Vingança Sombria de uma Esposa Indesejada: Os Gêmeos Não São Seus! - Capítulo 106
- Home
- Vingança Sombria de uma Esposa Indesejada: Os Gêmeos Não São Seus!
- Capítulo 106 - 106 As Gêmeas Foram Sequestradas 106 As Gêmeas Foram
106: As Gêmeas Foram Sequestradas! 106: As Gêmeas Foram Sequestradas! Atena observava, parcialmente irritada e taciturna, enquanto seus homens embalavam meticulosamente o estranho homem morto em um saco preto para cadáveres. Cada zíper e puxão do tecido parecia uma finalidade que roía sua psique.
Ela havia falado com os agentes e agradecido a eles pela pronta resposta, mas parecia uma perda de tempo, um exercício de futilidade.
Uma perda de vida também, ela pensou, imaginando como alguém poderia dar sua vida por uma causa tão inútil. O que foi prometido a ele? Ou foi uma ameaça?
Estava sempre entre essas duas coisas, ela ponderou, tendo encontrado e interrogado sua própria cota de homens-bomba ou mensageiros suicidas.
“Doutora Atena…”
A voz familiar a tirou de seu devaneio sombrio. Ela se virou para encontrar o Sr. Thorne, o velho homem ao seu lado com uma expressão grave.
“Você não precisa se preocupar. Você pode contar com meus detalhes de segurança sempre que precisar. Vou garantir que nada aconteça à sua família também. Colocarei meus homens nisso. O que você quiser, peça.”
Atena sentiu um impulso de gratidão, mas o suprimiu com uma expressão cautelosa.
Ela mordeu o lábio. Era verdade que ela havia ajudado o velho homem, mas ele havia pago por isso.
Ela ponderou, o que eu pagaria por isso?
“O que você quer em troca?”
O Sr. Thorne a encarou por um minuto inteiro, seus olhos negros inteligentes brilhando com uma mistura de diversão e incredulidade, antes de romper em gargalhadas estrondosas. “Doutora Atena, sério?”
Mas Atena recusou-se a rir, optando em vez disso por deixar o homem saber que ela estava falando sério. Era um jogo arriscado confiar em um homem que guardava veneno por diversão, e ela não estava prestes a cair no charme dele.
“Eu sei que você tem suas dúvidas sobre mim, considerando seu passado…”
“Você me investigou?”
O Sr. Thorne deu de ombros, um gesto que parecia um pouco casual demais, dadas as circunstâncias. “Não leve para o pessoal. É por motivos de segurança. Eu investigo todos com quem entro em contato, especialmente em uma base pessoal. Você é minha médica pessoal; você não acha que eu iria verificar você?”
Atena suspirou, desviando o olhar para a agitação ao fundo. Justo — ela entendeu. “Então, o que você descobriu?”
Por mais que ela estivesse contente com suas habilidades de ocultação cibernética, o Sr. Thorne também não era novato; sua família não era a família líder na sociedade à toa.
“Que você passou por muita coisa após seu banimento de sua vida anterior — e que há mais em você do que aparenta.”
Não era uma exposição detalhada por dizer, mas transmitia uma verdade — o velho homem havia feito um trabalho minucioso.
“Permita-me ajudá-la, Atena. É de graça.”
Atena mordeu o lábio novamente. De graça?
“Você realmente não quer nada — talvez cuidados médicos gratuitos ou algo do tipo?”
O velho Sr. Thorne riu, um som que pareceu estranhamente leve no ambiente carregado. “De forma alguma. Eu posso pagar minhas contas. Eu só quero você como uma amiga. Acho que isso será suficiente. Uma xícara de chá de vez em quando.”
Atena franziu a testa, cruzando os braços defensivamente. “Uma amiga? Tenho certeza de que você tem muitas. A menos que você queira dizer…”
O Sr. Thorne sacudiu a cabeça vigorosamente, já vendo a carranca se formando no rosto de Atena. “Não termine essa frase porque não é isso que eu quero. Eu só quero você como uma amiga.”
“Por quê? Sou bem mais jovem que você.”
“E bem mais sábia que muitos acima da sua idade.”
O Sr. Thorne desviou o olhar, fixando-o no horizonte.
Os agentes estavam prontos para deixar o prédio, suas formas movendo-se como sombras contra a luz que desvanecia.
“Você me lembra de alguém. Não posso evitar de estender a mão para você e ajudar de qualquer forma que eu puder. De certa forma, faz com que eu sinta que estou estendendo a mão para ela também.”
Atena exalou suavemente, a intriga aguçando seu interesse como uma faísca. “Uma pessoa importante então?”
O Sr. Thorne assentiu solenemente. “Muito importante.”
Seu humor agora estava abalado, e Atena podia ver o peso das memórias por trás de seus olhos. Era como se ele estivesse momentaneamente perdido em um mundo onde luz e risos antes prosperavam.
Ela deveria tirá-lo desse transe, ela pensou, antes de jogar sua mão sobre o ombro dele, surpreendendo o velho homem. Para sua surpresa, ele abriu a boca em espanto.
“Bem, você pediu por uma amiga. Você tem uma. Espero que consiga acompanhar a exuberância juvenil.”
O velho homem riu então, um som genuíno que encheu o ar com calor, e ele acariciou a mão de Atena. “Claro, sou um jovem de coração. Tenho certeza que posso acompanhar.”
“Veremos sobre isso, velhote…” Atena provocou enquanto caminhavam em direção à saída do prédio, uma frágil camaradagem florescendo em meio ao caos.
No entanto, antes que pudessem dar dois passos, Jake apressou-se para dentro do prédio, sobressaltando Atena.
“Jake, o que você está fazendo aqui!” Ela olhou ao redor, aliviada por ver que os equipamentos já haviam sido removidos pelos agentes.
Ainda assim, ela notou que ele estava respirando com dificuldade, seu telefone tremendo na mão, e um alarmante senso de pavor a invadiu.
O que agora?
“Qual é o problema, Jake?”
Mas Jake não conseguiu articular seus medos. Em vez disso, ele estendeu o telefone para Atena, sua mão tremendo como se mal pudesse suportar o peso da notícia que continha.
Atena trocou um olhar preocupado com o velho homem antes de pegar o telefone, a fricção da ansiedade formigando em sua nuca.
A tela estava coberta com uma manchete de notícias do O Guardião. Seu coração afundou no estômago ao registrar as palavras:
“Explosão na Escola Prestigiosa Laner.”
Pálida e abalada, ela rolou a tela para baixo, o mundo ao seu redor desvanecendo, seu coração martelando um ritmo frenético.
Com horror, ela leu: “No geral, não houve mortes, mas duas crianças foram sequestradas — gêmeos, na verdade. Filhos da famosa Doutora Athena Caddels. Isso pode ser dito como…”
A respiração de Atena parou em sua garganta, os olhos arregalados enquanto ela continuava a rolar a tela. Uma onda de náusea a sobreveio enquanto lia.
Mãos tremendo, ela quase deixou o telefone cair quando viu um clipe de vídeo começar a tocar. Sua mente girou enquanto a imagem de dois homens mascarados arrastando seus filhos lutadores, gritando e chutando, para um sedã preto em espera, piscou na tela.
“Não… não…” Ela sussurrou. Era exatamente como em seu sonho, quando havia retornado do esconderijo dos sequestradores.
Cambaleando para trás, ela se lembrou do momento agonizante de seu próprio sequestro — a dor havia sido gravada em cada fibra de seu ser. O que eles fariam com seus filhos, especialmente agora que sabiam quem ela era?
Enquanto o vídeo mostrava Kate acenando desesperadamente com seus pequenos braços, gritando de uma janela, seu coração se partiu.
Sem mais pensar, ela recuperou a compostura e correu para fora do prédio, ignorando o chamado do Sr. Thorne.
“Atena, espere!”
Ela o ouviu gritar, mas o som se desvaneceu ao fundo como um eco distante.
A gangue havia começado sua promessa, ela pensou, determinação acendendo dentro dela. E ela não dormiria até ter pego todos eles, mesmo que significasse sacrificar cada pedaço de sua paz e segurança.
Como ousavam tocar em seus filhos?