Vingança Sombria de uma Esposa Indesejada: Os Gêmeos Não São Seus! - Capítulo 440
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Capítulo 440: Sortudo III
“Eu quero acabar com a gangue, quero parar sua operação…”
Uma pausa hesitante. “Kael fez algo pelo qual precisa se redimir. Ele atacou minha família, interferiu nos meus negócios, violando o contrato entre nós dois sem fornecer nenhuma evidência de que eu tenha feito o mesmo…” Ewan falou quando John concordou que ele havia chegado ao motivo de sua visita.
E quando John não disse nada, além de olhar para ele com um olhar firme, Ewan continuou. “E para ser honesto, mesmo que eu não queira — embora eu vá — Atena está vindo atrás deles. Eles atacaram os avós dela.”
“Avós? Pelo que eu sei, ela não tem ninguém além daquele astuto Zack?”
Ewan balançou a cabeça. “Zack é história antiga, e nem mesmo é o pai verdadeiro dela. Ela é uma Thorne. Sua mãe é a falecida Emily Thorne…”
A boca de John se abriu, enquanto seus olhos se arregalavam frações.
“Você não pode… estar… falando sério…” Ele gaguejou, balançando a cabeça lentamente, a descrença sombreando suas feições. “Que mundo pequeno…”
Ewan, é claro, entendeu o choque do último. Ele mesmo não estivesse em tal estado quando Fiona vomitou verdades que foram muito inquietantes?
E onde diabos estava aquela bruxa má? Se ela ama sua vida, é melhor não se envolver ainda mais na bagunça que criou, ou então… Ele deixou no ar, voltando à conversa com John.
“E caso você não tenha ouvido, ela também é a infame médica conhecida por seu papel na doença Vírus Cinza…”
Mais choque estampado no rosto de John. “Eu ouvi falar da Athena Caddels, é claro, mas eu não pensei…”
“Eu entendo.”
E Ewan colocou John a par dos acontecimentos recentes em sua cidade, mantendo-se longe, é claro, das conversas particulares que teve com a família na sala de estar dos Thornes.
Quando ele terminou, John soltou um suspiro pesado e cansado, os ombros caindo como se o peso dos anos pressionasse mais sobre ele. “Entendi.” Ele murmurou, e Ewan se perguntou em que nível estava o ‘Entendi’. Um bom ou um ruim?
“Pode continuar então. Perdi o contato com eles afinal, nem apoio as atividades…” Uma pausa carregada. “Pensei em ligar para Kael, sabe, dizendo para ele parar a operação, desistir de tudo, mas eu sei que isso seria um sonho tolo. Ele nunca vai desistir. Nem ficará feliz se descobrir que ainda estou vivo, que tem irmãos…”
Os olhos de John estavam cheios de tanta tristeza que Ewan sabia qual seria o único pedido do ex.
“Eu sei que ele pode ser estúpido, cruel também — afinal eu o treinei — mas promete que você não vai matá-lo. Você pode acabar com as operações e tudo, mas não toque na vida dele.”
Ewan exalou suavemente, inclinando-se para frente, com os cotovelos apoiados nos joelhos. “Você sabe que eu não posso fazer isso. As coisas podem ficar complicadas.”
John relaxou no sofá como alguém que desistiu, sua postura anteriormente ereta – quando Ewan começou a contar a história – derretendo em resignação. Ele esfregou as mãos juntas, o tremor nelas traindo o que tentou mascarar.
“Eu sei. Mas promete que pelo menos vai tentar… que vai dar a ele uma chance de mudar de seus caminhos…”
Ewan suspirou. “Eu prometo. Mas se ele não mostrar nenhum sinal, eu vou acabar com ele, John.”
John assentiu com hesitação. “Um acordo está feito.” Um suspiro escapou dele. “Ele é burro de mexer com os Thornes… será que esqueceu das minhas advertências…”
Ewan deu de ombros. “Eu também lhe disse. Mas você sabe que ele pode ser cabeça-dura, especialmente com a tenacidade de quem quer que seja seu financiador.”
“Isso também… ainda pensando em quem pode ser…”
Ewan examinou o homem à sua frente. Anos atrás, o último havia sido um ícone de algum tipo, convivendo com os grandes homens da sociedade, governadores, enquanto dirigia seu negócio no submundo. Então era possível que ele pudesse fazer algumas deduções.
“Nada vem à mente agora, mas você vai me enviar seu número privado antes de deixar minha ilha. Se eu pensar em algo, vou te avisar. Sobre esta noite, não se preocupe em sair, temos um quarto para visitantes que você pode usar. Já é meia-noite. O hotel estaria fechado agora.”
Ewan assentiu, realmente satisfeito que sua visita tivesse saído melhor do que esperava, mais grato a Ella por ser a comissária por esta mudança e paz em seu antigo chefe.
“Obrigado, John.”
Chamar esse nome parecia estranho em sua boca, mais estranho a cada chamada, mesmo sabendo que era assim com coisas novas.
Quando estava prestes a perguntar sobre o quarto que seria dele, Ewan notou a natureza sombria de John, as mãos trêmulas, e sentiu pena do último, porque como ele, John sabia que as chances de Kael mudar eram quase nulas.
E então, quando John abriu a boca para falar novamente, Ewan preparou sua resposta, pronto para se manter firme em sua decisão, mas o que ouviu saindo dos lábios do último não era o que ele tinha em mente.
“Tenho uma confissão a fazer, Ewan.”
Uma confissão? Ewan imediatamente se tornou cauteloso. Será que o homem ainda tinha um pé no submundo? Isso era um prelúdio para um confronto armado? Ou havia um segredo prestes a ser revelado, algo que o último achava necessário ser dito agora?
“Uma que você não pode dizer ao seu padre?” ele brincou, precisando aliviar a atmosfera. “Eu não pareço um.”
John deu uma risada, embora tristemente. “Você não precisa ser um para ouvir isso.”
Uma pausa.
“Tem sido um fardo no meu coração desde que me tornei um homem novo, mas continuo inventando desculpas… mas na verdade, estava apenas com medo das consequências que isso poderia trazer.”
Ewan levantou uma sobrancelha, completamente intrigado. “Consequências? O que você fez, John?”
“Quero que você prometa primeiro…”
Ewan balançou a cabeça. “Sem promessas até eu saber com o que estou lidando.”
John suspirou, a tristeza abaixando seus ombros. Um suspiro. Outro. Antes de levantar os olhos angustiados para encontrar os curiosos de Ewan.
“Emily Thorne. Foi nossa gangue que aceitou o trabalho.”