Vingança Sombria de uma Esposa Indesejada: Os Gêmeos Não São Seus! - Capítulo 414
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Capítulo 414: Estar Presente II
Atena estava mais interessada em afastar seus pensamentos para não se preocupar muito, do que na pergunta que tinha feito a Antonio; no entanto, estava ligeiramente curiosa.
Vendo que ele estava descartando a opção de trabalhar com um palpite, que alternativa ele tinha para ela controlar a situação no país, o pânico que havia se instalado no estado?
Quando ela saiu do laboratório — porque ela o impediu de ir buscá-la, mencionando que ele esperasse do lado de fora do cinema por ela — ela foi abordada por um casal de vizinhos, um casal de vizinhos assustados, que queriam seu comentário em primeira mão sobre a questão, se tinham algum motivo para se preocupar.
Ela passou cerca de dez minutos garantindo a eles que tudo estava bem. Isso fora além daqueles que a abordaram após o cinema… e seu namorado dizia para ela não se preocupar?
Enquanto refletia sobre isso, estava mais curiosa para saber a resposta dele, para até mesmo saber o que ele estava pensando, já que ele parecia estar em um pensamento profundo.
“Antonio…” ela chamou, quando teve certeza de que dois minutos haviam se passado. Seu tom era suave, mas carregava uma ponta de impaciência. “O que você acha que eu devo fazer? Ir dormir e esperar que tudo melhore?”
“Isso será melhor do que passar horas em informações erradas.”
Atena riu, embora o som carregasse uma leve irritação. “Dormir? Com a inquietação assolando o estado? Isso é o que você está sugerindo? Essa é a sua grande ideia?”
Ela balançou a cabeça lentamente quando ele não disse nada, apenas a encarando com as sobrancelhas franzidas, como se ele não conseguisse entender por que ela não estava captando o ponto dele.
“Você dorme, Antonio, quando algo está errado no seu trabalho, talvez quando os números não estão batendo, quando suas vendas não estão indo do jeito que você quer…”
Antonio engoliu em seco e passou a mão do topo da cabeça até a base atrás, como se estivesse tentando arrumar a massa de cabelos que já estava no lugar.
“Não é uma pergunta retórica, querido…”
Antonio franziu a testa, detectando o tom sarcástico em ‘querido.’ Seus lábios se apertaram, seus olhos escureceram.
“Eu tentaria descobrir o que está acontecendo.” Ele murmurou, deixando o assunto de lado. Ele estava errado por despertar o dragão adormecido.
Mas, como ele poderia deixá-la preocupada à toa? Negócios eram diferentes de medicina, afinal. Números eram diferentes de produtos químicos. Eles eram mais claros. Menos complicados.
“Vê? Isso é a mesma coisa que estou tentando fazer aqui. Estou tentando descobrir o que está acontecendo. Assim como o negócio, de alguma forma, depende da sua inteligência, da sua capacidade de identificar os erros e corrigi-los, as vidas das pessoas também dependem de mim. Você não entende? Eu carrego um grande fardo sobre a vida das pessoas. Não estou reclamando… Eu adoro ajudar—mas isso também me impõe a necessidade de descobrir o que está acontecendo se houver uma probabilidade de algo prejudicá-las.”
“Entendi.” Murmurou Antonio, embora Atena se perguntasse se ele realmente compreendeu.
Ela suspirou, alcançando o celular e verificando a tela. Cerca de nove da noite. Ela precisava ir embora.
Nesse exato momento, seu celular apitou com uma mensagem. Ela murmurou um “com licença” para Antonio quando viu que era de Gianna, e pegou o telefone novamente.
“Estou indo para casa com alguns visitantes. É uma surpresa.”
O rosto de Atena se contorceu em uma carranca, sem saber o que pensar da mensagem. Mas saber que sua amiga não a surpreenderia com um presente ruim aliviou a tensão em seus ombros, rosto e corpo, fazendo-a, na verdade, ansiosa para ir para casa.
“Preciso ir,” ela declarou, levantando o olhar do celular.
“Há algum problema?”
Ela balançou a cabeça. “Tenho visitantes chegando, de acordo com Gianna… preciso recebê-los.”
Antonio sorriu levemente, pegando seu telefone da mesa. “Isso é interessante. Eu adoraria vê-los também… talvez fazer uma amizade… ninguém que te conhece o suficiente para visitar é medíocre…”
A última frase meio que desestabilizou mentalmente Atena por um segundo. O que isso significava? Seu namorado era tão superficial assim, para julgar as pessoas por seus bolsos ou status?
Mas ele já estava chamando o garçom, e ela deu a ele o benefício da dúvida. Talvez ela estivesse interpretando mal. Talvez a afirmação não fosse tão profunda quanto parecia.
“Gianna te deu um nome… sabe, dos visitantes?” Antonio perguntou enquanto saíam do restaurante juntos.
“Não, ela não deu. Diz que é uma surpresa.” Ela agradeceu a Antonio quando ele abriu a porta para ela entrar no carro.
“Mas quem você acha que está vindo?”
Atena pausou, ajustando sua bolsa no colo. “Eu realmente não sei. Não tenho cabeça para escolher e eliminar opções,” ela respondeu quando ele entrou no carro.
Seu telefone apitou com outra mensagem, puxando seus olhos de volta para ele. Ewan.
“Estamos em casa.” A mensagem dizia, fazendo seu coração palpitar tanto de alívio quanto de nervosismo.
Antonio não poderia levá-la para casa. Como ela poderia ter esquecido tão rápido sobre o resumo que aconteceria em casa?
Ela lambeu o lábio inferior, sua mente correndo enquanto Antonio ligava o carro, preparando sua língua sobre como dar a notícia que ela sabia que não cairia bem com seu namorado.
“Antonio, acabei de receber uma mensagem de Chelsea. Tenho que buscá-la em um cruzamento, para que possamos ir para casa juntas… o carro dela teve um problema.”
Antonio deu um sorriso fofo, covinhas aparecendo levemente. “Oh, não se preocupe. Podemos buscá-la. Isso não é problema.”
Atena engoliu, forçando sua expressão a permanecer calma. “Ela foi específica em pedir que eu vá sozinha. Acho que aconteceu alguma coisa.”
Antonio desligou o motor, seu rosto se franzindo em confusão. “Se algo aconteceu, então ela precisaria de mais ajuda…”
Atena suspirou dramaticamente, revirando os olhos como se não tivesse mais paciência para a conversa. “Isso é coisa de garotas, querido. Não se preocupe, vamos ficar bem.”
Então ela se inclinou para frente e beijou seus lábios, aliviando as linhas de preocupação em seu rosto.
“Eu vou ficar bem,” ela murmurou, mantendo a proximidade, olhos abertos e encontrando os dele, que ficavam desviando para seus lábios.
Ela deu a ele o que sabia que ele queria, chegando a passar a mão dentro de sua camisa, só se afastando quando ele gemeu, quando suas mãos provocaram o fim de sua blusa.
“Vou te ver em breve?” sua voz saiu num sussurro rouco.
Ele assentiu docilmente, observando enquanto ela elegantemente saiu de seu carro com sua bolsa, sem apagar as chamas que havia começado.