Vingança Sombria de uma Esposa Indesejada: Os Gêmeos Não São Seus! - Capítulo 381
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Capítulo 381: Uma Confissão
“Mas como Aranha sabe da situação específica de Lucas?” Atena perguntou após explicar que tipo de rastreador ela tinha usado no relógio e no colar de Kendra, sua voz baixa, carregando uma tensão que ela não conseguia esconder completamente.
Enquanto falava sobre os detalhes do rastreador para sua audiência, ela estava pensando em como Aranha tinha sido preciso sobre o estado de Lucas. Ele tinha estado na missão com os criminosos? Isso fazia parte do seu dever disfarçado?
Se sim, por que ele não nos informou?
Seus olhos se estreitaram ligeiramente, buscando no rosto de Ewan a menor oscilação de incerteza. Ou ele estava consciente?
Ela se inclinou para frente na cadeira, palmas das mãos pressionadas firmemente juntas, como se apertá-las pudesse ancorar sua compostura vacilante. Os outros a observavam—do jeito que seu maxilar ficava tenso, do jeito que seus lábios tremiam ligeiramente antes que ela os firmasse.
Ewan encontrou seu olhar firmemente. Seus ombros permaneceram relaxados, enquanto suas mãos descansavam casualmente nos joelhos. “Porque as vítimas estão em uma das localizações da gangue. Felizmente para nós, Aranha está lá.”
As palavras pousaram pesadamente, puxando o ar entre eles, entre as pessoas na sala.
Por um instante, o silêncio varreu a sala, uma tempestade invisível formando-se em seu rastro. Cada olhar disparou para o outro, a suspeita piscando em seus olhos. Até o pulso de Atena acelerou, e sua respiração falhou. Ela tinha perguntado por desespero, sim, mas sua resposta—tão suave, tão certa—fez a inquietação florescer.
Seus olhos se estreitaram ainda mais. “Então Aranha… está com a gangue?”
Ewan balançou a cabeça imediatamente, sua expressão calma, deliberada. “Não. Ele não fazia parte da missão. Ele só descobriu depois. Ele foi pego de surpresa, assim como nós… Acho que eles não acharam necessário evitá-lo, porque não precisavam de seus serviços.”
Mesmo assim, a tensão não se dissipou. Ela pairava ali, pegajosa e teimosa. Parecia vir de diferentes direções, diversos pensamentos e suspeitas.
O velho Sr. Thorne reclinou-se ligeiramente em sua cadeira, uma mão apertando o apoio de braço. Seus olhos perspicazes estudavam o rosto de Ewan com uma intensidade que vinha apenas da idade e dos instintos aguçados de um homem que navegou por muitas tempestades. Suas sobrancelhas se franziram, e em sua voz veio o peso lento e constante da suspeita.
“Você,” ele perguntou cuidadosamente, “conhece esta gangue… pessoalmente?”
A pergunta quebrou o silêncio.
Caiu espessa sobre a sala, mais pesada do que as próprias palavras. O ar mudou—mais tenso, mais denso—como se as próprias paredes pressionassem para ouvir a resposta.
O maxilar de Ewan se apertou. A calma casual drenou de suas feições, deixando para trás algo mais sombrio, mais afiado. Ele não se moveu a princípio, não piscou. Apenas silêncio—inflexível e alto.
Então ele encontrou o olhar de Atena. Ela ergueu uma sobrancelha rígida em resposta, seu nariz tremendo.
Florence, sentada perto da borda do longo sofá, engoliu em seco. Seus olhos passaram de um rosto a outro—aqueles que seus instintos acreditavam saber a resposta à pergunta. Seus dedos tremiam levemente onde repousavam em seu colo. O silêncio se alongou até que ela não pôde mais suportar.
“Ewan…” ela sussurrou, voz trêmula, embora seus olhos tentassem segurá-lo. “Você sabe? Não vai responder ao meu marido?”
Ainda silêncio.
Então, lentamente, quase relutantemente, Ewan exalou. “Sim.”
O fôlego de Florence ficou preso. Como seu Ewan estava afiliado à gangue mais letal do país, talvez do continente?
“Eu fiz parte deles uma vez,” ele admitiu, voz plana mas não defensiva. Sem desculpas. Apenas a verdade.
A onda que percorreu a sala foi imediata. A boca de Florence ficou aberta para começar, espelhando a expressão no rosto do marido. Mais atônitos, o casal estava, pois foram os últimos a saber dessa informação, considerando os olhares nos rostos dos outros.
Mas Ewan não parou em sua admissão.
Ele contou a história, assim como ele contou a Atena, e o casal ficou sem palavras.
Os olhos de Florence, por sua vez, permaneceram arregalados, cintilando agora enquanto ela pressionava seus lábios com força. Sua garganta subiu e desceu enquanto ela tentava engolir aquilo, mas as lágrimas escorriam de qualquer maneira, silenciosamente caindo em suas bochechas. Ela levou a mão à boca, abafando o som, mas seus ombros tremiam com o esforço.
Os lábios do velho Sr. Thorne se abriram, depois se fecharam. O choque esculpiu linhas mais profundas em seu rosto. Sua mão, ainda agarrando o apoio de braço, ficou branca nos nós dos dedos. Ele viveu o suficiente para suspeitar, talvez, mas ouvir isso em voz alta—a confirmação bruta—partiu algo nele. Ele não deveria ter deixado Alfonso levar a criança.
Ewan apenas suspirou sob os olhares deles. Ele se recostou, seus olhos brevemente fechando antes de abrir novamente com uma resolução sombria. “Está tudo no passado… E Zane, Sandro—”
“Nós estávamos com ele,” Zane disse de repente, sua voz cortando o silêncio. Seu maxilar estava firme, seus olhos duros. “E decidimos que isso permanece enterrado. Um segredo que levaríamos para o túmulo. Espero que não saia desta sala também.”
Florence arfou suavemente, mais um soluço escapando. Sua mão tremia contra os lábios. Ela simplesmente não conseguia imaginar a dor que seu menino tinha passado, seu pequeno afilhado. Por que não se importou com ele nesses anos?
Atena inclinou-se ligeiramente para trás, sua mente girando. Ela mordeu os lábios, observando a tensão se desenrolar, esperando que seus avós não ficassem furiosos por manter este assunto deles. Pois, para ser honesta, ela pensava que eles sabiam…
A voz do velho Sr. Thorne veio novamente, áspera, carregando descrença. “Então não houve nada… nada que te libertasse? Nenhuma revelação? Nenhuma coisa que te puxasse desse poço?” Ainda tentando entender como Ewan liderou uma gangue em tão jovem idade, que dano causou à sua cabeça já danificada.
Ewan balançou a cabeça lentamente. Sua expressão cansada, seus olhos segurando algo muito pesado para ser dito. “Não. Nada além do tempo. E a chance de rastejar para fora.”
Sua mão se moveu em direção ao telefone, um gesto deliberado para encerrar esta linha de perguntas. “Desculpe, velho, mas agora, não temos o luxo de divagar. Ainda temos Lucas e Kendra para salvar. Acredito que Aranha tem mais para nós.”
O velho Sr. Thorne assentiu lentamente, distraído, sua mão movendo-se para as costas da esposa para dar tapinhas suaves, para confortá-la.
Enquanto isso, Ewan discou o contato de Aranha.
A sala prendeu a respiração, ouvindo enquanto a voz distorcida de Aranha veio — seja onde for que estava, tinha uma rede terrível. “Coordenadas confirmadas. Localização exata. Eles estão perto — dois estados de distância. Mas escute—” seu tom se tornou tenso— “enviar isso compromete minha cobertura. Meus homens e eu podemos não sobreviver se isso vazar.”
O maxilar de Ewan se fechou. “Você tem certeza?”
“Positivo. Mas eu vou arriscar. Eu vou enviar as coordenadas. Vou deixar o portão aberto. Isso é o melhor que posso fazer.”
“Então faça,” Ewan disse, firme. “Obrigado. Eu te devo uma.”
A linha ficou muda.
Atena respirou fundo, uma mão pressionando a testa enquanto o alívio tomava seu corpo como uma onda. Seus ombros relaxaram, o primeiro verdadeiro alívio em seu corpo em horas. Esperança, frágil mas viva, pulsava em seu peito.
“Estaremos lá em breve,” Ewan murmurou para si mesmo, abaixando o telefone.
Então, mais alto, estabilizando sua voz, ele se virou para a sala. “Ouçam. Vamos agora. Susan, você fica. Mantenha a mansão segura com os guardas. Ninguém entra, ninguém sai. Mantenha as crianças seguras. Também distribua mais segurança em Chelsea e Gianna.”
Susan, embora relutante, desejando segui-los, assentiu firmemente.
O resto se levantou. Botas arranhavam o mármore, cadeiras empurradas para trás, casacos puxados para perto. A sala que antes estava sufocada pelo silêncio agora estava repleta de movimento, urgência.
Atena rapidamente pegou seu telefone, dedos firmes enquanto digitava. “Eric,” ela falou no telefone, seus olhos observando Ewan assumir o controle da missão. “Margaret está segura?”
“Sim,” a voz de Eric veio, estável. “Ela está segura. Estamos a caminho da Mansão Thorne.”
O alívio rompeu o peito de Atena novamente. “Bom. Bom. Com a graça de Deus, podemos terminar esta missão hoje.”
No momento em que ela desligou a chamada, Ewan já estava dando, pelo telefone, coordenadas sobre onde obter roupas de extração e armas para um agente, e o velho Sr. Thorne já estava levando Zane e Sandro em direção ao corredor, em direção a seu quarto privado onde certas ferramentas para extração eram guardadas.
–
Eles se despejaram na noite minutos depois, as pesadas portas frontais da mansão Thorne rangendo ao fechar atrás deles. O pátio da propriedade, lavado em prata pela luz da lua, parecia conter a respiração. Motores roncavam suavemente enquanto veículos pretos elegantes aguardavam prontos, faróis cortando a escuridão.
O velho Sr. Thorne seguiu, expressão mais dura agora, o choque da revelação de Ewan gravado profundamente em seu rosto marcado pelas linhas. Ele parou depois da varanda, com Florence se agarrando ao seu lado, seus olhos ainda vermelhos, observando-os entrar nos carros.
Atena, agora vestida em um traje de combate preto, apertou o xale com mais força, lançando um último olhar para seus avós e imitou um aceno, um pequeno sorriso nos lábios.
“Volte em segurança.” O velho Sr. Thorne chamou, já aceitando o amor de sua neta pelo campo. Ele nem tentou convencê-la a ficar para trás.
“Eu voltarei.” Prometeu Atena, seus ouvidos captando as últimas instruções de Ewan para os agentes que os seguiam.
“Vamos direto para o hangar privado. Sem paradas, sem atrasos.”
Seu tom era rígido, cada palavra comandando, mesmo enquanto dizia a Zane e Sandro para liderarem no carro principal. “Verifiquem a rota no caminho. Se formos seguidos, cortem-nos.”
Piscando para os avós, ela deslizou para o SUV do meio com Ewan, suas mãos se entrelaçando em seu colo enquanto se sentava no assento de couro frio.