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- Vingança Sombria de uma Esposa Indesejada: Os Gêmeos Não São Seus!
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Capítulo 308: Emoções Conflitantes
Há algumas horas?
A cabeça de Ewan rodava com perguntas e, depois, com fadiga. Ele cambaleou, levemente irritado quando sentiu Atena apoiando-o—ele não era um caso de caridade!
Aquela irritação se transformou em uma raiva ardente quando Antonio deu um passo à frente e gentilmente tirou as mãos de Atena de sua cintura.
“Se ele precisa de um sistema de apoio, eu posso ser isso,” afirmou Antonio.
Sem perder um momento, Ewan afastou as mãos de Antonio, lágrimas de humilhação queimando atrás de seus olhos. “Tire suas mãos fedidas de mim!”
“Caramba, cara! Estou só tentando ajudar! Se você não quer, leve sua bunda ingrata para dentro do carro e vá embora,” Antonio latiu, cruzando os braços sobre o peito e bloqueando Atena.
Enquanto isso, atrás dele, Atena se perguntava se tinha feito uma boa escolha, considerando o quão irado e irracional Antonio estava agindo. Por que ele teve que anunciar isso na frente de Ewan daquele jeito? O ego de um homem tinha que ser tão condenável? Ela estalou a língua e se afastou de sua postura protetora.
“Antonio, pare com isso,” afirmou, mantendo a voz firme.
Virando-se completamente para encarar Ewan, ela sentiu seu coração afundar com a dor gravada nas feições atraentes dele. Foi ela quem causou isso?
“É verdade? Você aceitou ser namorada dele há algumas horas? Quando foi isso? Foi por causa da verdade—”
Atena balançou a cabeça imediatamente, ciente de onde Ewan estava indo. “Não é isso. Eu… Eu só senti que era a hora certa para seguir em frente com o relacionamento…”
Ela deixou sua resposta incompleta. Não havia como dizer a Ewan que ela tinha aceitado Antonio simplesmente para silenciar seu coração, que tinha se rebelado sem o seu consentimento. Ela poderia aprender a amar Antonio; ele era um bom homem e tinha sido um grande amigo por muito tempo.
Mas Ewan… Não, ele era um caso totalmente diferente—pecaminosamente atraente e completamente cativante. Ela ainda apreciava sua vida e o controle que tinha sobre ela.
“Você não precisa explicar nada para ele, Atena. Ele não vale a pena,” cuspiu Antonio, e Atena mordeu o lábio para suprimir a vontade de mandá-lo calar a boca e entrar no carro. Ela entendia o ego masculino e a possessividade, mas isso não estava a agradando.
“Antonio, está tudo bem.”
Mas seu olhar permaneceu firme em Ewan, o que claramente desagradava Antonio.
“Tudo bem então, desculpe. Podemos entrar ou talvez sair e conversar? Estou precisando de você…”
Atena fechou os olhos de raiva quando sentiu a raiva de Ewan triplicar várias vezes—com o significado implícito da última frase, quando percebeu o que Antonio estava fazendo; ele estava desrespeitando-a descaradamente!
Ela se virou para finalmente lhe dar um pedaço de sua mente, mas Ewan já estava se afastando.
“Eu te vejo amanhã, Atena. Espero que tenha uma boa noite.”
Atena se afastou de Antonio, sua irritação anterior esquecida na pressa de falar com Ewan, mas quando o encarou, só viu suas costas e os ombros curvados, carregados de desânimo.
Ela assistiu, com o coração pesado, enquanto ele andava até seu carro e ia embora. Por que ela se sentia assim? Ela não deveria estar preocupada. Ela não deveria se sentir mal por ter aceitado Antonio.
Então por que…? Seu trem de pensamentos foi abruptamente interrompido quando Antonio colocou um braço sobre seu ombro.
Por um momento fugaz, Atena considerou tirá-lo. Mas fazer isso poderia alertá-lo de que algo estava errado. Ela não queria que nada estivesse errado.
“Não se preocupe com o fantoche. Ele acha que tem uma chance com você depois de tudo o que aconteceu?”
No entanto, Atena não estava no clima para isso; ela não queria discutir Ewan agora. Era tarde e ela precisava dormir. Amanhã seria um dia longo.
“Antonio, podemos fazer isso amanhã? Tive um dia longo,” suspirou, observando o lampejo de raiva nos olhos dele.
“Eu vou compensar você amanhã e depois de amanhã. Com todas as atividades recentes envolvendo Morgan…”
“Sim, eu entendo.” Antonio interrompeu, puxando-a mais para perto, um sorriso suave surgindo em seus lábios—lembrando-a do homem que ela tinha aprendido a conhecer. Ewan parecia trazer o pior nele.
“Mas você precisa trabalhar com ele? O Aiden não está fazendo um bom trabalho? Incluindo os outros agentes que trabalham com você? E eu? Eu posso ajudar.”
Atena riu suavemente. “Você? Você é um homem ocupado. E quanto a Ewan, você não precisa se preocupar com ele. Ele tem suas utilidades, sim, mas não foi para ele que eu disse sim.”
“Com certeza, ele não é,” murmurou Antonio, sua voz aprofundando-se enquanto procurava os olhos de Atena por permissão para beijá-la.
Tomando seu silêncio como afirmação, ele inclinou-se e pressionou seus lábios contra os dela—de forma casta no início. Então ele tentou aprofundar o beijo, ultrapassar seus lábios, sentindo sua hesitação.
Ele entendia que ela estava fora do cenário de namoro há muito tempo, mas sabia que tinha sido paciente por tempo suficiente. Desta vez, ele daria tudo de si!
Felizmente para ele, Atena permitiu que ele deslizasse a língua dentro da sua boca, puxando-a para um estado instável de dormência, antes de empurrá-lo suavemente.
Antonio sorriu, notando o rubor em suas bochechas e seu olhar desfocado. Ele a puxou para seu peito, depositando um beijo em seu cabelo. “Obrigado, Atena. Eu prometo ser o melhor namorado de todos.” Ele murmurou, plantando outro beijo em sua testa.
Enquanto isso, a mente de Atena estava envolvida em uma comparação sem fundamento, mesmo que ela não quisesse. Parecia que sua mente… tinha uma mente própria.
Ela se viu endurecendo seu coração, forçando-se a pensar em Antonio e não em Ewan, enquanto inalava o cheiro da camisa de Antonio. Essa batalha interna confirmou para ela que havia feito uma boa escolha ao selecionar Antonio como seu par.
“Boa noite, Antonio… Vou cobrar sua promessa…” Ela murmurou com uma voz rouca, após se desvencilhar do abraço, encontrando seu olhar timidamente, que brilhava de felicidade.
“Vejo você mais tarde então. Tenha uma boa noite, meu amor.”
Dentro da Mansão Thorne, Atena suspirou aliviada quando ouviu o carro de Antonio acelerar para longe da propriedade. Ela se jogou em um dos sofás vazios na sala de estar silenciosa. Parecia que todos já haviam ido dormir.
Embora estivesse com fome, ela pensou em descansar um pouco antes de ir à cozinha. No entanto, a fadiga a venceu, e ela adormeceu sem perceber.
Ela não sabia que havia adormecido até que um toque em seu ombro a despertou.
“Atena, acorde!”
Forçando seus olhos sonolentos a se abrirem, ela exalou suavemente ao notar Chelsea e Gianna a alguns passos de distância.
“Amiga, estamos esperando você há uma eternidade! Ainda bem que Gianna sugeriu que esperássemos na sala… caso contrário, teríamos esperado no seu quarto por nada,” Chelsea começou, pegando o lugar ao lado dela no sofá.
Gianna, notando o estado de sua amiga, murmurou uma desculpa e correu para a cozinha para aquecer no micro-ondas alguns dos pratos suntuosos que Florence havia feito para Chelsea, vendo-a como uma convidada estimada.
“Você está cansada demais para conversar…” continuou Chelsea, colocando uma palma sobre a testa de Atena. “Seu corpo está fervendo.”
Atena estalou a língua. “Já me diagnosticando? Você esquece que eu também sou médica…” Ela apontou com um riso cansado.
Chelsea riu. “É por isso que você precisa de mim. A maioria dos médicos negligencia sua própria saúde até que outro profissional lhes aponte as coisas.”
Atena se perguntou se sua amiga estava falando sobre seu estado atual ou se era uma referência velada à sua saúde mental em relação aos pesadelos e traumas. Quanto Gianna já havia compartilhado?
“Espero que você não esteja planejando se tornar minha terapeuta?” Atena brincou, lançando um olhar para sua amiga.
“E se eu estiver?” Chelsea provocou de volta.
Atena riu, balançando a cabeça. “Isso não vai funcionar. Eu entendo que você seja psicóloga, mas eu preferiria outra pessoa. Você conseguiria se manter profissional enquanto faz o trabalho?”
Houve uma pausa significativa. “Eu posso tentar,” Chelsea respondeu, seu tom sincero.
Atena balançou a cabeça. “Isso não vai funcionar, e ambas sabemos disso. Queremos alguém que não seja tentado a cortar a cabeça de alguém enquanto ouve minha história.”
Chelsea riu, permitindo que Atena repousasse a cabeça em seu ombro. “Você precisa fazer sentido o tempo todo?”
“Claro! Então, quando seu amigo vai chegar? O psicólogo?”
“Ele na verdade chegou comigo ontem e está esperando em um hotel…”
“Um homem?”
“Sim, você tem um problema com isso? Se tiver, posso encontrar uma mulher se isso te deixar mais confortável…”
“Não, está tudo bem,” Atena insistiu, seus olhos sonolentos captando Gianna entrando na sala com um bolo em uma bandeja.
“Algo para manter sua boca ocupada enquanto a comida esquenta,” Gianna disse com uma piscadela, gesticulando para Atena se sentar.
Atena obedeceu imediatamente, lembrando das dores de fome em seu estômago. A deliciosa sopa que ela havia consumido no restaurante havia acalmado sua fome anteriormente, mas o tentador bolo à sua frente a reacendeu.
“Obrigada, Gianna,” ela murmurou, pegando o garfo, pausando quando seu telefone emitiu um som de mensagem.
Pensando que fosse de Ewan, ela apressadamente abriu o telefone, mas seu coração gelou ao ler a mensagem de Aiden.
‘É o Ministro da Saúde.’