Vingança Sombria de uma Esposa Indesejada: Os Gêmeos Não São Seus! - Capítulo 391
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Capítulo 391: Laboratório Secreto III
Atena largou seu telefone na mesa com mais força do que o necessário, sua frustração pulsando contra sua cabeça, latejando por seus dedos.
Ela os cerrou em punhos, então bateu na mesa com força e xingou baixinho. “Droga!”
Ela havia acabado de desligar após falar com um grupo de oficiais do governo que regulavam o aspecto médico do estado. Eles estavam convencidos de que o hospital tinha sido descuidado – até imprudente – colocando em perigo a vida dos pacientes.
Onde estava Herbert? Atena se perguntava com irritação, pegando seu telefone novamente. Ele deveria ser o que afastasse os touros, não ela. Por que ele a deixou para carregar tudo?
Ela discou seu número. Sem resposta. Tentou novamente – desta vez, o telefone dele estava desligado. Suas sobrancelhas se juntaram. Estaria ele em uma reunião?
Ela tentou a linha de Zane. Ele atendeu após dois toques.
“Atena, como você está?” Seu tom jovial carregava uma facilidade que indicava que Ewan ainda não o havia atualizado sobre a situação atual.
“Estou bem, Zane. Ou melhor… acho que vou ficar. Como você está?”
Houve uma pausa. Uma pausa preocupada. “O que está acontecendo? Algo aconteceu com a Spider?”
Atena balançou a cabeça instintivamente, então lembrou que estava no telefone. “Não, não é a Spider… É o laboratório secreto. Eu o encontrei.”
O silêncio que se seguiu foi pesado, curioso e carregado.
“Estava na unidade de armazenamento, Zane,” ela continuou com um suspiro cansado, bagunçando o cabelo em frustração. “Como eu pude ter deixado passar isso?”
“Não, não, não.” A voz de Zane ficou mais afiada. “Não faça isso, Atena. Não havia como você saber. Você encontrou alguma outra coisa? Já contou ao meu pai?”
“Sim. Ele chamou a polícia e revogou os contratos com os gêmeos – não que eles estejam em qualquer lugar onde possam ser encontrados…”
“O que você quer dizer?” ela ouviu o leve som de uma porta se fechando do outro lado da linha. Ele provavelmente havia entrado em seu escritório ou outro espaço privado.
“Maria e Mateus desapareceram. Pelos dados que Susan me enviou alguns minutos atrás, eles estão completamente fora do radar. Cairo também… Eu nunca nem vi essa garota na minha vida.”
As últimas palavras escaparam mais como um murmúrio para si mesma.
“Quem é Cairo mesmo?”
Atena suspirou pesadamente. “Filha de Maria.”
“Isso é—” A voz de Zane vacilou, claramente tão surpreso quanto ela.
Maria e Mateus nunca deram a impressão de serem pessoas com laços familiares, a menos que esses laços envolvessem o mal e experimentos.
“O laboratório estava quase vazio,” Atena prosseguiu. “Eles devem ter saído apressadamente – provavelmente avisados quando invadimos a localização da gangue. Mas tive sorte de encontrar um frasco. Vou verificar seus componentes no meu laboratório antes de voltar para casa.”
“Talvez possamos trabalhar com isso. Vou tentar encontrar um gênio da computação que possa ajudar com o rastreamento enquanto esperamos pela Spider.”
“Eu agradeceria, Zane. Obrigada.”
Ele deu uma risadinha. “Não é necessário, Atena. Não é necessário de jeito nenhum. Você já falou com Ewan?”
Ela deu de ombros, mesmo sabendo que ele não poderia ver. “Enviei uma mensagem.”
Houve uma pausa. “Ele já deve estar trabalhando nisso. Tenho certeza de que ele em breve te dará um feedback.”
Atena assentiu lentamente. Ela estava prestes a se despedir quando lembrou do motivo pelo qual havia ligado para Zane em primeiro lugar.
“Você tem um segundo número para o seu pai? Eu tenho tentado contactá-lo, mas sem sucesso. Ele está em uma reunião?”
“Não. Ele me disse que passaria o dia no hospital. Talvez algo mais tenha chamado sua atenção?”
Algo mais importante do que o caos que está destruindo o hospital? Atena inalou profundamente, forçando a calma, finalmente despedindo-se de Zane.
Ela havia demorado mais de uns poucos minutos para acalmar os doutores, enfermeiros e até os pacientes assustados, assegurando-lhes que tudo estava sob controle. Ela também havia feito isso para os oficiais que a chamavam aqui e ali. Mas aquele era o hospital de Herbert, realmente não dela.
Se ao menos ela tivesse encontrado aquela segunda saída secreta – a que Mateus e Maria usaram para escapar…
Como o CCTV não os havia capturado saindo, apenas entrando na unidade de armazenamento em diferentes momentos, a polícia não teve escolha a não ser seguir o elevador, o que colocou tudo sob o olhar do público.
Se ela tivesse rastreado a saída mais cedo, talvez eles tivessem encontrado transporte melhor para os equipamentos restantes. Talvez até encontrado uma pista.
Outro suspiro escapou. O que mais ela poderia fazer?
Ela já havia colocado Aiden e sua equipe de gênios para trabalhar, até enviando pedidos pela dark web. Nada útil havia retornado. Isso só poderia significar uma coisa: quem estava apoiando essa loucura era poderoso. Nível governamental poderoso.
Com cada segundo que passava, ela começava a entender o ponto de Ewan—sua profunda desconfiança em relação ao presidente. A possibilidade de que o próprio homem estivesse por trás de tudo era desconfortavelmente alta. Mas o presidente não os ajudara na noite anterior com os cativos?
Ele faria isso se não estivesse do lado deles?
Atena inspirou mais um profundo suspiro, tentando se recompor. Seus olhos caíram sobre os arquivos empilhados na sua mesa, mas ela não tinha energia para lidar com eles. Decidiu que iria direto para seu laboratório.
Ela empurrou a cadeira para trás e estava alcançando sua bolsa quando um batida seca soou na porta.
“Entre,” ela chamou, afundando de volta em seu assento.
A porta rangia ao abrir e Ciara entrou com sua habitual agilidade. “O Sr. Ewan Giacometti está aqui.”
“Ele está? Por favor, deixe-o entrar.”
Ciara assentiu brevemente e saiu, mas não sem antes dar um rápido e pensativo olhar para sua chefe. Ela não pôde deixar de se perguntar sobre esta nova dinâmica entre Atena e o belo bilionário. Eles haviam resolvido suas diferenças?
Mal um minuto depois, Ewan entrou com sua típica compostura, uma mão casualmente enfiada no bolso.
“Atena…” ele começou, mesmo antes de chegar às cadeiras dos convidados. “Recebi sua mensagem, e sinto muito por não poder chegar mais cedo. Eu não estava na cidade—tinha um compromisso de negócios na cidade vizinha.”
“Tudo bem, Ewan. Eu não estou zangada com você. Por favor, sente-se.”
Ele aceitou, baixando-se na cadeira e cruzando as pernas. “Então, o que está acontecendo? Eles foram apreendidos?”
Atena balançou a cabeça, sua frustração aguda. “Eles não estão em lugar algum. Fora do radar. Nossa equipe está trabalhando nisso, mas nada apareceu ainda.”
O mesmo pensamento cruzou a mente de ambos, e isso ficou visível quando eles suspiraram ao mesmo tempo.
Spider.
“Essa foi a pior hora para ele estar doente…” Atena murmurou, pegando uma caneta da mesa apenas para soltá-la novamente.
Ewan assentiu sombriamente. “Mas temos que trabalhar com o que temos. Você contatou seu velho?”
“Ainda não. Vou fazer isso agora.”
Ewan a observava, a raiva brilhando em seus olhos enquanto ela enviava uma mensagem para seu avô. O estresse e a pressão marcados em seu rosto faziam seu peito apertar. Se houvesse uma maneira de tirar tudo de seus ombros, ele o faria.
“Ele disse que colocará homens para cuidar disso,” Atena relatou.
“Isso é ótimo,” Ewan murmurou. “Precisamos de todas as mãos na massa.” Uma pausa. “Mas quanto tempo você acha que levará para Spider acordar? Precisamos da experiência dele.”
“Para ser honesta, eu não sei.” Atena cruzou os braços frouxamente sobre o peito. “Eu nem sei que veneno ele injetou em si mesmo. Nunca vi nada assim. Sua língua tem essa estranha coloração azul-prata. Mas eu passei um cotonete em sua boca esta manhã antes de vir para cá. Vou testar isso junto com isso…”
Ela parou e levantou o pequeno saco de celofane segurando o frasco.
“O que é isso?”
“É a única coisa razoável que encontrei no laboratório secreto deles. Os outros papéis e pedaços eram inúteis—apenas a mecânica básica de fazer uma droga.”
“Fazer uma droga?” A sobrancelha de Ewan arqueou alta, sua curiosidade despertada.
“Sim. Acho que estão fazendo um vírus avançado, como uma variante do Grey. Mas ao mesmo tempo, estão desenvolvendo uma cura. Parece claro o suficiente seu objetivo: lucrar com a doença das pessoas.”
Ela balançou a cabeça, cansada, e retornou o frasco à mesa. “Espero estar errada.”
O maxilar de Ewan se apertou. Suas mãos pressionadas contra suas coxas, os nós dos dedos brancos, a raiva correndo através dele em ondas. Se algum dia chegasse às pessoas por trás disso, ele faria com que pagassem com suas vidas miseráveis.
“Mas se você estiver certa,” ele disse, inclinando-se para frente, seu tom baixo, “você será capaz de fazer os medicamentos, não será?”
Quando o olhar de Atena subiu para ele, quase vazio, ele insistiu. “Tudo o que você precisar, forneceremos. Tenho certeza que Herbert também vai querer esse vírus fora das ruas para sempre. Você tem ajuda—muita ajuda.”
Atena suspirou, os ombros caindo. “Mas e se eu não conseguir a tempo? E se milhares morrerem antes de eu terminar? Você sabe que leva tempo…” Ela mordeu o lábio inferior, a voz se desvanecendo.
Ewan desviou o olhar, apertando o maxilar. “A culpa não é sua, Atena. Matthew, ou como quer que ele se chame, é. Você está fazendo o seu melhor, e isso é o suficiente. Eu acredito em você. Todos nós acreditamos. Você venceu a Doença Grey uma vez, e tenho certeza que pode fazer isso de novo. Vou lhe dar todo o apoio que precisar.”
Atena exalou novamente, levantando o telefone quase distraidamente.
“Você quer ligar para seu namorado?”
Seu cenho franziu-se instantaneamente para ele, olhos levemente confusos. “O quê?”
Antonio nem sequer havia passado por sua mente.