Vingança Sombria de uma Esposa Indesejada: Os Gêmeos Não São Seus! - Capítulo 412
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Capítulo 412: Duas Equipes V
Ewan deixou a menina ensanguentada onde ela se contorcia no chão, agarrando sua perna ferida, sua resistência ainda fumegando em seu olhar, mesmo com a dor. Ele ignorou o cuspe dela, ignorou os xingamentos murmurados, e pressionou a orelha na porta pesada que ela estava guardando.
Silêncio.
Ele inclinou a cabeça, ouvindo com mais atenção. Nenhum movimento. Nenhuma voz. Nada que traísse o que estava por trás da barreira. Sua mandíbula se apertou. O silêncio poderia significar uma de duas coisas: a sala estava vazia, ou alguém lá dentro estava esperando—preparado, com a respiração retida, arma levantada.
“Nem vai dizer nada quando sua vida já está por um fio?” ele murmurou, meio para a garota.
Ele virou a cabeça ligeiramente, sua voz carregando o fio agudo de uma ameaça. “Uma palavra poderia salvar você de sangrar até morrer. Fique em silêncio, e talvez eu exploda sua outra perna.”
Ela olhou com raiva, lábios prensados em uma linha fina. Nem um som. Nem mesmo um tremor.
Lealdade.
Ewan expirou devagar. Às vezes ele odiava a palavra.
Ele alcançou o capacete, puxando a tira. Ainda estava justa, mas ele ajustou mesmo assim, apertando até beliscar sua mandíbula. A última coisa que precisava era um tiro de raspão soltando-o.
Ele testou a alça do queixo duas vezes, garantindo que estava segura, depois rolou os ombros, soltando a tensão nos músculos.
Com uma última respiração, ele levantou o pé e o empurrou firmemente contra a porta.
A fechadura se estilhaçou, a porta balançando violentamente, batendo contra a parede. Sua pistola já estava levantada, o dedo curvado no gatilho.
E então—ele congelou.
Um homem estava no meio da sala, arma pressionada firmemente contra a cabeça de um menino não mais velho que doze anos—o irmãozinho de Ciara.
Os olhos arregalados do menino estavam vidrados de terror, lágrimas escorrendo por suas bochechas, seu pequeno peito ofegando com respirações rasas. Atrás deles, os pais de Ciara tremiam, ambos amarrados, ambos chorando, ambos sussurrando orações que pareciam não ser ouvidas.
“Mexa-se,” o criminoso rosnou, pressionando o cano mais firme contra a têmpora do menino, “e uma bala vai para a cabeça dele.”
Os olhos de Ewan se estreitaram. Seu olhar passou rapidamente sobre o homem. Camiseta branca. Boxers azuis desbotados. Pés descalços. Seu cabelo estava desalinhado, suor pingando na testa.
Nem um bom atirador ou bandido. Nem preparado. Ewan concluiu.
O último deve ter corrido para cá quando os tiros começaram, desesperado demais para salvar sua vida. Ele escolheu fazer uma última resistência com a alavanca mais próxima disponível—inocentes.
“Você não gostaria de fazer isso,” Ewan disse com calma.
“Ah?” O criminoso sorriu, embora seus lábios tremessem. “Confie em mim, seria meu maior prazer. Mas eu quero saber quem você é primeiro.”
Ewan inclinou a cabeça, ainda com a arma apontada. “Então você acha que eu responderei suas perguntas se os mantiver vivos? Trocando suas vidas por informações?”
O homem assentiu, rápido, ansioso. “Exatamente. Meu chefe apreciaria isso mais do que seus corpos mortos. Eles não são úteis—apenas peões para manter espiões sob controle.”
“Espiões?” O tom de Ewan era frio. “Você quer dizer Ciara.”
O sujeito sorriu com o reconhecimento. “Então você a descobriu, então. Garota estúpida que não consegue fazer nada certo. Ela pagará por isso, não se preocupe…” Ele fez uma pausa, uma luz cruel brilhando em seus olhos. “Isso se você já não a puniu por ajudar e participar de um crime contra o estado.”
Os lábios de Ewan se pressionaram numa linha dura. Ele não piscou. Não baixou a arma.
“Acho que isso cabe a nós decidir,” ele respondeu calmamente. “Agora me diga, você quer fazer isso do jeito fácil—ou quer perder uma perna como sua camarada lá fora?”
Por um momento, a bravata do criminoso se quebrou. Sua testa se franziu. “Você cortou a perna dela?”
O aperto do homem se apertou na arma. Ewan podia ver o tremor, o pulso instável de sua mão. A palavra errada, o movimento errado, e o garotinho estaria perdido.
Eu tenho que pô-lo fora de cena agora. Ewan pensou, maxilar apertado.
Seu polegar roçou o aço frio da pistola, mas uma ideia surgiu em sua mente. Lentamente, deliberadamente, ele afrouxou a mão na arma.
“Espere,” ele disse. Sua voz suavizou, mergulhando em algo persuasivo. “Vou fazer uma troca com você. Informação—pelas vidas deles.”
Os olhos do criminoso se estreitaram desconfiados.
Ewan inclinou a pistola para longe, abaixando-a ligeiramente. “Você quer saber quem eu sou? Certo. Mas você terá que deixá-los viver. Eu até vou largar minha arma.”
Os lábios do homem se curvaram em um sorriso trêmulo. “Agora você está falando. Largue-a. Devagar.”
Ewan assentiu, mantendo seus movimentos suaves e deliberados. Ele se agachou, abaixando sua pistola no chão, centímetro por centímetro, mostrando obediência. Seu coração martelava, mas seu rosto não traía nada. A arma tilintou suavemente ao tocar o chão.
“Bom,” disse o criminoso, seu sorriso alargando-se. Ele moveu sua arma da cabeça do garoto e apontou diretamente para Ewan. “Agora levante-se. Devagar. Mãos onde eu possa vê-las.”
Ewan obedeceu, levantando-se, mãos abertas, expressão calma.
O criminoso deu passos à frente, ansioso para pegar a arma descartada. Seu foco estava dividido—em Ewan, na arma que estava se curvando para pegar, em sua própria arrogância. E isso era suficiente.
O polegar de Ewan bateu rapidamente no pequeno botão da alça em sua coxa. Um som agudo e estridente ecoou na sala—o alarme para reforços. O som fez o homem estremecer, virando a cabeça para o ruído inesperado.
Isso foi toda a distração que Ewan precisava.
Em um movimento fluido, sua mão disparou em direção à cintura, os dedos envolvendo o cabo da faca abrigada ali. Seu braço se projetou à frente, os músculos se flexionando, e a lâmina girou pelo ar com precisão mortal.
A faca se enterrou na garganta do homem com um barulho repugnante, antes que ele pudesse perceber o que havia acontecido.
Seus olhos se arregalaram em choque, boca se abrindo sem som enquanto ele deixava cair ambas as armas, mãos agarrando seu pescoço. Sangue espalhou-se sobre seu peito, borbulhando de seus lábios enquanto ele desmoronava no chão.
O silêncio caiu. Apenas os soluços da família de Ciara permaneceram.
Ewan se abaixou, pegou sua arma e a deslizou de volta em seu aperto com a familiaridade de um homem que já havia feito isso muitas vezes antes. Seu peito subiu e desceu com respirações constantes, embora por dentro, a adrenalina ainda queimasse como fogo.
Ele caminhou em direção à família. “Vocês estão bem?” Sua voz estava mais suave agora, mais firme.
Ele se agachou, puxando as cordas que amarravam seus pulsos. As cordas se soltaram, e ele as jogou de lado. A mãe de Ciara abraçou seu filho, lágrimas umedecendo seu rosto. O pai esfregou os pulsos, seus lábios se abrindo como se para falar.
“Sigam-me,” Ewan disse firmemente, ajudando-os a se levantar. Suas pernas estavam trêmulas, seus rostos pálidos, mas eles obedeceram. “Guardem suas perguntas para depois. Precisamos sair.”
Ele olhou para a janela estilhaçada. Sirenes soavam ao longe, fracas mas crescendo. A polícia estava chegando. E, sem dúvida, também os reforços da gangue.
Ele os conduziu para fora no corredor. Sandro estava lá, recuando-os, arma levantada, sua cabeça se movendo aqui e ali, olhos arregalados como se esperasse que sombras surgissem.
Ewan riu, um baixo rugido em seu peito. “Eles já foram.”
Sandro girou ao som de sua voz, arma ainda apontada.
“Vai atirar em mim?” Ewan provocou secamente.
Sandro bufou, abaixando a arma ao lado. Alívio passou por seu rosto, embora ele tentasse mascará-lo com irritação. “Vamos. A polícia estará aqui a qualquer momento. Os vizinhos devem tê-los alertado.”
“Provavelmente,” Ewan disse, caindo no passo. Ele sinalizou para a família de Ciara caminhar à frente, mantendo-se na retaguarda, todos os sentidos em alerta.
Enquanto desciam as escadas, ele perguntou, “Perdemos algum dos nossos homens?”
“Não,” Sandro respondeu rapidamente, embora sua testa franzisse. “Mas temos muitos feridos. Ainda bem que você insistiu no caminhão. Você realmente faz planos como sua ex-mulher—primeiro os capacetes e o equipamento de combate, agora o transporte.”
Ewan bufou suavemente, lábios se curvando. “Como se você não soubesse o que atacar a gangue implica.”
“E Zane?” Ele perguntou, segundos depois.
Sandro hesitou por um momento, então assentiu. “Ele vai ficar bem.”
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Queridos leitores,
Estou animado para compartilhar que amanhã, em vez dos habituais 2 capítulos, serão lançados 6 capítulos!
Essa publicação especial é porque dois marcos foram alcançados:
O livro agora recebeu 40 Bilhetes Dourados, o que libera 2 capítulos extras.
E graças ao super presente recebido, vou adicionar mais 2 capítulos extras (mesmo que isso não fizesse parte das condições que listei no início deste mês, acredito que merece uma recompensa!).
Obrigado a todos pelo apoio contínuo—significa muito.
Obrigado especialmente a Melanie, pelo super presente!
Fiquem atentos para o grande lançamento de amanhã! E continuem votando com seus BD para liberar mais lançamentos!