Vingança Sombria de uma Esposa Indesejada: Os Gêmeos Não São Seus! - Capítulo 104
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104: Conectando Alguns Pontos 104: Conectando Alguns Pontos No caminho de volta ao seu escritório, Atena fez uma parada inesperada, ponderando algumas situações confusas em sua mente enquanto se aproximava do quarto de Stella.
“Como ela está hoje?” Atena perguntou à enfermeira que estava do lado de fora da porta, com um sorriso suave nos lábios.
“Ela está melhor, senhora. Muito melhor. Ela deve estar em casa em breve,” a enfermeira respondeu, seu sorriso tão alegre quanto um raio de sol cortando a névoa da manhã.
Atena assentiu, satisfeita com o relatório. Aquilo era uma boa notícia, especialmente porque Aiden tinha encontrado uma casa e a arrumado o suficiente para o retorno de Kendra e Stella.
Com certeza ela sentiria falta de Kendra, claro, mas a separação era absolutamente necessária.
“Obrigada,” Ela finalmente disse, o calor em sua voz refletindo sua gratidão.
A enfermeira assentiu com um sorriso e deixou as proximidades, e com uma respiração profunda, Atena entrou no quarto.
“Doutora Atena!” Stella gritou, sua alegria transbordando como uma fonte enquanto ela saltava da cama, o palidez anterior em seu rosto agora substituída por uma vitalidade juvenil que Atena não tinha visto antes.
Ela correu para perto, envolvendo Atena em um abraço exuberante que falava muito.
“Obrigada mesmo, Doutora! Eu finalmente venci meus medos e me olhei no espelho. Não posso acreditar que estou de volta a mim mesma agora!” Ela exclamou. “A enfermeira disse que eu estaria saindo em breve. Isso é verdade?”
Os olhos ansiosos de Stella brilhavam com esperança, puxando Atena para mais dentro do calor daquele momento.
Atena assentiu com um sorriso, avaliando o rosto de Stella, agora radiante e vivo, como se ela tivesse deixado suas preocupações para trás junto com seus tratamentos. “Sim, é verdade. Você irá para casa em breve. Afinal, Kendra tem sentido sua falta.”
O brilhante sorriso que se espalhou pelo rosto de Stella era forte o suficiente para iluminar uma cidade inteira. “Sério? Como ela está?”
“Ótima,” Atena respondeu, sua voz transbordando sinceridade. “Eu fiz provisões para a sua moradia também. Você não precisa voltar para a sua casa antiga. Isso não é adequado tanto para a sua recuperação quanto para o crescimento de Kendra.”
Stella imediatamente tentou se ajoelhar, mas Atena instintivamente a segurou, uma mistura de surpresa e preocupação marcando suas feições. “Por favor, não. Eu estou apenas fazendo o mínimo.”
Stella balançou a cabeça vigorosamente, seus olhos brilhando com lágrimas. “Isso não é verdade. Isso não é o mínimo. Eu sei quanto custa moradia nesta cidade agora, com o ritmo de desenvolvimento até nas áreas rurais,”
Ela fez uma pausa, deixando suas emoções transbordarem enquanto as lágrimas corriam por suas bochechas. “Doutora Atena, este presente seu realmente significa muito para nós. Muito obrigada!”
Atena se sentiu um tanto desconfortável vendo Stella chorar, mas no fundo, ela podia empatizar — ela não havia estado em uma posição semelhante não fazia muito tempo, quando o inferno bateu à sua porta?
“Está bem, Stella. Pare de chorar, por favor. Eu quero conversar com você.”
Stella assentiu, limpando as lágrimas imediatamente, mas quanto mais ela enxugava o rosto, mais as lágrimas fluíam.
Atena caminhou até a prateleira, pegou um pacote de lencinhos e entregou a ela. “Aqui, pegue estes.”
“Obrigada,” Stella murmurou, sentando-se na cama, tentando desajeitadamente se recompor. “Por favor, me dê um tempo para reorganizar meus pensamentos.”
“Claro,” Atena pensou consigo mesma, lembrando de como tinha levado dias para recuperar a compostura quando recebeu ajuda de Antonio, amigo de Gianna.
Alguns minutos se passaram, preenchidos pelo suave barulho dos lencinhos e o ocasional soluço de Stella.
“Ok, estou pronta,” Stella anunciou finalmente, determinação brilhando em seus olhos. “Você disse que queria falar; sobre o que é?”
“É sobre Kendra e como ela veio a ficar com você,” Atena respondeu imediatamente, a seriedade de sua pergunta se estabelecendo entre elas como um cobertor pesado.
Stella fez uma pausa, torcendo nervosamente as mãos. “Me perdoe por perguntar, eu sei que este é um pedido que eu deveria conceder, mas o que você quer com Kendra?”
“Ela é familiar. Ela se parece com uma amiga minha. Estou apenas curiosa. Só quero ver se há pontos a conectar— nada mais,” Atena explicou, escolhendo suas palavras cuidadosamente, sentindo uma coceira de esperança enquanto aguardava a resposta de Stella.
Stella pareceu apaziguada pela resposta. “Kendra foi deixada na minha porta com nada mais que um arquivo destacando sua admissão numa escola prestigiada. Havia também um maço de dinheiro.”
Atena assentiu, montando o quebra-cabeça que explicava Kendra frequentando a escola cara enquanto vivia em um prédio decadente.
Mas…
“O bebê foi deixado no prédio onde você está morando agora?”
Stella parecia perturbada enquanto balançava a cabeça. “Não. Ela foi deixada na minha antiga casa. Veja bem, eu estava muito bem antes; eu morava na boa casa do meu pai que valia muito, até a morte dele acontecer e seus devedores vierem. Eu tive que pagar a dívida com a casa, fechei o negócio da família já que também foi tomado, e então morei no prédio porque era o mais barato que encontrei. Eu pensava que meu pai tinha algum dinheiro, mas tudo que ele deixou foram dívidas.”
Atena assentiu lentamente, conectando aquele ponto específico. “Então, é seguro dizer que a mãe de Kendra não apareceu, ou mais ninguém?”
Stella hesitou, despertando a curiosidade de Atena. “Qual é o problema?”
“Dois anos atrás, vi alguém vigiando a casa. Uma mulher e um homem num carro. Eles ficavam apontando e conversando. Quando me viram, no entanto, dispararam. Pessoalmente, eu acho que a mulher é a mãe da menina. Elas têm a mesma linguagem corporal,” Stella respondeu, sua expressão reflexiva.
Atena assentiu novamente, seu coração acelerado. “E desde então, mais alguma aparição? Mais dinheiro deixado?”
Stella balançou a cabeça. “Nada.”
Atena suspirou e se levantou, seus pensamentos acelerados sobre as implicações de Fiona potencialmente rastreando sua filha, mas não fazendo nada a respeito depois de vê-la vivendo numa casa decadente.
A realização se estabeleceu sobre ela como uma nuvem escura. A mulher era maligna. Mas ela estava surpresa? Um pouco. Atena esperava que Fiona demonstrasse alguma compaixão pelo seu próprio sangue.
“Obrigada por conversar comigo, Stella,” Atena disse, envolvendo suas palavras em gratidão.
“Oh, não foi incômodo algum,” Stella deu de ombros com um sorriso suave. “Isso é tudo o que deseja de mim?”
Uma pausa preencheu o espaço, densificando a atmosfera.
“Peça-me qualquer coisa, Doutora, e eu farei,” Stella adicionou, sua lealdade evidente em seu tom.
Atena não sabia muito bem o que fazer com aquela lealdade; era inesperado. “Está bem, Stella. Apenas descanse.”
Bem então, ela recebeu uma mensagem de Aiden. “Estou a caminho, Chefe. Feliz Natal!”
Atena deu um riso abafado, um sorriso agridoce brotando em seu rosto. Tinha demorado um pouco para convencer seu amigo a viajar após a última tentativa contra sua vida, mas ainda doía vê-lo distante.
Logo em seguida, outra mensagem chegou; era da equipe: “Encontramos uma testemunha. Venha para esta localização.”