Vingança Sombria de uma Esposa Indesejada: Os Gêmeos Não São Seus! - Capítulo 128
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128: Jantar de Natal II 128: Jantar de Natal II Ewan inspirou suavemente, tentando acalmar as crescentes palpitações de seu coração enquanto Atena se aproximava dele, após fechar a porta atrás de si.
O que ela está fazendo? Ele se perguntou, percebendo o brilho frio em seus olhos que apenas intensificava seu crescente desconforto. Seu olhar desviou-se para a porta por um segundo, e ele quase podia ouvir os sussurros abafados de seus amigos lá dentro, sua curiosidade transbordando para o corredor como um convidado indesejado.
Por uma hora, ele tinha ficado do lado de fora, dividido entre querer fazer parte da festança e sentir-se um forasteiro.
Com cada explosão de risada que emanava pela porta, seu coração se apertava mais e sua cabeça latejava com mais força. Cada risadinha de dentro parecia uma facada em seu estômago, um lembrete do que ele estava perdendo.
Foi apenas quando a dor ameaçou sobrecarregá-lo que ele decidiu bater na porta, buscando respostas – respostas que ele temia que pudessem levar a mais perguntas.
*Como seus amigos poderiam confiar nessa mulher apesar de todas as provas que ele havia mostrado a eles?
Mais cedo naquele dia, ele até havia contatado um hacker para desenterrar mais informações sobre os negócios obscuros de Atena. O hacker havia entregue mais provas incriminatórias do que ele esperava, artigos detalhando seus supostos laços com a máfia russa.
Como ele poderia deixar uma mulher assim treinar seus filhos?
No entanto, por baixo da raiva turbulenta havia um desejo persistente de entendê-la – de racionalizar com ela sobre os erros que ela havia cometido em seu obscuro caminho para a fama.
“Você nunca vai me deixar entrar, vai?” Ele murmurou finalmente, a voz baixa enquanto Atena fechava a distância, ficando apenas a alguns metros de distância.
De perto, ele notou sua tez ruborizada, um sinal revelador de sua indulgência ao vinho durante as festividades da noite. Seus lábios rosados, manchados com um vermelho mais profundo, pareciam convidativos e o faziam ansiar por um momento que ele havia enterrado há muito tempo.
Não, Ewan. Concentre-se! Ele baniu o pensamento, balançando a cabeça internamente. Ele estava aqui pelos filhos, pelos seus amigos – não por memórias que deveriam permanecer no passado.
“Você vai continuar apenas me olhando, ou vai falar?” Ele insistiu, sentindo-se desconfortável sob o peso do olhar dela.
“Você está desconfortável, certo?” Atena finalmente quebrou o silêncio, recuando apenas um pouco.
“É assim que você vai fazer todos nós nos sentirmos se eu deixar você entrar,” Ela continuou, a voz firme. “Você vai deixar a atmosfera desconfortável, e eu não quero isso. Você quer?”
Ewan suspirou, a exaustão da situação pesando sobre seus ombros. Ele se virou, apoiando-se na parede enquanto o cansaço o envolvia. “Por que você está envolvida com a máfia russa?” Ele perguntou fracamente, mudando de assunto, recusando-se a encontrar os olhos dela.
Atena soltou uma risada aguda e sarcástica. “Primeiro, era eu estar no centro de uma pesquisa sinistra que levou à morte de muitos, e agora é a máfia russa? De onde você tira essas informações absurdas? Porque tenho certeza que não é do Sandro.”
“Isso porque Sandro é muito sentimental,” Ewan retrucou, a voz cheia de amargura. “De alguma forma, ele confia em você agora – mais do que confia em mim…”
Atena balançou a cabeça. “Isso não é verdade.” Sua voz era firme, comandante até. “Sandro apenas defende a verdade, assim como Zane. Eles não estão do seu lado neste caso porque sabem que você está acreditando em uma mentira.”
Ewan virou-se para enfrentá-la, fogo acendendo em seus olhos. “Você é quem vive uma mentira, Atena. E eu vou provar isso na próxima semana.”
Um sorriso curioso curvou seus lábios, diversão brilhando em seus olhos. “Veremos sobre isso na próxima semana. Mal posso esperar.”
“Eu também não posso esperar,” Ele rebateu, determinação delineando suas palavras. “Mal posso esperar para ter as crianças ao meu lado.”
A expressão de Atena mudou, uma pitada de ceticismo se infiltrando. “Você não se sente estranho exigindo plenos direitos, considerando que nem estava lá para a mãe deles seis anos atrás?”
Suas palavras o atingiram como um soco, e ele pausou, refletindo sobre a picada de sua acusação. “Eu teria discutido isso com você se não fosse pela verdade que descobri sobre você. Se eu deixasse você ficar com as crianças, eu viveria para me arrepender.”
Atena balançou a cabeça levemente, contemplando. “Tudo bem então. Te vejo na próxima Quarta-feira.”
Ewan assentiu, um frio se instalando enquanto a trégua temporária de sua conversa chegava ao fim. Ele se ergueu alto, mas foi súbito – uma onda de tontura o dominou, e ele cambaleou.
Sangue escorria de suas narinas, espirrando no chão, fazendo Atena entrar em ação. “O que está acontecendo? Você tomou algum medicamento além daquele que eu te dei?”
Ewan balançou a cabeça, as pernas enfraquecendo enquanto ele afundava no chão frio.
“Espere aqui!” Atena ordenou, mas antes que ela pudesse se afastar, Ewan a chamou, o pânico costurando sua voz. “Não deixe Sandro e Zane me verem assim. Eu não quero estragar o dia deles.”
Atena concordou rapidamente, voltando para o apartamento e trancando a porta atrás de si.
“O que está acontecendo?” Gianna perguntou, contornando Atena com os gêmeos, curiosidade cintilando em seus olhos.
“Não é nada demais,” Atena respondeu, a voz estável. Ela rapidamente foi até o quarto, pegando um recipiente de comprimidos.
Seu coração palpitou ao notar Zane e Sandro observando-a com olhares inquisitivos. “Vou contar para vocês quando eu voltar.” Sem esperar por uma resposta, ela saiu rápido do apartamento.
No corredor, Ewan fez uma careta, segurando a cabeça com agonia.
“Mastigue rapidamente,” Ela insistiu, estendendo um comprimido para ele. Mas Ewan hesitou, seu orgulho o impedindo.
“Ewan, se você não quiser perder completamente o controle dos seus sentidos, tome o remédio agora…” Ela observou enquanto ele arriscava um olhar para ela, incerteza faiscando em seus olhos, mas ele finalmente pegou o comprimido e colocou na boca.
“Mastigue agora!” Ela insistiu firmemente, e após um momento de hesitação, ele obedeceu. Ela se acomodou à sua frente, esperando pacientemente que o medicamento fizesse efeito.
Dez minutos passaram como uma eternidade, mas gradativamente ele começou a se sentir melhor. “O que foi que você me deu?” Ele perguntou cansado enquanto se levantava, o mundo ao seu redor se estabilizando.
“Remédios. Eu disse para você vir para o tratamento, mas você não quis ouvir!”
“Peço desculpas por isso, Doutora. Eu tinha um trabalho a fazer.” Ele se aprumou, tentando recuperar alguma aparência de controle sobre sua vida.
“Bem, se você estiver com dano cerebral, trabalho vai ser a última coisa na sua mente.” Ela entregou a ele o recipiente inteiro. “Tome isso uma vez por dia, de preferência pela manhã. Você deveria adicionar isso às suas outras prescrições… Ah certo, você não as toma…” Ela murmurou sarcasticamente.
“Por que você está me ajudando? Não deveria a minha morte fazer parte do seu plano?” Ewan perguntou, genuína confusão evidente em sua voz.
Atena sacudiu a cabeça, sabendo que falar sobre sua inocência levaria apenas à futilidade. “Eu só preciso que você esteja alerta na Quarta-feira, Ewan. É só isso. Porque vai ter muito o que processar naquele dia.”