Vingança Sombria de uma Esposa Indesejada: Os Gêmeos Não São Seus! - Capítulo 404
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Capítulo 404: Privacidade
“Então, como nos movemos?”
Toda a gangue estava reunida na sala de estar do velho Sr. Thorne, todos presentes, exceto Aiden, que ainda estava a caminho.
Ewan estava sentado no mesmo sofá com Atena, postura ereta, voz firme enquanto terminava de informar a gangue sobre toda a questão.
Susan inclinou-se para frente, batendo os dedos contra o joelho enquanto falava. “Podemos nos dividir em dois, nossos homens também. Nossos rastreadores confirmaram o local de que Atena falou… só precisamos de um pouco mais de tempo para o local exato onde mantiveram a família de Ciara.”
Atena se desculpou discretamente, levantando-se do sofá e deslizando para a pequena sala ao lado. Ela pegou o telefone e discou para Antonio.
“Oi, beleza. Como você está?”
“Estou bem, obrigado. E você?”
A conversa amena fluiu facilmente, o tom leve de Antonio puxando um sorriso dela, apesar do peso em seu peito. Ele estava tentando distraí-la, tirar sua mente da tempestade que girava no estado.
“Ainda vamos ao cinema hoje?”
Atena levou a mão à testa, lembrando-se de repente. Ela havia reservado esse horário nas horas que já tinha reservado para o laboratório e a cura.
“Atena…”
“Sim.” Ela murmurou suavemente. “Ainda está de pé. Mas não vou ficar muito tempo.”
“Tudo bem,” disse Antonio calorosamente. “O filme não é tão longo, de qualquer forma.”
Atena colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha, abaixando a voz, chegando ao motivo principal pelo qual o chamou. “Então, sobre o rastreador que você mencionou… você conseguiu contatá-lo?”
“Não. Talvez ele tenha mudado de linha? Também não consegui contatar o irmão dele. Mas vou continuar tentando.”
“Ok. Obrigada, Antonio. Até logo.”
Ela encerrou a ligação, dando-se um tapinha nas costas por manter a frustração fora da voz. Mas ela fervilhava por baixo, afiada e inquieta.
Seu telefone vibrou novamente. Ela havia ativado sua conexão de dados antes de fazer a chamada, e agora percebeu que tinha sido adicionada a um novo grupo de chat.
O alívio relaxou seus ombros quando viu qual era—o pequeno círculo de seus filhos na web negra. As etiquetas dos nomes deles iluminavam o chat, já enviando saudações para ela.
Ela sorriu, os polegares voando enquanto respondia. Imediatamente, ela deixou uma mensagem sua: uma consulta sobre a questão em mãos—apenas os problemas de Ciara.
Ela se tornou ciente de uma presença na sala, uma sombra de alguém muito próximo. Ewan.
“Você está bem? Saiu abruptamente…”
“Sim,” ela disse, abaixando um pouco o telefone. “Eu tive que confirmar com Antonio se ele finalmente conseguiu fazer o rastreador colaborar.”
“E conseguiu?” Sua testa franziu enquanto colocava as mãos nos bolsos das calças azul-marinho bem ajustadas.
Atena balançou a cabeça. “Mas consegui entrar no pequeno círculo das crianças na web negra.” Ela abriu o grupo e entregou o telefone a ele.
“Isso é bom…” ele murmurou, os olhos varrendo rapidamente—até que sua expressão mudou, endurecendo-se em um olhar de reprovação.
Curiosa, Atena inclinou-se mais perto, espiando por cima do braço dele. Um lampejo de inquietação torceu em seu estômago ao perceber que Antonio havia lhe enviado uma mensagem: uma foto e um texto.
Ela assistiu, como em transe, enquanto Ewan tocava na mensagem sem hesitação, enquanto ela assistia e não fazia nada. Mais tarde, ela se perguntaria por quê.
Por que ela não havia tirado o telefone dele; por que ele sentiu a necessidade de ver a mensagem; por que ele estava à vontade operando seu telefone; por que ele se incomodava em invadir sua privacidade se ele realmente era um cavalheiro.
Mas por enquanto, no momento, ela permitiu que Ewan clicasse para abrir as mensagens, ligeiramente surpresa com o conteúdo.
Uma foto preencheu a tela—Antonio, relaxando em seu escritório, camisa desabotoada para revelar seu peito tonificado, sorrindo sedutoramente para a câmera.
Ewan xingou entre os dentes antes que pudesse se conter, voz baixa e afiada. “Maldito idiota.”
A palavra tirou Atena do seu transe. Ela arrancou o telefone, olhos se estreitando para ele, captando o aço em seu olhar. “Você não se refere ao meu noivo dessa forma.”
A testa de Ewan franziu mais, mandíbula se apertando. “Noivo? Eu não ouvi falar de um noivado.”
“Você vai ouvir em breve. E da próxima vez, sugiro respeitar minha privacidade.”
“Claro. Eu sinto muito.” A desculpa saiu rangendo entre os dentes cerrados, seu coração se torcendo dolorosamente no peito. Seus olhos, no entanto, traíam a tempestade por trás deles.
“Você também manda fotos para ele?” Sua voz era tranquila, mas a mordacidade nela era inegável.
“Isso não é da sua conta. Mesmo que eu mande nudes para ele.”
Os olhos de Ewan se arregalaram um pouco, mas seu rosto permaneceu composto enquanto Atena saía da sala.
Ele xingou, quando estava sozinho, punhos se fechando, e os bateu contra o encosto do sofá mais próximo. Uma, duas vezes, de novo. Seus nós dos dedos ardiam, mas a dor em seu peito era pior. Finalmente, lembrando onde estava, ele se afundou de volta no assento, cabeça caindo contra a almofada.
Ele não deveria ter aberto a mensagem. Não deveria ter cedido à sua maldita curiosidade. Seria mais seguro para ele, mais seguro para qualquer coisa frágil que ainda compartilhasse com Atena. Agora ele havia perturbado isso novamente.
“Você está bem?”
A voz de Sandro cortou o silêncio.
Quando ele tinha chegado?
“Não, Sandro,” ele murmurou cansado, passando a mão pelo rosto. “Eu não estou bem. Acho que nunca estarei.”
Sandro se aproximou, pousando uma mão tranquilizadora no ombro do amigo. “O tempo cura tudo.”
Ewan soltou uma risada amarga.
Ligando os pontos, Sandro já podia adivinhar o que tinha acontecido entre o ex-casal—outro desentendimento. Ele se perguntava quanto tempo este duraria antes que se atraíssem de volta um para o outro novamente. Nunca demorava muito.
“Eu não acho que isso vai curar.”
Sandro deu um tapinha no ombro dele novamente, mais firme desta vez. “Você vai ficar bem. Vamos voltar para a sala de estar. O planejamento ainda está acontecendo. Precisamos concluir duas missões hoje para que a festa possa acontecer sem problemas amanhã, lembra?”
Ele lembrou Ewan de suas próprias palavras mais cedo, puxando-o de volta à realidade do momento.
“Sim, isso é verdade.” Ewan se levantou com um suspiro, ombros pesados. “Algum dos rastreadores já nos deu uma localização?”
Sandro balançou a cabeça. “Mas Atena diz que receberemos informações nos próximos dez a vinte minutos dos amigos dela na web.”
Claro. Ewan pensou. O círculo de crianças dele—aqueles fantasmas espertos da rede—estavam à altura da tarefa. Afinal, eles já haviam estado por trás do ataque à sua empresa.
O pensamento de suas crianças suavizou seu rosto, um leve sorriso surgiu, aliviando a aspereza em seu peito.
“Vamos indo então,” ele disse, movendo-se em direção à porta. “Ah, agora eu me lembro—Victoria. Ela tem se comportado?”
“Se comportado?” Sandro bufou. “Aquela mulher é um demônio do inferno. Tem certeza de que Atena precisa que mantenhamos ela como contratada?”
Ewan apenas deu de ombros. “Como eu disse antes, se Victoria estragar tudo, ela será dispensada.”