamentos retornaram à mensagem de Susan. Está tudo bem. Ele rezou para que fosse verdade.

—

O ar frenético o atingiu no momento em que ele saiu do aeroporto de sua cidade. O ar estava denso, vibrando com vida. Buzinas ressoavam à distância. Pedestres apressados caminhando contra o relógio.

Ewan inalou profundamente. Lar.

Mas o conforto durou apenas um segundo.

Um carro elegante com vidros escuros deslizou até parar à sua frente, muito suave, muito deliberado.

A janela do motorista baixou. Um homem inclinou-se, expressão neutra. “Fui enviado para levá-lo para casa, Sr. Ewan. Pelo Sr. Sandro…”

Ewan congelou. Ele não conhecia esse homem. Seus olhos se estreitaram. Sandro nunca enviaria alguém que ele não conhecesse.

Um mal-estar se enroscou em seu estômago, agudo e frio. Sua família estava segura? Susan mentiu? Ou pior—a alguém utilizou seu telefone enquanto ela estava presa?

O pensamento martelou seu crânio. Seu coração começou a disparar.

O motorista repetiu-se, voz calma, mas Ewan percebeu então o movimento—sombras na borda da rua. Homens, se aproximando. Todos vestidos iguais, roupa preta, movimentos precisos. Sua mente calculou rapidamente.

Kael.

Tinha que ser. Ele havia calculado que Ewan estaria no aeroporto.

O pulso de Ewan disparou. Ele deveria entrar no carro e cortar a garganta do motorista no momento em que a porta se fechasse? Mas e se houverem mais esperando no banco de trás?

Deveria, em vez disso, virar e enfrentar os homens que avançavam? Nenhuma escolha prometia sobrevivência.

Uma mão apertou seu ombro então, firme, amigável, cortando seu pensamento.

“Ewan, estive esperando um tempo.”

A voz era familiar, mantendo-o ancorado. Um alívio surgiu dentro dele, agudo mas ainda misturado com suspeitas.

Ele se virou. Connor estava lá, os olhos alternando entre ele e o motorista. Havia confusão no olhar do último, cálculo também.

Ewan notou a maneira com que Connor cumprimentou o motorista casualmente, todo à vontade, embora seus olhos contassem outra história.

“O chefe pede que eu o leve…”

O motorista franziu a testa, incerto, mas Connor piscou—sutil, um sinal apenas para Ewan. O motorista não entendeu, mas se acomodou em seu assento.

Afinal, Connor era seu colega de gangue.

A mão de Connor apertou ligeiramente o ombro de Ewan antes de guiá-lo para outro carro que esperava.

Eles entraram. Só então Ewan liberou a respiração que havia prendido em seu peito.

“O que está acontecendo?” ele exigiu, sua voz baixa, tensa, quando estavam sentados.

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