Vingança Sombria de uma Esposa Indesejada: Os Gêmeos Não São Seus! - Capítulo 372
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Capítulo 372: Visitando o Novo Laboratório II
“Pessoas muito acolhedoras,” Susan começou enquanto finalmente entravam na estrutura de um andar do duplex — quatro quartos no total, de acordo com o texto de Ewan naquele dia.
“Sim. Uma boa atmosfera e boas pessoas,” Atena concordou, aliviando Rodney de algumas bandejas e colocando-as na mesa de jantar, seu olhar vagando para absorver o ambiente.
O espaço era bem menor do que a mansão dos Thornes, mas era acolhedor, caseiro — o tipo de lugar que convidava você a respirar, a relaxar.
Um bom lugar para criar crianças também, ela pensou. Era apenas… diferente.
A sala de estar os saudou primeiro, uma mistura de aconchego e elegância. Paredes em tom creme suave se encontravam com pisos de nogueira escura, o brilho da madeira polida capturando a luz da tarde que entrava pelas cortinas transparentes. Um conjunto de sofás baixos e macios em cinza suave estava no meio, o tipo que parecia convidar você a se afundar e nunca mais sair.
Um tapete estampado em tons terrosos ancorava a área de estar, enquanto uma mesa de centro com tampo de vidro refletia o brilho quente de um abajur de canto. Havia um leve aroma de polidor de limão e flores frescas; um vaso de lírios se erguia orgulhoso sobre uma mesa auxiliar.
À esquerda, a área de jantar era aberta e convidativa — uma mesa de carvalho polido com oito cadeiras de encosto alto, o tecido num tom suave de bege que complementava a decoração circundante.
Além, a cozinha era limpa e moderna — bancadas de mármore branco, eletrodomésticos cromados impecáveis e uma ilha no centro encimada por uma pequena cesta de frutas frescas.
Exploraram os quartos um a um. O primeiro quarto no andar de baixo era modesto, mas charmoso — uma cama de solteiro com lençóis brancos e limpos, uma mesa de leitura perto da janela e paredes em azul claro que davam ao espaço uma sensação de calma e leveza.
No andar de cima, três quartos aguardavam, cada um com sua própria personalidade. Um estava montado em âmbar quente e marrom profundo, outro em lavanda clara com cortinas delicadas, e o terceiro — maior que os outros — tinha uma paleta neutra suave, uma cama queen size e um banheiro privativo revestido em branco imaculado.
Voltando à sala de estar, Atena quebrou o silêncio. “Rodney, por favor, coloque essas bandejas dentro da geladeira e espere aqui. Você pode comer um pouco se estiver com fome. Susan, venha comigo.”
Sem mais delongas, Atena caminhou em direção ao primeiro e único quarto no andar de baixo, Susan logo atrás.
“Qual é o problema?” Susan perguntou, notando a expressão incerta no rosto de Atena depois de terem reexaminado o quarto.
“Algo não está batendo?” ela continuou, aproximando-se de Atena, cujas sobrancelhas ainda estavam ligeiramente franzidas.
“Sim. O laboratório. Eu estava pensando que estaria em um dos quartos…”
Os olhos de Susan se arregalaram enquanto ela se lembrava exatamente por que haviam vindo aqui em primeiro lugar. “Onde está o laboratório?” ela respirou. Era a vez dela de ficar confusa. Mas não por muito tempo.
“Você deveria ligar para Ewan,” ela disse, como se fosse a solução mais óbvia do mundo.
Atena concordou, pegando o telefone e discando o número dele sem hesitação. Negócios, ela lembrou a si mesma — isso era apenas parte dos negócios.
Ainda assim, dois segundos pareciam muito tempo quando ela já estava um pouco nervosa, e quando Ewan finalmente atendeu, ela teve a estranha sensação de que ele havia deixado tocar de propósito, como se para lembrá-la de quem estava no controle.
“Atena. Algum problema?”
“Na verdade, não,” ela respondeu secamente. “Estou na casa — a localização do meu novo laboratório — mas não consigo encontrar meus itens essenciais de laboratório em nenhum dos quartos.”
Uma pausa do outro lado. “Você realmente acha que eu colocaria seus itens essenciais importantes em um dos quartos na superfície?”
A superfície… A palavra clicou. Droga! Por que isso não tinha passado pela sua cabeça?
“É subterrâneo,” ela declarou sem rodeios.
“Claro que é,” Ewan respondeu, com um toque de diversão na voz, antes de lhe dar as direções. Quando ele lhe desejou boa sorte e encerrou a ligação, Atena se sentiu estranhamente desolada.
Ela odiou isso. Talvez devesse ter terminado a ligação primeiro.
“Onde está a passagem subterrânea?” Susan perguntou, a excitação clara em sua voz e em seus passos apressados enquanto seguia o olhar de Atena pela sala. Os olhos de Atena finalmente pararam em um botão vermelho na parede, disfarçado como um interruptor de luz comum.
Era um interruptor de luz, como Susan percebeu ao ver a pequena luz piscando. Mas ao quarto toque de Atena, um estrondo profundo surgiu sob seus pés.
Susan instintivamente deu um passo para trás, observando Atena fazer o mesmo enquanto o chão diante delas se abriu para revelar uma escada conduzindo à escuridão.
“Como?” A voz de Susan estava tingida de admiração e incredulidade.
“É tão integrado com os painéis do piso,” Atena murmurou, igualmente impressionada. Ela nem tinha notado o buraco nas tábuas. Parecia… normal.
Um excelente esconderijo, ela decidiu, um pequeno sorriso brincando em seus lábios. As pequenas mágoas contra Ewan estavam, por ora, perdoadas.
Com uma respiração profunda, ela ligou a lanterna do telefone e começou a descida, Susan bem atrás. Na base da escada, à direita, aguardava outro interruptor vermelho. Atena hesitou por um instante, ponderando os possíveis resultados, e então pressionou-o.
A luz inundou o corredor subterrâneo em um instante — brilhante mas suave, iluminando um vasto salão que se estendia mais longe do que ela esperava. O ar era fresco e limpo, prova de um bom sistema de ventilação.
Prateleiras de metal elegantes alinhavam um lado, abastecidas de maneira organizada com seus itens essenciais de laboratório. Ela notou vários novos aparelhos que não possuía antes — obra de Ewan, sem dúvida: bancadas de trabalho reluzentes sob as luzes brancas brilhantes, centrífugas de última geração, um microscópio digital com uma ampliação que ela havia apenas sonhado, e um gabinete de biossegurança tão impecável que ela podia ver seu reflexo no vidro.
Uma gratidão quieta e relutante floresceu em seu peito.
Ao longo de uma parede havia um armário alto, as portas ligeiramente entreabertas revelando seus papéis de pesquisa, organizados e seguros. Uma cadeira confortável de descanso e uma mesa de trabalho resistente estavam perto de um canto, e ao lado deles, uma cama inflável dobrada cuidadosamente, como se esperando por longas noites de trabalho.
Ela se moveu para o canto distante, onde uma compacta kitchenette estava escondida — um pequeno refrigerador, uma cafeteira, um fogão de uma boca, e prateleiras abastecidas com o básico. A ventilação era sutil mas eficaz; ela podia sentir uma leve corrente de ar, fresca sem ser fria.
Sua mão voou para o telefone. Sem pensar demais, ela digitou uma curta mensagem para Ewan — uma única imagem do espaço, e ‘muito obrigado, Ewan.’
Elas permaneceram por um tempo, Susan movendo-se de um equipamento para outro, murmurando ocasionalmente “Uau” sob sua respiração.
Enquanto voltavam em direção à escada, Susan olhou de lado. “Você tem certeza de que vocês dois não conseguem resolver suas diferenças?” Sua voz ainda estava cheia de admiração.
Atena bufou. “Porque ele me comprou coisas?” A questão parecia vazia até para seus próprios ouvidos.
“Não exatamente,” Susan respondeu. “Acho que é a atenção dele que te afeta sempre. Você não vê isso todos os dias.”