Vingança Sombria de uma Esposa Indesejada: Os Gêmeos Não São Seus! - Capítulo 327
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Capítulo 327: Sombrio
“Como ela está?” Ewan sussurrou assim que Chelsea entrou no quarto das crianças, não querendo alertá-las, pois acabara de ler para elas três histórias para dormir, e agora dormiam.
Em frente a ele estava Gianna, lendo um livro, pernas cruzadas, como alguém sem preocupações no mundo. Ela havia entrado há cerca de dez minutos.
“Ela está dormindo agora,” Chelsea sussurrou de volta antes de chamá-lo para vir com ela.
Ewan não perdeu tempo. Ele tinha perguntas para ela, e para Gianna também. De quais drogas Atena estava falando?
Quando ele saiu com as crianças, perguntou a elas sobre as drogas, mas elas disseram não ter conhecimento do assunto. Ele também não perguntou a Gianna quando ela entrou na sala, por causa da presença das crianças; ele não achava que Atena queria que elas soubessem.
“Então, o que está acontecendo?” Ewan perguntou enquanto se sentava na cama que Chelsea indicou que ele se sentasse.
Chelsea deu de ombros, abrindo o kit de primeiros socorros. “Essa é a história dela para contar, não a minha. Considerando o bom estado de seu relacionamento agora, tenho certeza de que ela pode confiar em você sobre o assunto.”
O tom sombrio de Chelsea fez o pavor se instalar no estômago de Ewan, tanto que ele quase caiu de joelhos e implorou por uma resposta.
O que o impedia de fazer isso era saber que essas amigas de Atena eram leais como a palavra leal. Elas não diriam uma palavra. Mas qualquer que fosse o problema… era sério. Isso explicaria por que Gianna não tinha dito uma palavra desde que se juntou a ele no quarto com as crianças.
Mesmo agora.
Ela estava apenas observando Chelsea afastar suas feridas, o livro ainda em suas mãos.
Ewan mordeu os lábios enquanto Chelsea refez suas ataduras, sua mente indo e voltando. Era câncer?
Ele balançou a cabeça imediatamente, seu coração incapaz de suportar isso. Não, não câncer. Seria alguma outra doença?
Suas mãos entrelaçadas começaram a suar, e ele quase se tornou imperceptível à dor que vinha com o curativo de suas feridas, pois sua mente estava em Atena e no que a afligia. Ela falaria com ele sobre isso?
Ele estava pronto para chamar os melhores médicos do mundo, para fazer o necessário, para garantir que ela ficasse bem.
Não importava que ela estivesse no mesmo patamar dos melhores médicos. Deveria haver algo mais a ser feito sobre seu problema, algo que a curasse permanentemente. Ele odiava vê-la tão fraca, odiava ver o pânico no rosto das crianças quando ela desmaiou. Ele não queria ver aquelas expressões novamente!
De que lhe valia se deixasse tudo aquilo acontecer novamente? Não. Pegando o telefone no bolso, ele enviou uma mensagem para Sandro.
‘Consiga-me o contato do melhor médico do mundo.’
Não importava o custo, ele pagaria por isso.
“Como você está calmo, Ewan? Suas costas já estão dormentes?”
Ewan balançou a cabeça. “É doloroso, eu só acho que um Ewan chorão não é uma imagem que você gostaria de ver…”
Uma risada escapou dos lábios de Gianna para o prazer de Ewan. Pelo menos ele fez a mulher desolada rir. Talvez…
Mas a risada secou imediatamente e ela voltou ao livro que estava lendo.
Bem, lá se vai essa chance. Ele pensou com um suspiro. Conseguir as respostas de Atena, estava decidido. Sem necessidade de incomodar Aiden também.
“Tudo pronto,” Chelsea murmurou, afastando-se dele. “Você se sentirá melhor amanhã de manhã. Tome estas pílulas.”
Ewan engoliu as pílulas sem hesitação, bebendo-as com uma garrafa de água ao lado da cabeceira.
“Boa noite, Ewan.”
“Obrigado, Chelsea. Boa noite,” Ele disse, cruzando o olhar profissional dela, um pensamento mundano se esgueirando em sua mente então. Qual seria o possível motivo pelo qual seu amigo estava em conflito com essa mulher engraçada? Ele ainda se lembrava de sua provocação a Cedric.
“Gianna, você também. Obrigado,” Ele disse, vendo Gianna se levantar, saindo com Chelsea. Ela acenou com a cabeça em resposta e deixou o quarto.
Sozinho no quarto designado para ele, Ewan não conseguiu dormir a princípio. Ele estava consumido por tanta curiosidade que era prejudicial para ele. Ele precisava dormir. Seu corpo precisava disso.
Exalando cansado, ele deitou na cama, barriga para o colchão, e verificou suas mensagens. Nenhuma resposta de tanto Spider quanto de Sandro.
Não tendo muito o que fazer, ele optou por se forçar a dormir. Com sorte, quando acordasse, Atena estaria em melhor forma para falar com ele.
“Boa noite, Atena.” Ele murmurou e fechou os olhos, suas mãos segurando os lados do travesseiro.
Sua pegada afrouxou nos próximos cinco minutos. As pílulas fizeram um bom trabalho.
—
Uma chamada acordou Ewan.
O homem inalou suavemente enquanto sua mão se movia pela cama para encontrar seu telefone. E, quando o encontrou, seus olhos brilharam diante da tela, pois a luminosidade parecia ser como a do sol.
E quando viu que era Aranha, o sono desapareceu de seus olhos.
Ele verificou a hora no relógio na parede oposta a ele. Quatro horas da manhã. Ele havia dormido por mais de cinco horas. Isso era bom.
Ele até se sentia revigorado, notou, sentando-se na cama, embora tenha cuidado para não descansar as costas na cabeceira, não estava pronto para qualquer dor no momento.
“Aranha, fale comigo… o que está acontecendo?” Ele começou assim que a chamada foi conectada.
“Ewan, desculpe por perturbar seu sono… Sandro me contou sobre seus ferimentos…”
Ewan franziu a testa, relaxando quando percebeu que, talvez enquanto estava ocupado com as crianças, Aiden devesse ter contado para Sandro e Zane… se os dois tivessem visitado.
Será que eles estavam na casa neste momento? Ele não achava. Eles teriam interrompido seu sono até agora.
“Ewan, você está aí? Como você está se sentindo?”
Foi por isso que Aranha ligou? Ele esperava que não. Ele estava faminto por informações, não por preocupação, a menos que viesse de Atena e seus filhos.
“Sim, estou bem, Aranha. Obrigado. Você tem algo para mim?”
“Sim, tenho.”
Sem hesitação alguma. E pela súbita explosão de energia no tom de Aranha, Ewan pôde perceber que, seja qual fosse a notícia que Aranha tinha para ele, valeria a interrupção do sono.
“Então fale comigo.”
“Lembra-se do último pedido que você me enviou… bem, eu chequei. Os padrões são os mesmos. É o mesmo hacker, o mesmo guru da web negra, que está por trás dos buracos invisíveis. Você sabe o que isso significa, Ewan? Se Morgan finalmente confessar quem o colocou na missão, teremos aquelas pessoas que encomendaram o assassinato de seus pais!”
O coração de Ewan estava batendo irregularmente agora. Ele queria obter respostas imediatamente de Morgan e seus cúmplices. Ainda assim, ele não achava que o velho Sr. Thorne o deixaria sair daqui neste momento.
“Em quanto tempo podemos obter respostas de Morgan então?” Aranha continuou, a energia não deixando sua voz.
Mas como poderia? Ele estava prestes a resolver um mistério de mais de vinte anos. Isso seria o destaque de sua carreira!
“Muito em breve. Esperançosamente hoje.”
“Ok, então. Continue seu sono. Desejo-lhe uma recuperação rápida.”
Ewan riu, agradeceu seu velho amigo, e encerrou a chamada.
Continuar seu sono? Ah, como se!
Ele saiu da cama, vestiu a polo verde escuro, que estava ao lado da cama, e saiu do quarto, com apenas um destino em mente: Atena.
Quando ele chegou ao quarto de Atena, bateu na porta dela. Mas não houve resposta.
Ele bateu mais duas vezes na porta, e quando ainda não obteve resposta, mordeu os lábios, ponderando se deveria entrar no quarto mesmo sem um convite.
O gemido doloroso que emanou do quarto naquele segundo tomou a decisão por ele.
Em pânico, ele girou a maçaneta e empurrou a porta, aliviado por estar aberta pelo menos.
O cenário que o saudou, no entanto, fez seu coração se contorcer em angústia.
Um pesadelo. Ele tinha certeza, enquanto fechava a porta atrás dele e corria para a cama. Atena estava se contorcendo na cama, emitindo sons de gemidos como se seus soluços estivessem silenciados, suas mãos agarrando sua camisola vermelha tão forte que os nós dos dedos brilhavam brancos.
“Atena! Eu estou aqui!” Ewan sussurrou em um tom elevado, entrando na cama, puxando-a para perto dele, e enrolando seus braços em volta dela, envolvendo-a em um abraço na cama, sua cabeça descansando sobre seu peito, uma perna dela jogada sobre a dele.
“Shush, shush…” Ele sussurrou, embalando-a, cantarolando, dizendo que tudo ficaria bem, que ele estava ali para ela.
A mão de Atena, enquanto isso, encontrou seu caminho em torno do peito dele, agarrando sua camisa com força.
“Atena, você está bem. Você está segura. Eu estou aqui com você,” Ewan continuou murmurando, beijando-a nos cabelos intermitentemente, sem parar até que os soluços se acalmassem, até que sua respiração se tornasse regular novamente.
Ewan soltou um suspiro de alívio, satisfeito por ter vindo visitá-la. Vendo que era quase manhã, no entanto, achou justo voltar para sua própria cama, já que ela estava melhor agora.
Antes que pudesse sair da cama silenciosamente, no entanto, uma mão agarrou sua camisa.
“Ewan… para onde você vai?”