Vingança Sombria de uma Esposa Indesejada: Os Gêmeos Não São Seus! - Capítulo 410
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Capítulo 410: Duas Equipes III
Esconderijo da gangue. 19h35.
A escuridão pressionava pesada ao redor do complexo, rompida apenas pelo brilho laranja das tochas montadas na cerca do perímetro e o ocasional varrimento de lanternas.
O esconderijo da gangue se assentava como uma besta agachada no centro do campo, sua estrutura de dois andares gasta pelo tempo, mas fortificada. Além de suas paredes, os guardas rondavam como lobos inquietos, suas conversas flutuando pelo campo, descuidadas, inconscientes da tempestade prestes a atacá-los.
Os olhos de Ewan cortavam as fileiras de homens atrás dele. Cada um estava armado, blindado e treinado para o silêncio. A respiração deles era constante, mas seus olhos — duros, frios e alerta — traíam o fogo que queimava por dentro.
“Aiden já se posicionou,” ele sussurrou, puxando o telefone do bolso lateral e conferindo o último texto. O brilho da tela iluminou seu rosto por um brevíssimo segundo antes dele guardá-lo de volta. “Esperamos receber notícias deles em breve.”
Ele se endireitou, a voz carregando-se silenciosa, mas firmemente pela linha. “Todos estão prontos?”
Os homens acenaram em resposta, uma onda de foco percorrendo o esquadrão. Mesmo na penumbra, o leve tilintar de dedos apertando os rifles era audível.
“Este lugar é um dos principais covis deles,” Ewan continuou, seu tom calmo, mas afiado como aço. “A família de Ciara está lá dentro. Esse é nosso único alvo. Sem distrações. Sem erros. Se vocês os virem — extraiam. Todo o resto? Não importa. Pelo menos por enquanto. A segurança do estado logo estará aqui… eles cuidariam de outros detalhes, enquanto encobrem nossos rastros…”
Ele deu uma pausa, deixando as palavras assentarem. “Sobrevivam. Fiquem atentos. E pelo amor de Deus, não fiquem arrogantes.”
Um coro de afirmações baixas seguiu, vozes profundas e graves.
Ewan se virou por último para Zane e Sandro, agachados junto à cerca de arame, já garantindo seu equipamento. “Vocês dois é melhor voltarem vivos,” murmurou, mas isso carregava o peso de preocupação em vez de ordem.
Zane deu um sorriso torto, seu rifle já repousando confortavelmente contra o ombro. “Devíamos estar dizendo isso para você.”
O tom de Sandro era mais seco, áspero. “Não se desvie como costuma fazer. Estamos aqui pela família de Ciara — nada mais. Leve suas próprias palavras a sério…”
“Entendido,” disse Ewan, mas seu olhar ficou um pouco mais tempo neles antes de se virar para a torre.
O guarda magro estacionado acima, na torre de vigia, andava preguiçosamente, rifle pendurado nas costas. Ele coçou a barba, bocejou, então virou as costas para eles, sua atenção se voltou para a linha das árvores.
O dedo de Zane apertou. O estalo nítido do tiro cortou a noite. O guarda se mexeu uma vez, caiu sobre o corrimão, e caiu com um baque doentio contra a terra abaixo.
Por meio batimento do coração, silêncio.
Então caos.
Gritos ecoaram, apitos soaram agudos e urgentes, botas trovejaram pelo complexo.
“Eles estão aqui!” alguém rugiu. Lanternas varreram como feixes frenéticos, vasculhando o campo.
“Vão!” Ewan latiu, avançando. Seus homens se espalharam em uma formação dispersa, rifles erguidos, avançando com passos firmes e agachados.
A primeira rajada de balas rasgou o campo. Faíscas explodiram nos capacetes, balas bateram forte contra coletes, empurrando corpos para trás, mas nunca derrubando-os. O equipamento deles segurava. Os homens cerraram os dentes, avançaram, e revidaram o fogo.
Tiros gaguejavam pelo ar como batidas de tambor, flashes dos canos iluminando na escuridão. Dois membros da gangue caíram em rápida sucessão, os tiros de Zane acertando buracos perfeitos em seus crânios antes que pudessem gritar. Outro desabou com o peito rasgado por uma rajada de tiros de assalto.
O esquadrão de segurança avançou constantemente, como uma maré. Cada vez que um homem disparava, outro se movia. Cobrir, atirar, avançar. Cobrir, atirar, avançar.
E porque estavam usando coletes à prova de balas e capacetes – bem preparados como soldados na linha de frente da guerra – não estavam morrendo, mesmo se fossem baleados, diferente dos membros da gangue.
Os membros da gangue neste local, enquanto isso, se agitavam, em pânico. Se protegiam atrás de caixas, paredes e barris, disparando balas cegamente. Seus gritos aumentavam em raiva, medo e dor enquanto a máquina tática os pressionava.
Uma granada fez um arco pela noite, girando, aterrissando com um tilintar metálico perto da cerca de arame.
“Abaixo!” Ewan gritou, caindo na terra. A explosão rasgou o solo, lançando terra e chamas no ar. Estilhaços assobiaram acima, fumaça obscurecendo a visão.
Dois de seus homens avançaram através da brecha destruída, metralhando um grupo de membros da gangue que lutavam para recarregar. O ar encheu-se com o cheiro acre de fumaça e carne queimada.
Ewan levantou seu rifle, disparando rajadas controladas. Cada aperto no gatilho fazia o Kraken-47 rugir, seus pesados projéteis rasgando abrigo e derrubando homens onde estavam. Ele avançou com precisão letal, olhos frios, movimentos eficientes.
Zane se mexeu para ajustar seu ângulo quando um repentino flash de cano o pegou. Uma bala atingiu seu lado esquerdo, jogando-o para trás.
Ele gemeu, agarrando suas costelas, tropeçando na terra.
“Zane!” O coração de Ewan pulou enquanto ele corria para o seu lado, arrastando-o atrás da parede quebrada de um depósito. O rosto de Zane se contorceu em dor, sua mão pressionada firmemente contra seu colete. Sangue escorria, mas não rapidamente.
“Estou bem,” Zane murmurou, sua voz tensa mas firme.
“Você está sangrando,” Ewan retrucou, já puxando as alças do colete para verificar. Seu alívio foi instantâneo – o colete tinha pego o pior da bala. A bala havia causado um hematoma profundo, mas não havia perfurado.
Zane forçou uma risada. “Viu? Você continua esquecendo. À prova de balas. Não estou morto ainda.”
Ewan exalou, mandíbula apertada. “Fique abaixado.” Ele se virou para Sandro. “Cuide dele.”
Sandro fez uma careta. “O quê? A maioria dos homens ainda está lá fora. Quem está protegendo suas costas—”
“Não preciso de uma babá,” Ewan o interrompeu rudemente. Seus olhos brilharam, ferozes. “Eu sou Wolfsbane. Eu posso cuidar de mim mesmo.”
Sandro murmurou um palavrão baixinho, então acenou com relutância. “Certo. Mas se você morrer lá fora, eu juro que desenterro você só para te matar de novo.”
Os lábios de Ewan se curvaram brevemente em uma risada antes de se levantar, pendurando o Kraken-47 no peito e agarrando uma pistola na outra mão. Pacotes de munição chacoalhavam em suas coxas enquanto ele se movia. Conferiu o carregador, engatilhou a pistola e avançou.
O corredor à frente se abria como uma garganta esperando para engoli-lo. Balas gritavam de suas profundezas, atingindo paredes, espalhando gesso e faíscas. O barulho era ensurdecedor, o ar espesso com cordite.
Mas Ewan se abaixou, rolou pelo chão e se ergueu disparando. O Kraken-47 rugia, cada tiro um martelo, mastigando abrigo, corpos e qualquer coisa infeliz o suficiente para estar em seu caminho.
Dois homens caíram instantaneamente, outro cambaleou gritando antes de um tiro final silenciá-lo.
Mas mais chegavam – homens com facões, rifles, até mesmo espingardas rudimentares. Eles gritavam gritos de guerra, rostos torcidos em desespero.
Ewan estava divertido.