Vingança Sombria de uma Esposa Indesejada: Os Gêmeos Não São Seus! - Capítulo 386
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Capítulo 386: Outra Extração V
Atena dobrou os lábios enquanto lia a mensagem pela segunda vez, depois pela terceira. O que era isso que o Aranha tinha planejado? Algo capaz de acabar com sua vida, algo que pareceria suicídio.
Ela se criticou novamente por pensar que o sujeito havia os traído, quando o oposto era o caso. Aranha era muito leal!
Ela sentiu a necessidade de vê-lo, conhecê-lo, entender seu modo de pensar. Ela não podia deixá-lo morrer. Seus pensamentos sobre este assunto a surpreenderam. O que havia de errado com ela?
“Você consegue ver meus medos agora?” A voz de Ewan a tirou de seus pensamentos.
“Ele está tentando cometer suicídio. O idiota! Como ele ousa fazer isso sem minha permissão!” Ele sussurrou, sua mão se estendendo quando Atena lhe estendeu o telefone.
“Ainda podemos salvá-lo, acho. Ele acabou de enviar a mensagem há poucos minutos, então isso significa que ele ainda está vivo.”
Ewan sacudiu a cabeça imediatamente. “Você não viu a mensagem no final, aquela depois de muitos tabuladores?”
Atena franziu a testa. Ela não tinha visto.
“Era uma mensagem programada. Ela foi enviada há algum tempo, talvez enquanto estávamos no avião, antes da extração.”
Atena suspirou, colocando a mão na testa. “Precisamos entrar lá agora. Você tem armas?”
Ewan parecia tolo sob a luz fluorescente brilhante. “Eu estava com pressa,” ele resmungou quando Atena ergueu uma sobrancelha.
“Você não está sozinho. Tenho certeza de que os guardas ainda estão mortos. Podemos pegar suas armas.”
Ewan deu uma risada com a tentativa de humor, levantando-se e seguindo Atena enquanto ela cobria a distância entre o último pedaço de vegetação e os portões.
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“Ainda vazio. O que exatamente ele fez para esvaziar este lugar de pessoas? Ele os drogou ou algo assim?”
Ewan rapidamente pausou, olhando para Atena com os olhos ligeiramente arregalados, a arma AK-47 devidamente posicionada em suas mãos. “Isso pode ser. Ele deve ter os drogado, e ele pode ter feito isso de uma forma que despertaria a suspeita de Kael sobre ele. Temos que encontrar um salão que seja grande o suficiente para conter todos os membros…”
“Existe algo como uma cafeteria aqui, algum lugar para comer?” Atena perguntou, conectando os pontos. Um espaço para alimentação seria o melhor para drogar.
“Não sei. Na última vez que estive aqui, não havia nenhuma. Mas talvez tenha havido algumas mudanças. Mas conheço alguns espaços grandes. Vamos lá.”
No primeiro espaço grande, eles encontraram um grupo de mulheres quase nuas, gemendo, empilhadas umas contra as outras como pão e presunto.
Atena fez uma careta, a raiva fervendo dentro dela com a visão, com a implicação.
“Uma nova remessa,” Ewan murmurou amargamente, sua oração anterior indo para o abismo. Haveria muitos desvios. Ele sabia disso com a próxima declaração de Atena.
“Não podemos deixá-las lá. Elas não querem estar aqui. Qual será o destino delas?”
“Prostituição, principalmente. Acompanhantes para os ricos.” Uma pausa. “Mas como vamos tirá-las daqui? Temos poucas mãos, e não há reforço.”
Atena mordeu os lábios, depois tirou seu telefone do bolso lateral. “Vou enviar um texto ao presidente com as coordenadas deste lugar. Acho que ainda o tenho na cabeça pela narração do Aranha. Vou informá-lo que é a localização da nova gangue que o patrocinador do Vírus Cinza contratou para seus feitos. Também vou dizer a ele que um potencial informante me disse que pode haver drogas e outras coisas aqui, que deve haver muitos militares, e que isto é uma emergência. Eles também devem salvar as mulheres aqui…” Uma pausa. “O que você acha?”
Ela levantou a cabeça de sua digitação frenética, encontrando o olhar incerto de Ewan.
“Pode funcionar, se o presidente realmente estiver do nosso lado.”
Atena exalou angustiada. “Mas isso é o melhor que podemos fazer nesta posição.”
Então ela enviou a mensagem e se virou para as mulheres, que as observavam como se fossem personagens de filme em uma peça. “Não se preocupem. Uma equipe de resgate estará aqui em breve. Mas não saiam deste quarto. Vocês me ouvem?”
As mulheres assentiram como se fossem controladas remotamente.
Atena olhou para elas uma última vez, e então saiu do quarto. Ela tirou a chave do buraco da fechadura e a jogou para uma das mulheres, que agora tinha esperança nos olhos. “Tranque o quarto por dentro. Só abra para os agentes que virão aqui em breve.”
A mulher assentiu e se levantou.
Atena olhou para Ewan. “Vamos para o próximo espaço.”
Enquanto se moviam, ela digitou mais e enviou ao presidente e Aiden, caso o presidente não fosse de confiança.
No segundo grande quarto, depois de corredores que lembravam Atena de um labirinto, eles encontraram crianças empilhadas umas sobre as outras.
O que era isso?
Pelo cheiro desagradável que invadiu suas narinas quando Ewan abriu a porta, ela soube que alguém tinha urinado ou defecado sobre si mesmo. Ela se virou e chorou.
Enquanto isso, Ewan assegurou às crianças sua segurança, a maioria sendo do sexo feminino, que seriam criadas para agradar homens velhos o suficiente para serem seus avós. Mantendo suas emoções sob controle, ele tocou seus cabelos, e para algumas sussurrou segurança.
“Meus homens logo chegarão aqui para salvar vocês. Apenas fiquem paradas, certo?”
Uma menina, que o lembrava de sua filha, puxou sua manga. “Promete?”
O coração de Ewan se quebrou, enquanto ele assentia, esperando que o Presidente fosse uma boa pessoa, que seus homens chegassem a tempo de interromper essa operação. “Eles ficarão bem. Os homens chegarão a tempo.”
Atena falou com ele enquanto eles se apressavam para o próximo espaço. “Temos que acabar com sua gangue anterior. Não há outra saída…”
Ewan assentiu. “Vou ajudar no que puder.”
No terceiro espaço, não havia nada além do cheiro de produtos químicos.
“O que havia aqui?”
Ewan, com uma expressão especulativa no rosto, balançou a cabeça lentamente. “Não sei. Este quarto sempre esteve vazio, ou um lugar onde passávamos o tempo e brincávamos e comíamos e fazíamos planos. Não algum… laboratório.”
Seus olhares se cruzaram ao mesmo tempo.
“Eles ainda estão produzindo o Grey Virus!” Atena gritou em um sussurro, bagunçando seu cabelo. “Que inferno!”
E lá estava eu comemorando, ela pensou, socando a palma da outra mão. Então um alarme disparou, destruindo seus respectivos pensamentos.
“O que foi isso?” uma pergunta sussurrada por Atena, que empunhou sua arma com mais força e já estava se dirigindo para a porta.
Ewan correu para sua frente. Ele não a deixaria enfrentar nenhuma situação primeiro.
Atena silvou suavemente diante dessa atitude. “Então se mexa rápido!” ela sussurrou, querendo provocá-lo.
Ewan sorriu, liderando o caminho para fora da sala, olhos deslizando para a esquerda e para a direita, caso algum membro da gangue chegasse, mas não havia nada.
No último espaço, com o alarme ainda tocando, eles se olharam e abriram a porta, suas armas caindo ao lado quando viram os membros da gangue espalhados no chão, alguns deitados sobre os outros, com lanches, bebidas e o que fosse mais.
Seus olhos encontraram Spider sentado sozinho em uma poltrona, uma lata de Sprite na mão, cabeça voltada para o teto. Pareciam mortos.
O coração de Ewan imediatamente se afundou. Sem pensar, ele correu para dentro da sala em direção ao seu jovem amigo, cujo rosto ele havia visto no dia anterior, e puxou e empurrou. “Spider!”
Atena entrou na sala em seguida. Pelo modo como os homens estavam no chão, por seus peitos não subirem e descerem, ela soube que estavam mortos.
Talvez gás, ela pensou tristemente, apressando-se até Spider, até Ewan, cujos olhos já brilhavam com lágrimas. “Spider…” ele chamou, segurando seu amigo junto ao peito.
Atena tocou seu pulso. Não havia nada, nem seu coração batendo. Seu coração caiu aos pés, seus olhos contemplando a pessoa que era Spider.
Ele parecia mais jovem que Ewan, então ela achou que ele era realmente mais jovem também, talvez na metade dos seus vinte anos. Bonito.
Muito bonito. Ela podia ver, notando a perfeição de seu rosto, seus lábios, seu nariz, que por algum motivo parecia familiar, seus ombros largos, sua mão magra e musculosa, seu…
Ela franziu a testa, vendo um pedaço de papel em sua mão. Seu cenho se aprofundou ao tirar o papel dobrado da mão dele e abri-lo.
“Tire-me daqui, velho. Eu sabia que você viria por mim.”
Ele estava vivo? Atena olhou para Spider novamente, notando algo que não havia percebido antes. Sua cor não estava pálida, não como os outros ao redor deles. Seu corpo não estava completamente frio.
O que era isso? Será que ele tomou uma droga que paralisaria sua vida por alguns minutos? Ela verificou seu relógio de pulso. Isso era impossível. O tempo era muito longo.
Ela tocou Ewan e mostrou-lhe o papel. “Acho que ele está vivo.”
Guardando suas reservas para si mesma, ela pegou a arma de Ewan enquanto ele a entregava a ela, observando enquanto ele levantava Spider para seus ombros, as mãos e pernas deste balançando como as de um morto.
“Que droga você acha que ele tomou? Algum efeito colateral?”
“Não tenho certeza,” respondeu Atena, liderando o caminho. “Descobriremos quando ele acordar,” ela acrescentou, aliviada, mas curiosa sobre essa familiaridade que sentia em relação ao intrigante homem.
Será que já se encontraram antes?