331: Negociações 331: Negociações Na manhã seguinte, Alex tomou café da manhã com representantes do complexo industrial militar iraniano, e, para sua surpresa, o pai da Jasmine estava lá para negociar com ele. Isso não era algo que Alex esperava, mas com certeza era uma surpresa bem-vinda.

Por isso, Alex estava no seu melhor comportamento quando apertou a mão do velho general antes de sentar-se no lugar apropriado que havia sido reservado para ele. Depois de fazer isso, o General falou com Alex em um tom suspeito.

“Então você é Alex Smith, huh? Pelo que nossos relatórios de inteligência indicam, você é um Playboy Bilionário, lutador profissional de lutas em gaiolas, membro do Par da Grã-Bretanha, e apesar de tudo isso, também devemos acreditar que você é secretamente o braço direito da infame La Madre?”

Alex era um homem com um certo senso de humor e, por isso, ele foi rápido em ressaltar alguns títulos não oficiais que ele havia se dado ao sério General Iraniano.

“Você esqueceu de mencionar que sou um filantropo e o maior amante do mundo. Mas tirando isso, sim, está tudo correto, inclusive a parte do meu envolvimento com o cartel. Pode me considerar o representante pessoal da La Madre e, por extensão, o representante do misterioso El Cucuy também.”

Os oficiais iranianos se entreolharam com um olhar de incerteza diante da declaração de Alex. Embora o pai da Jasmine quisesse dizer algo, alguém o precedeu. Batendo o punho na mesa e gritando com Alex com um tom mais elevado, atraindo a atenção de todos os clientes do restaurante para si enquanto fazia isso.

“Não brinque conosco! El Cucuy é um mito, uma lenda que os Sicários contam para suas vítimas para inspirar medo na população em geral, nada mais! Nossa inteligência confirmou isso!”

Alex simplesmente sorriu ao ver isso, usando seu garfo e faca para cortar a refeição que tinha sido preparada para ele. Havia um olhar de presunção em seu rosto enquanto ele dava uma mordida antes de responder a essa afirmação. Mas não sem antes elogiar o chef por seu trabalho.

“Delicioso, pode dar meus cumprimentos ao chef, por favor? Quanto à ideia de que El Cucuy é um mito, oh eu garanto que ele é bem real. Talvez suas agências de inteligência precisem expandir suas capacidades dentro da América do Norte se realmente acreditam que ele é apenas uma lenda fantasiosa.”

Claramente, Alex havia tocado num ponto sensível, pois o homem que acusou El Cucuy de ser um mito saltou de sua cadeira. Seu rosto ficou completamente vermelho e era óbvio pela sua expressão facial que ele estava cerrando os dentes. E não era só isso. Os punhos do homem estavam cerrados como se estivessem prontos para desferir um golpe em Alex a qualquer momento.

No entanto, antes que o homem pudesse atacar, o pai da Jasmine gritou com ele, lembrando o homem do seu lugar enquanto o expulsava da reunião.

“Ahmad, chega! Preciso lembrá-lo de que estamos em público? Se você não pode controlar seu temperamento, então vá sentar no carro e espere a gente terminar esta reunião!”

O homem chamado Ahmad olhou para o General com total descrença, mas uma vez que seus olhos se encontraram e ele viu que o General estava falando sério, ele saiu tempestuosamente do prédio. Deixando Alex atônito.

“Caramba, isso foi desagradável, não foi? Enfim, agora que essa feiura está fora do caminho. Que tal falarmos de negócios, hein?”

Pelo olhar nos olhos do homem, o pai da Jasmine não estava necessariamente satisfeito com as palhaçadas de Alex, e explicou por que Ahmad ficou tão chateado com um tom agradável em sua voz, que obviamente era forçado.

“Por favor, perdoe Ahmad por seu surto. Ele trabalha na inteligência e, embora eu saiba que você não quis dizer, você o insultou em um nível profundamente pessoal ao dizer que ele e seus colegas são incompetentes. Agora, eu sei que você veio aqui em nome da La Madre para comprar armas para os Los Zetas. Sobre que tipo de armamento estamos falando?”

Alex não hesitou em pedir o que era mais necessário. Afinal, havia apenas uma maneira de Los Zetas se manterem caso uma guerra real eclodisse entre o México e os Estados Unidos. Coisas como tanques eram completamente e totalmente inúteis em comparação com a força das Armaduras Americanas e da supremacia aérea, e assim Alex foi rápido em deixar isso claro.

“Se os Estados Unidos invadirem o México, nossa única chance de vitória é através da guerra de guerrilha. Como resultado, estamos mais interessados em plataformas de armas mais adequadas a essas táticas. Então, obviamente, armas pequenas e equipamentos pessoais são essenciais. Bem como MANPADS, RPGs, ATGMs e Morteiros. Sistemas SHORAD que podem ser montados na caçamba de uma picape também são altamente desejados.

Também gostaríamos de adquirir minas terrestres, lançadores automáticos de granadas e qualquer outra coisa que possa ser transportada a pé, ou, como eu disse anteriormente, montada na caçamba de uma picape.

Vocês podem ficar com os veículos blindados e aeronaves. Pois mesmo que soubéssemos operar tais veículos adequadamente, a Supremacia Aérea Americana os dominaria dentro das primeiras 24 horas do conflito.”

O pai da Jasmine ficou honestamente surpreso com a resposta de Alex. Ele pensou com certeza que agora que os Los Zetas eram o último grande cartel ao sul da fronteira americana, um que efetivamente controlava o México, eles gostariam de encomendar sistemas de armas blindadas e baseadas no ar em uma tentativa de projetar uma imagem de que eram uma força militar legítima que precisava ser levada a sério.

Em vez disso, os Los Zetas pareciam mais inteligentes do que ele inicialmente pensava. Eles optaram por armas que melhor se adequavam às táticas de guerrilha, que era a forma mais prática de guerra que o cartel poderia adotar se quisessem lutar contra uma invasão americana.

Por causa disso, ele foi rápido em cantar louvores à La Madre, que ele acreditava ter tido essa ideia.

“Parece que La Madre é mais esperta do que lhe dei crédito. Muito bem, essas armas são muito mais fáceis de contrabandear para o México sem que os Estados Unidos saibam, de qualquer maneira. Acho que podemos chegar a algum tipo de acordo, supondo que você esteja preparado para pagar um preço apropriado pelos equipamentos em questão.”

Sabendo que o negócio estava essencialmente concluído, já que o cartel tinha um orçamento militar maciço agora que estava unificado sob uma única bandeira, Alex estendeu a mão e aceitou as condições que o General estipulou. Ao final das negociações, todos se levantaram de seus assentos, completamente satisfeitos com a refeição que haviam comido. Onde Alex só então corrigiu o General em uma coisa.

“Ah, aliás… Não foi La Madre quem teve a ideia de adquirir essas armas com foco na guerra de guerrilha. Ela queria comprar o máximo de tanques e caças possível…”

Isso surpreendeu o General, que olhou para Alex com um olhar curioso enquanto ele exigia saber qual gênio do cartel havia convencido La Madre a abandonar tal estratégia insensata.

“Ah é? Se não foi La Madre, então quem foi? Duvido que alguém teria a capacidade de convencer aquela mulher a seguir um plano diferente do que ela tinha em mente….”

Alex então deu ao homem um olhar atônito, como se a resposta à sua pergunta fosse a coisa mais óbvia do mundo. Ele então apontou para si mesmo e disse isso em um tom tão natural que o General e seus assessores não tiveram escolha senão acreditar em Alex.

“Fui eu….”