Vingança Sombria de uma Esposa Indesejada: Os Gêmeos Não São Seus! - Capítulo 165
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165: Visitando o Sr. Thorne IV 165: Visitando o Sr. Thorne IV Isso de novo? Atena pensou, limpando a boca elegantemente com o lencinho que havia sido guardado para ela.
A sensação do pano macio contra a sua pele dificilmente poderia limpar o desconforto que agora ela sentia à mesa de jantar; um contraste gritante com seus sentimentos mais alegres entre risadas e a energia vibrante da camaradagem familiar de alguns minutos atrás.
“Acho que as pessoas realmente têm sósias neste mundo nosso. Parte do humor da vida,” ela finalmente disse, tentando injetar uma leveza na conversa.
“Eu entendo…” Florence murmurou sóbria.
Atena pôde detectar um traço de amargura nas palavras de Florence, e seu coração doeu pela mulher mais velha, desejando que pudesse fazer algo para aliviar o evidente sofrimento em que ela estava.
Os olhos de Florence se embaçaram ligeiramente, e por um momento fugaz, Atena pôde ver as camadas de dor e nostalgia tecendo sua expressão.
“Me fale sobre ela, sua filha, quero dizer… Emily…” Ela ofereceu, surpresa com o quão natural a pergunta soou no ar.
Um lampejo de brilho iluminou o rosto de Florence, como se uma vela distante tivesse sido repentinamente reacendida.
“Emily era uma beleza de se ver, a filha e criança perfeita que alguém poderia pedir,” Florence começou, sua voz assumindo uma entonação sonhadora que ressoava com a memória. “Claro, ela tinha seus defeitos, mas eles eram quase imperceptíveis sob a sombra de toda sua bondade. Ela era uma pessoa brilhante, uma pureza neste mundo escuro nosso.”
Atena fez uma pausa, permitindo que o conto de perfeição a envolvesse, reconhecendo a natureza agridoce das palavras de Florence. A dor tem um jeito de torcer as memórias em algo belo e doloroso. “Então, o que aconteceu com ela?” Ela perguntou gentilmente quando notou o humor de Florence escurecendo novamente.
Florence ergueu os ombros, levantando-se com uma gravidade que parecia persistir no ar. “Ela morreu.”
A abruptidão dessa declaração atingiu Atena como uma lufada de vento gelado.
Enquanto as palavras deixavam os lábios de Florence, no entanto, ela começou a empacotar os pratos da mesa com uma eficiência prática, quase mecânica.
Atena rapidamente se levantou, sem querer impor, mas sentindo-se compelida a desempenhar o papel de uma boa convidada. Ela ajudou Florence a limpar a mesa primeiro, e depois a seguiu até a cozinha, onde a mulher disse aos empregados para não se incomodarem quando tentaram ajudar.
Atena sabia por experiência que a mulher precisava dessa leva de tarefas domésticas, uma rotina familiar para ajudar a desembaraçar seus pensamentos.
Então, quando Florence se posicionou sobre a pia, lavando os pratos lentamente, mas de forma metódica, Atena ficou ao seu lado, assistindo com o enxágue e secando os pratos com um pano úmido.
“Você se parece tanto com ela, e eu nem sei se isso é uma coisa boa ou ruim…” Florence comentou, sua voz desaparecendo enquanto se concentrava na tarefa em questão.
Atena não disse nada desta vez, focando intensamente na pequena tarefa à sua frente, grata pela distração mundana.
“Mas já que Edward escolheu vê-lo como algo bom, farei o mesmo,” Florence acrescentou, um sorriso agridoce tocando seus lábios.
“Me perdoe, Atena. Não quis te deixar desconfortável ou confusa. Um instante estou rindo com você, e no outro, estou ponderando se foi uma boa decisão te trazer aqui.”
Atena balançou a cabeça sóbria. “Não, está tudo bem. Eu entendo as complexidades do luto. Se estivesse no seu lugar, tenho certeza que agiria da mesma forma. O luto pode se manifestar de tantas maneiras.” Ela fez uma pausa, estudando o rosto de Florence. “Seu marido me diz que a melhor amiga de Emily era a mãe de Ewan.”
Florence assentiu, seus olhos se iluminando com a memória. “Sim, elas eram melhores amigas desde os dias de faculdade. Isso alimentou uma relação próxima entre nossas duas famílias. Às vezes visitávamos a família de Ewan. Deve ser por isso que não consegui me apresentar ao caso de justiça quando Edward me contou sobre isso. Não suportava uma segunda rodada de sofrimento pelo que o filho de Miley se tornou, ou melhor, como ele foi arrastado por más associações. Edward diz que provavelmente é por causa das drogas. Isso é verdade?”
Atena assentiu, sentindo um peso sombrio se acomodar em seu peito. “Mas isso não o isenta de seus crimes. Por mais que as drogas tenham devastado seu cérebro, tenho certeza de que ele teve momentos de clareza.”
Florence balançou a cabeça lentamente, sua expressão escurecendo. “Você sabe, queríamos adotá-lo depois que seus pais morreram, mas ele escolheu Alfonso e sua filha porque a menina o salvou de se afogar anos atrás. Agora, vendo o quão maligna essa menina se provou, duvido que essa história seja verdade também.”
“Compartilhamos o mesmo sentimento sobre esse assunto.” Atena disse, recolhendo outro prato das mãos de Florence. “Mas eu gostaria que ele tivesse aceitado sua oferta. Ele teria se tornado uma pessoa melhor.”
Florence assentiu, seu olhar se perdendo momentaneamente em pensamento. “Mas há um motivo para tudo, acho. Talvez se ele estivesse conosco, ele não teria se casado com você, e vocês não teriam filhos tão lindos…”
A declaração pairou no ar como uma névoa pesada, e Atena fez uma pausa, contemplando os “e se” naquela frase.
Mesmo se Ewan tivesse sido adotado pelos Thorne, Zack ainda tinha a propriedade do pai e teria provavelmente feito a mesma oferta. A única diferença seria que o Velho Sr. Thorne poderia ter jogado um jogo mais sábio.
Mas todos esses pensamentos eram apenas especulativos, vagando pela mente como pensamentos em um rio preguiçoso, girando mas não necessariamente levando a algum lugar significativo.
“Depois que ele escolheu Alfonso, tentamos manter a relação, mas aquela família era tão tóxica naquela época quanto é agora. Não acho que o jovem Ewan tinha escolha. Ele era muito jovem para navegar por aquelas águas traiçoeiras. Eu realmente sinto por ele; dói-me vê-lo passar por tudo isso. Desejo-lhe paz… Assistindo aquele vídeo do caso, vendo seu rosto e expressões, especialmente quando ele caiu — ficou claro que ele é alguém que não viu muitas coisas boas nesta vida.”
Florence deu uma pausa por um momento, perdida em seus pensamentos. “Você teria dado isso a ele, eu acredito. Mas parece que ele só tem azar. Agora, ele só pode ver as crianças uma vez por mês!”
A declaração drenou a luz do ambiente, e Atena sentiu um peso pesado se assentar ao redor de seu coração. Ela esvaziou a pia, limpou as mãos e recuou, o tempo todo cuidando do franzido em sua testa.
O Velho Sr. Thorne tinha o caso de justiça coberto? Ela não estava ciente disso! Por que ele faria isso?
Mas Florence não estava ciente da crescente lista de perguntas de Atena. Em vez disso, ela se virou para Atena, sua expressão mudando para uma de solicitação.
“Pode me acompanhar na sala adjacente? Usamos ela para discussões em família…”
Atena assentiu, reconhecendo a importância do convite. Ela seguiu a mulher — intrigada mas apreensiva — já que os gêmeos ainda estavam com o Velho Sr. Thorne.