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- Vingança Sombria de uma Esposa Indesejada: Os Gêmeos Não São Seus!
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Capítulo 320: Encontrando Morgan X
“Obrigada,” Atena murmurou, embora com gratidão, aceitando o lenço branco de seda que Ewan lhe deu para limpar as manchas de sangue de seu rosto e pescoço. “Vou lavá-lo, passá-lo e deixá-lo pronto antes da próxima vez que nos vermos…”
Ewan riu alto em resposta. “Como você saberá quando será a próxima vez que nos vermos…”
Atena abriu a boca para responder, mas Ewan foi mais rápido.
“Não importa. Você pode ficar com o lenço.” Um encolher de ombros. “Como lembrança…” Ele acrescentou após uma pausa, sorrindo ao ver um sorriso genuíno e suave se instalar nos lábios de Atena.
Ele ficou muito satisfeito com isso, já que o único sorriso que havia enfeitado seus lábios desde o encontro com Morgan — até este momento — era um sinistro, um cruel que apenas uma madrasta malvada poderia exibir.
Enquanto isso, o ‘sorriso genuíno e suave’ desapareceu dos lábios de Atena enquanto ela limpava as manchas de sangue do rosto, enquanto assistia Morgan e seus dois homens sendo levados para a parte de trás da van preta com a qual os homens de Ewan haviam chegado.
Eles haviam seguido pela porta dos fundos da entrada do hotel, já que este não era seu território e sua influência não cobria esta área. Esta área pertencia toda a Filemom, o chefe de outra gangue louca.
E ainda… Atena pausou seus lábios, notando o grupo de cerca de dez a quinze homens se aproximando deles.
Ela respirou suavemente, permanecendo plantada como uma rocha ao lado de Ewan, observando enquanto os homens de Ewan, após fechar a porta traseira da van, ficavam diante deles, formando uma parede protetora—apenas para o caso de as coisas darem errado.
Mas Atena estava cansada.
Quem eram essas pessoas? Membros da gangue de Morgan? Ela pensou, seus olhos escaneando suas roupas de motoqueiro—jaquetas de couro sem mangas sobre calças apertadas de couro—parando quando não encontrou tatuagens de escorpião em seus braços. Talvez elas estivessem em outro lugar?
Quando Ewan se afastou dela, no entanto, sua respiração ficou suspensa. Ela o segurou pelo braço.
“O que você está fazendo?” Ela perguntou, com uma expressão preocupada no rosto.
Ewan lhe lançou um olhar gentil. “Alguém precisa falar com Filemom,”
As sobrancelhas de Atena se franziram, mas ela se virou e começou a procurar Filemom, sua mão ainda segurando o braço de Ewan.
Suas narinas se alargaram no momento seguinte quando viu o homem, Filemom, olhando para ela com luxúria—ela havia feito sua pesquisa sobre ele e havia tropeçado em sua foto, com a ajuda de Ewan, claro.
Por um breve segundo, ela estava muito consciente, perguntando-se se, sob a luz do dia, seu vestido agora estava transparente—ela quase se afundou em Ewan para se proteger… se pudesse.
Ela suspirou em parte exasperação e alívio, seus pensamentos desaparecendo quando Ewan veio ficar diante dela.
Exasperação, porque seu corpo estremeceu novamente com aquele movimento, com aquela demonstração de cuidado dele por ela.
“Filemom, há quanto tempo…” A voz fria de Ewan a arrastou para longe de seus pensamentos traidores.
Filemom, um homem avermelhado que era tão alto quanto largo—parecendo mais um gigante do que um humano normal—mostrou dentes marrons tortos em resposta, fechando a distância entre ele e Ewan.
“Há muito tempo sem ver, Wolfsbane. Ops, ela…”
“Ela sabe, não precisa,” Ewan respondeu, não intimidado pelo tamanho puro de seu velho inimigo, um sorriso presunçoso nos lábios, conhecendo o jogo que Filemom queria jogar.
Novamente, ele estava feliz por ter contado a Atena sobre seu passado; caso contrário, como ele teria escapado das recentes salvações, com a boca solta de Filemom?
“Ah, entendo,” Filemom murmurou, uma carranca mascarando seu rosto—desapontado por ter sido superado.
“Ainda está com suas calças inteligentes. Você tem sorte que eu valorizo a vida de Ruby e seus desejos…”
Ewan não tinha nada a dizer sobre isso. “Então, você vai ser um problema, já que trouxe alguns dos seus?”
Filemom deu de ombros, o que Atena tinha certeza que poderia derrubar uma parte considerável de um prédio. “Não, a menos que você queira. Estou aqui apenas porque estou curioso. Embora não esteja feliz que você finalmente seja quem pega aquele porco escorregadio. Posso ver seu rosto?”
Ewan ergueu uma sobrancelha, depois fez um sinal para um de seus agentes. O sujeito, bastante grande, olhou com raiva para Filemom—não importando que este fosse mais alto do que ele por alguns centímetros—antes de se mover para abrir a porta de trás da van.
Filemom deu um passo atrás e espiou dentro da van, na companhia da maioria dos seus homens.
“Olá, Morgan…”
Atena desejou poder se aproximar e ver a expressão de Morgan ao ver outro inimigo, mas sua antipatia por Filemom a mantinha firmemente atrás de Ewan, embora ela esticasse a cabeça para o lado para observar o grande homem.
“Bem, tenho certeza de que Wolfsbane tem muitos planos para você,” Filemom se virou para Ewan então. “Você ainda tem Connor do seu lado?”
Ewan deu um aceno curto.
Filemom riu, virando-se para o interior da van.
“Morgan, ouviu isso? Como você está aqui, significa que Connor terá o prazer de provar você antes do governo. Embora eu duvide que restará muito de você quando aquele maníaco terminar com você e seu pessoal.”
Filemom soltou novamente aquela risada alta dele—mais como um rugido.
“Veja ele tremendo… Tenho certeza de que você gostaria de saber que Ewan era Wolfsbane…”
Outra risada.
“Eu também não sabia. Eu apenas tropecei na informação por acaso. No entanto…”
Uma pausa divertida.
“Isso te impediria de fazer o que você queria? Eu não acho. Afinal, não é por isso que estamos em desacordo? Você gosta de tocar na cauda do leão. Agora então, você conhecerá a raiva e a mordida de um leão.”
E então ele fechou a porta sozinho—mais como se tivesse batido a porta nas dobradiças.
“Ele urinou nele mesmo. Você pode imaginar?” Filemom gargalhou, virando-se para seus homens, depois para Ewan.
Atena não conseguiu conter o sorriso que surgiu em seus lábios.
Filemom, notando isso, balançou a cabeça. “Você também tem uma vendetta contra ele, boa Doutora?”
Atena saiu calmamente da sombra de Ewan e deu um aceno de cabeça. “É contra as leis médicas?” Ela acrescentou, percebendo a expressão confusa no rosto dele.
“De jeito nenhum. Apenas surpreso que você esteja tão tranquila com seu ex-marido sendo um chefe da máfia… Eu não esperaria isso de uma mulher ocupando uma posição tão distinta e adequada.”
Claro, ele saberia sobre o casamento deles. Atena pensou, dando de ombros.
“Nem todos os médicos são iguais. E todos nós odiamos injustiça, e qualquer coisa que adicione uma mancha à nossa boa profissão,” Ela respondeu.
Filemom a encarou um pouco mais em silêncio, chacoalhando os nervos de Ewan.
Ele estava prestes a pedir ao homem—ou melhor, dizer-lhe—para parar de olhar para sua esposa, especialmente quando o líder da gangue estava se aproximando, quando Filemom começou a falar novamente.
“Você sabe que havia outro motivo para eu deixar meu arqui-inimigo pisar em meu território e sair ileso…”
“E qual é?” Atena perguntou, em um tom entediado, recusando-se a tremer ou estremecer diante do homem gigante e marcado.
“Você. Você curou muitos dos meus homens—e alguns dos membros da família deles—da doença Cinza. Eu pensei em te compensar,” Filemom disse em silêncio.
Atena ficou sem palavras. Ela não esperava isso. No entanto, ela recuperou a voz apenas a tempo de impedir Ewan de assumir a conversa; ela não tinha certeza de para onde ele a levaria.
“Você é bem-vindo então. Agora, se nos der licença, precisamos sair daqui… há outros lugares para estar.”
Filemom levantou as mãos em rendição. “Claro. Deixe-os passar,” Ele comandou seus homens.
Atena segurou o suspiro de alívio até entrar no carro.
Por um momento, ela pensou que poderia ocorrer um tiroteio—um combate onde ela e Ewan seriam pegos no fogo cruzado, considerando seus estados fracos. Ela acenou de volta para Filemom quando o homem forte acenou, causando Ewan a zombar.
“Ele não é seu amigo.”
“Ele também não é meu inimigo,” Atena respondeu, antes de deitar a cabeça no ombro de Ewan—cortando quaisquer palavras que ele tivesse a dizer. Elas secaram em sua língua com aquele simples ato!
Para os dois agentes—Dillon e Hank—cada um envolto em seu próprio silêncio enquanto o carro seguia pela rua, eles se perguntavam como Ewan, o empresário bilionário, era Wolfsbane—o homem mais temido do submundo.
Se essa notícia vazasse… ele não estaria em perigo, junto com sua família? E o chefe deles sabia?
Hank não achava. Aiden não havia se surpreendido quando Doutora Atena mencionou ir para a residência de Ewan?
—
“Você quer segui-los até a casa de Connor, ou voltar para a casa do velho Sr. Thorne?” Ewan perguntou enquanto se aproximavam do cruzamento, onde uma direita os levaria à casa de Connor e uma esquerda à mansão dos Thorne.
“Eu irei com você,” Atena respondeu. Como ele poderia pensar o contrário? Ela se perguntou, verificando o ferimento em sua barriga.
Ewan inspirou profundamente.
“Se você, que está ferida, pode ir, então eu vou seguir. Afinal, eu quero ver a cara de Fiona quando ela vê Morgan—seu namorado.”
“Justo,” Ewan disse, inspirando profundamente por coragem, antes de lhe dar um rápido beijo no cabelo. Seu coração parou depois, esperando pela reprovação ou por ela se afastar.
Mas para sua surpresa—e alegria—Atena não se moveu. Em vez disso, ela colocou a mão sobre a dele e apertou.
“Obrigado por ser um bom amigo. Estou feliz por você estar aqui… comigo…”
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