Vingança Sombria de uma Esposa Indesejada: Os Gêmeos Não São Seus! - Capítulo 112
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112: Separados 112: Separados Atena suspirou suavemente enquanto observava Kendra e Kathleen chorarem nos ombros uma da outra, suas lágrimas brilhando na luz do sol que entrava pela janela.
Nathaniel estava ao lado, assistindo à demonstração emocional com um ar de desapego que poderia parecer frio para um estranho.
No entanto, Atena sabia melhor. A pinçada intermitente de suas sobrancelhas traía a tristeza que se escondia sob sua atitude estoica. Kendra havia se tornado uma amiga muito próxima, e a separação iminente claramente pesava sobre ele.
“Kendra, não se preocupe. Você pode visitá-los quando quiser. Você pode até fazer pernoites,” Stella disse, tentando confortar as meninas enquanto lançava um olhar preocupado para Atena.
Mas parecia para Atena que Kendra precisava de mais garantias naquele momento.
Ela suspirou novamente, recostando-se mais na sua cadeira ao perceber que provavelmente levaria um tempo para as duas meninas se desvencilharem uma da outra.
Mas, surpreendentemente, não demorou muito. Nathaniel, ciente da agenda apertada de sua mãe, aproximou-se de sua irmã e tocou seu braço. “Kate, escute a Sra. Stella. Nós sempre podemos ver Kendra na escola e fazer pernoites. Por agora, vamos. Lembre-se, a mamãe tem muito trabalho a fazer hoje.”
Atena assentiu imediatamente, como se fosse ela a quem estavam falando. De repente, ela se lembrou da assustadora pilha de trabalho que a esperava no hospital. Desde que abriu as portas do hospital para todos, incluindo os residentes da cidade do Zack, ela havia sido assediada com trabalho, mesmo com a ajuda das novas contratações.
Sua mente vagueou – o que teria acontecido se ela não os tivesse contratado? Ela estremeceu só de pensar, lembrando-se do influxo de pacientes que haviam experienciado desde o início da semana.
Já fazia uma semana desde o incidente, e depois de acalmar os rumores que seus filhos haviam perecido no mesmo dia do evento infeliz, ela se encontrava cercada por pacientes de perto e de longe. Ela não conseguia compreender a súbita pressa.
As pessoas acreditavam que sua vida estava em perigo simplesmente porque ela havia enfrentado um sequestrador? Eles pensavam que ela estaria morrendo em breve? Isso parecia absurdo para ela – quase cômico.
Ela também se lembrou que a mesma coisa estava acontecendo com Gianna no local de trabalho dela. Sua melhor amiga, agora rapidamente se tornando a melhor designer de joias da cidade apesar de ter chegado há apenas um mês, havia sido inundada com pedidos desde o incidente.
Era intrigante como as pessoas pensavam.
Suspirando aliviada quando Kate finalmente se desvencilhou de Kendra, Atena se levantou e caminhou até Stella. “Nós vamos embora agora. Obrigada por nos receber,” ela disse, sua voz sincera.
Stella balançou a cabeça. “Receber vocês? Pare com isso, doutora Atena. Nós é que somos gratos por esta oportunidade.”
Foi então que um homem entrou na sala de estar pela porta aberta. Ao vê-lo, Atena o chamou para mais perto.
“Este é Max. Ele será seu motorista e guarda também. Com os sequestros aumentando, é melhor que se mantenha segura,” ela explicou, seu tom tranquilizador.
Os olhos de Stella começaram a brilhar com imensa gratidão, mas Kendra, não acostumada a tais luxos, correu até Atena e a abraçou pelas pernas. “Obrigada, mãe,” ela exclamou, sua pequena voz cheia de apreço.
Atena inalou bruscamente, ainda não acostumada a ser chamada dessa maneira por Kendra. Por alguma razão, a pequena garota estava determinada a chamá-la de “mãe”, e Stella não tinha problemas com isso. Ela não pôde deixar de se perguntar o que Fiona diria se ouvisse isso.
O pensamento da possível raiva de Fiona fez Atena rir para dentro.
“De nada, Kendra. Só lembre-se de ser uma boa menina,” Atena respondeu, seu coração se enchendo de afeto.
“Eu serei!” Kendra gritou antes de virar para Nathaniel. Ela fez beicinho adoravelmente e então pulou em direção a ele, envolvendo seus braços ao redor de sua cintura num abraço.
Nathaniel, inicialmente surpreso, permaneceu rígido e irresponsivo até Kathleen sutilmente tocar seu braço, cutucando-o para reagir.
Atena não pôde suprimir um pequeno sorriso ao observar a dinâmica entre eles. “Adeus, Stella,” ela chamou alegremente enquanto Nathaniel se soltava do abraço e corria em direção à porta.
“Adeus, doutora. Nos vemos quando nos vemos,” Stella respondeu, seu sorriso amplo e caloroso.
Lá fora, Atena perguntou às crianças se elas queriam voltar para casa.
“Não, nós vamos te seguir até o hospital. O tio Aiden não está mais por perto para nos fazer companhia, e nós não estamos realmente bem com o Sr. Jake,” Kate declarou decisivamente.
Atena assentiu, seu coração doendo um pouco. Ela abriu a porta para eles entrarem no carro, com Jake já no assento do motorista. Jake era um motorista competente, mas nunca poderia substituir Aiden – o amigo confiável que os havia chamado todos os dias desde o evento depois que Atena o impediu de pegar o próximo avião de volta para casa.
Atrás deles, um carro cheio de guardas enviados pelo Sr. Thorne seguia. Atena estava muito ciente de que havia outros monitorando seus movimentos de posições ocultas. Já fazia uma semana desde o incidente, e ela ainda estava se adaptando à ideia de precisar de tal proteção extensiva.
“Mãe,” Kate interrompeu, quebrando o devaneio de Atena, “a peça de Natal foi agendada para a próxima semana. Você vai assistir, certo?” Ela abraçou mais apertado sua blusa para se proteger do frio.
Atena mordeu o lábio, hesitante. “Tia…”
“Não diga isso, mãe. Por favor.”
Atena exalou com força e virou seu olhar para a janela. “Eu tenho uma agenda ocupada. Talvez eu não esteja disponível, Kate.”
“Você usou a mesma desculpa no ano passado e nos anos anteriores também. Por que isso? Nós não aceitaremos isso este ano! Nossos colegas de classe estão todos vindo com seus pais. Como nós não temos um pai, também vamos ficar sem você?” Nathaniel perguntou, cruzando os braços sobre o peito desafiadoramente.
Atena engoliu em seco. A verdade era que ela evitava festividades de Natal porque elas traziam de volta memórias dolorosas. Sua mãe tinha morrido na véspera de Natal, e ela havia sido banida naquela época, submetida a todo tipo de dor durante um período em que todos pareciam cheios de alegria.
Não havia sido estendida a ela nenhuma boa vontade até ela conhecer Antonio, e mesmo assim, as memórias a assombravam. Qual era a essência da temporada? Onde estava a ‘boa vontade para com os homens’ seis anos atrás?
“Mãe…” Kate implorou, puxando a blusa de Atena, seus olhos grandes e desesperados.
“Eu vou tentar, querida. Vou tentar desta vez,” Atena respondeu, embora não tivesse ideia de como conseguiria celebrar o Natal este ano pelo bem de seus filhos.
Ao chegar no hospital, ecos do Natal enchiam o ar—luzes cintilantes penduradas nas paredes, decorações festivas em cada canto.
Pela primeira vez, Atena sorriu e retribuiu uma saudação de feriado de um paciente que lhe desejou bem, surpreendendo tanto seus filhos quanto sua equipe.
No entanto, ela passou por eles calmamente, entrando em seu escritório, parando subitamente quando viu quem estava esperando por ela no espaço de Ciara.
Ewan?