Vingança Sombria de uma Esposa Indesejada: Os Gêmeos Não São Seus! - Capítulo 174

174: Notícia de Falecimento 174: Notícia de Falecimento As sobrancelhas de Aiden subiram até sua linha do cabelo enquanto ele pressionava os lábios em uma linha fina, refletindo sobre a pergunta de Atena.

“Aiden? Quando foi que Antonio entrou para a equipe de pesquisa? Ele tem uma empresa para administrar na Cidade de Whale e operações em vários outros países.”

Aiden exalou devagar, lutando com a possibilidade de ter ultrapassado uma linha não dita. Mas então ele deu de ombros; Antonio não havia pedido que ele mantivesse aquilo em segredo de Atena.

Na verdade, ele havia assumido que ela seria a primeira pessoa que Antonio iria querer contar, especialmente dado o profundo sentimento dele por ela.

“Eu não sei, Atena. Eu realmente pensei que ele tinha te contado. Talvez ele tenha deixado a empresa aos cuidados de um membro da família – seu irmão, talvez? Se ele decidiu ficar aqui, acho que você sabe o motivo.”

Atena fechou os olhos, pressionando as pontas dos dedos nas têmporas como se tentasse massagear a dor pulsante em sua cabeça. Cada pulso parecida com um carpinteiro batendo um martelo contra seu crânio. Ela esfregou a testa cansada mas suavemente, na esperança de aliviar a crescente pressão.

“Atena, você não está falando nada,” Aiden a incentivou, percebendo seu silêncio.

“Aiden, você já conhece minha situação. Eu tentei; simplesmente não está funcionando.” Sua voz carregava ressignação e um toque de tristeza se insinuou. “Meu coração não está cooperando com minha mente. Eu duvido que ele vá mudar de ideia se eu aceitar a proposta de casamento dele.”

“Não, não vai. Você já viveu um casamento sem amor; eu não queria que você passasse por isso de novo,” Aiden disse enquanto manobrava o carro ao redor da última curva a caminho do local seguro.

“É verdade. Eu também não gostaria de fazer isso com Antonio. Ele merece mais,” ela admitiu, uma onda de incerteza invadindo-a.

Se Antonio estava tão empenhado em fazer parte da vida dela, como ele iria encontrar sua garota para sempre, mesmo que ela estivesse bem diante dele?

Cinco minutos depois, enquanto saíam do carro e encaravam uma velha e desgastada cabine telefônica enferrujada que claramente já viu dias melhores, Aiden quebrou a tensão. “Então, eu tenho algumas notícias para você.”

“Boas ou ruins?” Atena perguntou, entrando na cabine primeiro, seguida de perto por Aiden.

Ela olhou ao redor do ambiente deserto, o concreto desmoronando e as ervas daninhas crescendo desenfreadamente em contraste com o céu cinzento, antes de pressionar um botão enferrujado na máquina. Com um som de zumbido, a plataforma sob seus pés desceu como um elevador, mas mais rápido, levando-os para um nível subterrâneo frio.

“Aiden…” Ela começou, ligando os interruptores que piscaram fracamente com o esforço.

“Ruim,” ele finalmente admitiu, sua voz grave. “Por que seguimos este caminho de novo?” Ele perguntou, sentindo a tensão em seu estômago se apertar.

“Eu não sei. Eu me senti observada da última vez que estivemos aqui, então esse caminho pareceu mais seguro. Mas isso é o de menos. Qual é essa notícia ruim?” Atena pegou uma teia de aranha no rosto e a afastou enquanto se aproximava de uma porta de aço imponente que se erguia diante deles.

Aiden não fez comentários, andando na frente dela até a porta, sua atenção focada em manobrar o pesado volante na porta para a direita. Ele fez força e grunhiu, aliviado quando a porta finalmente gemeu abrindo.

“Mestre Shen está morto,” disse ele após alguns segundos, cada palavra caindo como um tijolo no coração de Atena.

Ela congelou por um momento, seu corpo se apoiando na parede empoeirada, lutando para compreender o peso de suas palavras. Ela sentiu um arrepio de frio na pele, como se o mundo ao seu redor começasse a desaparecer.

Aiden suspirou e se aproximou mais, sua presença um conforto no momento surreal.

“Eu recebi a notícia hoje cedo. Parada cardíaca, foi o que disseram…” Ele continuou, sua voz mal acima de um sussurro.

“Tem certeza? Talvez…” Ela começou, procurando por uma última esperança, relutante em aceitar essa realidade sombria.

“Atena, por favor… ele vem tendo problemas cardíacos recentemente…” A voz de Aiden se perdeu, uma pausa carregada com o não dito. “Nem toda morte é orquestrada pela gangue.”

Atena se voltou para ele, seus olhos se estreitando em um olhar furioso. “E por que eu não fui informada sobre isso?”

“Ele não queria incomodá-la, vendo que você tinha muito trabalho para fazer aqui,” Aiden explicou, seu tom misturado com arrependimento.

“Muito trabalho?!” Ela sentiu a dor crescer dentro de si, golpeando o peito de Aiden repetidamente, lágrimas derramando de seus olhos.

“O que você quer dizer? Teria levado apenas um voo – no máximo dois. Como ele pôde…?” Suas palavras se perderam à medida que uma onda de tristeza a atingiu, e Aiden instintivamente a segurou com força, oferecendo o apoio que ela desesperadamente precisava.

“Eu sinto muito, Atena…” ele murmurou, acariciando suas costas suavemente, uma âncora na tormenta de suas emoções. “Eu sinto muito.”

Lágrimas agora corriam livremente, sem controle e cruas. Ela chorava por Mestre Shen, o homem que havia apanhado os pedaços quebrados de sua vida, a segunda pessoa que a tinha acolhido depois de Antonio, o primeiro estranho que a fez se sentir segura o suficiente para compartilhar seus segredos mais obscuros.

Ele a havia ensinado artes marciais, transmitindo sabedoria e força, e até mesmo assinado os papéis para seu recrutamento pela CIA junto com Aiden.

E agora ela nunca teria a chance de vê-lo uma última vez antes de ele partir. Ele nunca havia visto os gêmeos novamente, e saber que eles ficariam desolados com essa notícia a enchia de uma ira amarga – brava com Aiden por não ter contado e com o mundo por sua crueldade.

Ela bateu no peito de Aiden com novo fervor. “Você vai pagar por isso, Aiden,” ela murmurou, parando apenas depois de um tempo para recuperar alguma compostura antes de sair do abraço dele.

“Desculpe, Atena,” Aiden repetiu, a preocupação marcada em suas feições.

“Prepare-se para explicar isso aos gêmeos,” ela disse entre dentes cerrados. “Quando será o enterro?”

“Daqui a três dias.”

“E então eu ainda tenho que viajar para fora da cidade, certo? Qual é a diferença?”

Aiden não tinha resposta para ela, e o silêncio os envolveu enquanto o desespero se instalava.

Atena riu amargamente, virando as costas para ele enquanto caminhava pelo corredor que levava ao seu laboratório particular. Ela precisava de espaço para pensar, para processar essa notícia insuportável.

Ela caminhou direto para o quarto de Ewan, seu coração acelerado enquanto se preparava para verificá-lo antes de concentrar sua atenção nos medicamentos que consumiriam seus pensamentos pelos próximos dias.

Esperançosamente, o trabalho seria uma distração bem-vinda da realidade da morte que a pressionava de todos os lados.

Ela tinha que estar presente no enterro; ela precisava aperfeiçoar o medicamento antes disso. Dois dias longos, ela se lembrou.

Seu olhar deslizou sobre Ewan e, por um momento, seu coração se animou. Sua cor havia voltado ao normal, embora ele estivesse mais magro do que antes.

“Você vai comer uma montanha quando acordar,” ela brincou enquanto ajustava o soro. Ele tinha passado por tanta coisa, e parecia que as preces de Sandro finalmente estavam funcionando, evidenciado pela cor viva dos dedos das mãos e dos pés dele.

Até a próxima semana, Ewan Giacometti deveria estar de volta à ação.

Terminando sua verificação, ela se virou, digitando rapidamente uma mensagem em seu celular enquanto saía do quarto.

“Eu não vou voltar para casa esta noite,” ela enviou para Gianna.

E assim ela não viu o sutil tremor nos dedos da mão esquerda de Ewan.