Vingança Sombria de uma Esposa Indesejada: Os Gêmeos Não São Seus! - Capítulo 436
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Capítulo 436: Decepção II
Silêncio do outro lado da linha — um que persistiu por mais de alguns segundos — informou a Atena que sua confissão tinha abalado Aiden, o deixado sem palavras.
Ela engoliu em seco, seus dedos apertando ao redor do telefone. Mas ela não poderia ter mentido sobre isso, não poderia ter assegurado o último que ela tinha as coisas sob controle, que ela cuidaria das coisas com mais tempo, como Ewan faria — bem, Ewan cumpria o que prometia quando falava.
Ela poderia ter se entendesse a solução, mas não entendia. Então, mesmo se ela tivesse uma semana, não achava que poderia conseguir resolver.
Seu peito subiu e desceu em um suspiro lento e cansado. Ela passou mais de sete horas tentando entender, mas sem sucesso. Os portões da sabedoria e do conhecimento da ciência tinham se fechado contra ela.
— Atena, você tem certeza? Talvez você precise de mais tempo… e pode levar o tempo que precisar… você não é a portadora do vírus. Não deixe as expectativas te pressionarem…
Atena suspirou novamente, pressionando a palma da mão contra a testa. Sua amiga ainda não tinha entendido. — Aiden…
— Eu sei. Eu sei. Ouvi o que você disse, Atena. — Sua voz estava suave, quase suplicante. — Mas você não desiste, não facilmente. Continue tentando. Você pode fazer uma pausa. Vá dormir, ou mergulhe na luz do sol, observando a natureza… talvez a inspiração venha…
Atena fechou os olhos, inclinando ligeiramente a cabeça para trás. Por mais que o que Aiden listou funcionasse às vezes, ela não achava que poderia ser aplicado aqui. Mas ela disse, — Ok. — Porque era o que ele queria ouvir.
— Bom. — Uma pausa permanecia, preenchida com o som suave de sua respiração. — Você pode fazer isso, Atena, apenas mantenha-se firme e mexa-se nesse grande cérebro seu.
Atena riu — suavemente, tristemente, seus lábios se arqueando com um humor que ela não sentia. — Você entendeu, grandão. Agora, me diga, por que você ligou?
— Apenas para informá-la que temos a situação sob controle, e você não precisa se preocupar com isso, sua linda cabeça.
— E que situação seria essa? — ela perguntou, erguendo uma sobrancelha, embora ele não pudesse vê-la.
— Os prisioneiros que tinham escapado das Células Negras. Felizmente para nós, eles estavam marcados, logo foi fácil rastreá-los. Ewan nos enviou suas coordenadas quando teve certeza de que eles tinham parado de se mover. Encontramos alguns dos homens dele nessas localizações até…
Uma pausa. — Sabe, eu me pergunto se ele já fica sem homens. Parece haver um fluxo deles, sempre que ele os chama. Os prisioneiros estavam se escondendo em locais diferentes, e nesses, vimos os homens dele. Acontece que ele estava trabalhando com Shawn… o último tinha dado acesso a ele as marcas. Você acha que ele dormiu algum minuto na noite passada?
Atena balançou a cabeça, mechas de cabelo caindo para frente, antes de se lembrar de que estava em ligação e Aiden não podia ver o balançar de sua cabeça. — Não.
— Ele já foi para a casa do mestre dele?
— Eu não sei — Atena respondeu, esfregando a têmpora.
— Mas ele deveria ter ido… já é meio-dia. E espero que isso dê certo também… Kael precisa pagar por seus crimes.
Atena também desejava isso. Talvez se pudessem chegar até ele, ele pudesse lhes contar tudo sobre o patrocinador dessa loucura, já que Morgan tinha sido inútil nesse aspecto.
— E quanto a Fiona e ao pai dela? Heronica também… eles foram localizados?
Uma pausa do outro lado informou a Atena que qualquer resposta que estivesse prestes a receber não seria a que ela queria.
— Não. Não tinham sido marcados… os oficiais devem ter ficado relaxados, já que eles eram novas entradas. Atualmente, não sabemos o paradeiro deles, mas continuaremos procurando.
Atena pressionou os dedos no espaço entre os olhos, fechando-os cansadamente. Outra ponta solta, sem jeito possível de amarrá-la.
Eles teriam apenas que ser vigilantes, colocar cartazes e tudo… mas se ela assumisse um disfarce, o trio estaria disfarçado e saberia melhor do que acessar suas contas bancárias.
Ainda assim, eles precisariam de dinheiro. A quem recorreriam?
— Atena… você ainda está aí?
“Sim,” ela murmurou, levantando-se do sofá, a dor em seu corpo pesada. Ela precisava de seus remédios. A dor de cabeça estava começando novamente. “Mantenha-me atualizada, Aiden… enquanto sigo seu conselho.”
“Claro. Fique bem.”
E então a ligação terminou.
Atena mexeu em sua bolsa, suas mãos levemente trêmulas. Ela tirou dois comprimidos de seu recipiente, engoliu-os com um gole de água de uma garrafa de água e devolveu o recipiente à sua bolsa.
Respirando fundo, ela sentou novamente no banco, cotovelos sobre a mesa, e observou a solução em um béquer. O que fazer? O que vem a seguir?
Seu telefone tocou novamente, atraindo sua atenção rapidamente. Ela o pegou. Susan.
“Susan… aconteceu alguma coisa?” ela começou ao atender a ligação, olhos e cérebro repentinamente alertas com as dopaminas e endorfinas induzidas pelos remédios nos primeiros cinco minutos.
“Não tenho certeza,” Susan respondeu, aumentando a tensão.
Atena se inclinou para frente, aperto se intensificando no telefone. “Não tem certeza? Explique.”
“Eu fui ao hospital para—”
“Você fez o quê?!” Atena gritou antes que pudesse se controlar, levantando-se rapidamente. “O que você está fazendo lá? E se você for infectada?”
O suspiro de Susan pôde ser ouvido do outro lado da linha, mas Atena não seria dissuadida.
“Como você pode ser tão descuidada? Você nem me avisou.”
Outro suspiro da última. “Alguém precisava verificar a situação das coisas.”
Atena zombou, andando de um lado para o outro do quarto. “E o que você viu então, verificadora das coisas?”
Susan ignorou o sarcasmo. “Todos os membros infectados têm a marca da gangue do Escorpião, e eles cambalearam até o hospital por conta própria… algo como homens-bomba. Não tenho certeza se foi de vontade própria ou se foram forçados a sacrificar suas vidas dessa forma…”
Atena fechou os olhos, apertando a ponte do nariz, raiva tendo um casamento difícil com a frustração dentro dela.
“Você chegou tão perto deles, para ver essas tatuagens?”
Susan suspirou novamente. “Eu estava protegida. Eu usei luvas e o traje… mas se a gangue sacrificou seus próprios homens, então é possível que seja contagioso. Ou isso, ou querem fazer uma declaração, provocar você…” Uma pausa. “Alguma sorte com a cura?”
“Não,” Atena suspirou, passando a mão pelo cabelo, da raiz às pontas.
“Então, o que vamos fazer… para pelo menos conter o vírus, se não curá-lo completamente… algo para contê-lo…”
As sobrancelhas de Atena se franziram. A sugestão de Susan não era uma solução permanente, mas era uma boa sugestão. Ainda assim… dúvidas sussurravam em seus ouvidos. Se ela não conseguia entender esse novo vírus, como poderia criar uma contenção?
Ela balançou a cabeça, afastando as dúvidas. “Posso trabalhar com isso. Obrigado, Susan.”
“Não mencione, por favor… temos que trabalhar de qualquer forma que pudermos. Também falei com os médicos para pararem de bombardear seus telefones com chamadas… que você está trabalhando.”
Atena abriu a boca para agradecer à sua jovem amiga, alívio tremeluzindo em seu peito, quando esta última soltou outra bomba.
“E não sei se você viu as notícias ultimamente… duvido, considerando que você tem estado ocupada… mas uma das agências de notícias recebeu um furo do drama. Então, temos que nos preparar.”