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  3. Capítulo 304 - Capítulo 304: Revelações II
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Capítulo 304: Revelações II

Ewan estava certo; o prato especial do restaurante local era picante. Mas, diante da bomba que ele havia soltado minutos atrás, o sabor picante quase passou despercebido na língua de Atena, ainda que fosse uma boa distração.

Ela escolheu não dizer nada, pois o atendente chegou com uma bandeja de pratos fumegantes antes que ela pudesse emitir uma resposta, decidindo empurrar seus nervos à beira e se entregar à doçura picante—estes alimentos eram melhores consumidos enquanto ainda quentes!

No entanto, enquanto comia, respirando e exalando intermitentemente, sua mente estava ainda obcecada com a revelação de Ewan, ao invés dos possíveis ingredientes que contribuíam para um tão maravilhoso ‘especial.’

Outro motivo pelo qual ela escolheu comer primeiro foi em parte porque estava com fome, e em segundo porque precisava se acalmar, pensar, organizar seus pensamentos, e não agir como uma banshee desorientada como havia feito anteriormente quando Ewan declarou seu nome de código.

Wolfsbane.

Atena ainda não podia acreditar em seus olhos e ouvidos. Wolfsbane estava sentado bem à sua frente. Quem poderia ter pensado? Quem poderia ter acreditado?

Fiona sabia disso o tempo todo? Alfonso também? Ela não achava que sim. Se Fiona soubesse de antemão, ela não teria se aproximado de Morgan em primeiro lugar. Isso só deixava espaço para a ideia de que Connor havia contado tudo à mulher moribunda.

Atena ignorou deliberadamente a imagem de Fiona que passou por sua mente, concentrando-se em Ewan, mesmo que sua cabeça estivesse inclinada sobre o prato enquanto ela comia.

Wolfsbane.

Ela ouviu o nome pela primeira vez nove anos atrás, antes de se casar com Ewan.

Aos vinte anos, ela era a professora mais jovem de uma das universidades privadas mais prestigiadas, ainda que ninguém soubesse sua identidade porque ela tanto estudava quanto ensinava de casa.

No entanto, Zack a considerava uma analfabeta, pensando que seu confinamento significava falta de conhecimento.

Mas isso não vem ao caso…

A primeira vez que ela ouviu falar de Wolfsbane foi durante uma das reuniões online realizadas entre professores discutindo os relatórios anuais da universidade. O chefe do departamento de artes estava ausente, e um dos professores revelou que era porque seu sobrinho havia sido assassinado por Wolfsbane.

Esse relato desencadeou outras discussões entre os professores sobre o infame Wolfsbane e a gangue desumana que ele operava.

Atena não se importava com isso, mas a notícia sobre o sobrinho do diretor de artes continuou devastando a cidade por semanas, chegando até sua porta na forma de Zack reclamando com um funcionário do governo pelo telefone sobre como lidar com esse Wolfsbane que havia causado estragos na cidade; um tirano envolvido em tudo, desde drogas e armas até prostituição e tráfico humano—tudo ilegal, incluindo assassinatos.

O pior de tudo, nenhuma força de segurança tinha qualquer informação sobre eles. Por curiosidade, Atena decidiu verificar usando suas habilidades na dark web; no entanto, ela bateu em um beco sem saída após seguir várias pistas mortas e abandonou a busca.

Wolfsbane não tinha ligação com ela—até que ela entrou na CIA, e seu nome surgiu novamente.

Ela fechou os olhos involuntariamente enquanto se lembrava das muitas noites passadas examinando as informações reunidas sobre Wolfsbane, que havia assassinado um ministro—e pensar que era seu ex-marido.

Atena estava tendo dificuldade em acreditar, ainda mais sua última afirmação de que ele havia abandonado aquela vida quando se casou com ela.

“Você mentiu…” escorregou de seus lábios antes que pudesse conter.

Retomando a consciência do seu ambiente mais uma vez, ela percebeu que estava prestes a mergulhar a colher em uma tigela vazia de sopa.

Já acabou? Ela xingou e deixou a colher cair alto no prato—não era como se pudesse ser ouvida com a música alta tocando no restaurante.

“Estava tão delicioso, hein? Quer mais?” Ewan perguntou, observando-a com um toque de nervosismo.

Atena fechou os lábios à sua pergunta, incerta se ele estava tentando evitar sua declaração ou amenizar a atmosfera que havia se tornado novamente tensa.

“Você mentiu para mim, Ewan. Você esquece que trabalhei na CIA uma vez,” Atena repetiu, recusando-se a deixar isso passar. Ela se recostou em seu assento, os braços cruzados sobre o peito. “Você pensa que eu não me lembraria…”

Ewan largou a colher, já cansado do especial picante que tinha gosto de cinzas na boca, antecipando a próxima linha de ação de Atena quando toda essa conversa terminasse.

“Do que você está falando? Eu desisti—”

Atena levantou a mão, silenciando-o. “Eu entrei na CIA há apenas alguns anos. Você disse que desistiu da gangue há nove anos. Como então eu ainda lidava com casos relacionados ao Wolfsbane?” Ela perguntou, mal conseguindo conter o desgosto na voz e no rosto.

Ela havia lido seu arquivo mais vezes do que podia contar, havia conhecido as vidas das pessoas que ele havia arruinado—mulheres, crianças, estabelecimentos e guerras que ele havia apoiado com fornecimento de armas.

Lembrando agora, ela sentiu vontade de cuspir em seu rosto. Wolfsbane. Ela deveria simplesmente entregá-lo à polícia; Connor também.

Ewan, vendo a repulsa em seu rosto, suspirou cansado, segurando seus membros. Ele adivinhou que esse era mais um preço que teria que pagar, embora desde que deixou a gangue, ele estava fazendo muitas expiações.

Contudo, ela não precisava saber disso; ela talvez nem acreditasse nele.

“Atena, eu saí da gangue há nove anos quando me casei com você. Se houve alguma aparição do Wolfsbane, então deve ser um impostor ou minha gangue usando meu nome para aterrorizar as pessoas. Você pode perguntar ao Sandro ou ao Zane.”

Vendo a sobrancelha erguida de Atena, Ewan soube que havia cometido um erro ao mencionar os nomes de seus amigos; ele deveria ter falado apenas por si. No entanto, não sabia como mais provar seu ponto.

“Você disse Zane e Sandro?” Atena balbuciou, não acreditando em seus ouvidos. ”

Que inferno! Não é à toa que eram tão próximos!

“Eles faziam parte da gangue? Quais eram seus nomes de código?” Ela continuou, embora já suspeitasse. Wolfsbane era frequentemente chamado na companhia de outros dois nomes.

“Hawk e Fantasma.”

“Hawk e Fantasma.”

Ambos afirmaram ao mesmo tempo.

Os ombros de Atena desinflaram, suas mãos caindo placidamente, embora ainda cruzadas, para a região do estômago.

Ewan, no entanto, não parecia surpreso com o conhecimento dela. “Saímos ao mesmo tempo.”

“E o Spider?”

Ewan mordeu o lábio inferior.

“Só por curiosidade, Ewan. Ele ainda está na gangue?”

Ewan suspirou e assentiu.

Atena amaldiçoou-se mentalmente por não fazer a conexão. Ela sabia do Spider da gangue Víbora Demoníaca, o responsável pelas operações de web e tecnologia; no entanto, nunca lhe passou pela cabeça que era o mesmo homem que vinha salvando suas vidas todo esse tempo.

Ela exalou alto, balançando a cabeça. “Isso é surreal.”

Uma pausa. “Se você está dizendo a verdade, Ewan, você era o líder da gangue aos 22 anos?” A carranca de Atena era fácil de decifrar. Era simplesmente impossível.

Ewan entendeu, mas não podia mentir. “Sim.”

O rosto de Atena se contorceu com uma variedade de emoções—pena, confusão, raiva, entre outras. “Você era tão jovem…”

Foi o motivo pelo qual ela tinha sido paciente com ele durante o casamento; ela pensou que poderia moderar sua exuberância juvenil. Mas, infelizmente…

“Então, por que eles lhe dariam essa posição? Por que você se juntaria à gangue e cometeria tais atrocidades? Você sabe o que aconteceria se isso vazasse para a mídia? Nossos filhos estariam arruinados para a vida!!” Atena sussurrou, dissecando a questão completamente.

As mãos de Ewan tremiam ao ouvir sua última declaração, ainda que ele soubesse que ela estava certa. Não poderia ser conhecido que ele era Wolfsbane; não importava se ele não estava mais na gangue.

“Ewan, fale comigo! Conte-me a história desde o começo!”

Ewan inalou e colocou as mãos na mesa, entrelaçando os dedos. Era isso. Mais um momento em que seu coração estava em jogo.

Antes que pudesse falar, porém, o atendente veio pegar os pratos.

O casal ficou em silêncio, recusando o pedido do atendente de trazer a sobremesa especial. Sobremesa era a última coisa em suas mentes agora. O atendente fez uma reverência e saiu.

“Tão cavalheiresca a forma de servir em um restaurante local…” Atena murmurou, quebrando o gelo primeiro. “Parece que você conhece esta vila. Por que são tão…”

“Desatualizados?” Ewan sugeriu, percebendo que Atena estava procurando as palavras certas para descrever.

A sugestão de Ewan não era exatamente o que ela queria dizer, mas Atena aceitou. Poderia funcionar. “Sim, isso.”

Ewan deu de ombros. “Você deveria ter visto isso nove anos atrás. Não havia muito aqui. Eu só acho que algumas pessoas se mudaram para cá buscando uma vida tranquila, livre de interferências e afins, para estarem mais na natureza…”

Atena podia ver isso, mas ainda assim não fazia mais sentido para ela. Mas isso não vem ao caso…

“Então, me conte, Ewan, sua história.”

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