Verdadeira Luna - Capítulo 37

37: CAPÍTULO TRINTA E SETE – Acorde-a 37: CAPÍTULO TRINTA E SETE – Acorde-a Logan POV
Havia algumas horas desde que Emma acordou e voltou a dormir novamente.

Eu estava sentado em uma cadeira ao lado da cama dela, segurando a mão dela na minha, deixando as faíscas e formigamentos me acalmarem. Andrew estava adormecido com a cabeça em seu ventre.

Eu não conseguia dormir. Não podia desviar os olhos do rosto dela, esperando que ela abrisse os olhos novamente. Eu memorizei tudo sobre ela. Memorizei como seus cílios eram tão longos que tocavam levemente sua bochecha, como seus lábios eram cheios e perfeitamente modelados, como suas bochechas estavam tingidas de rosa e macias. Eu só precisava que ela abrisse os olhos para que eu pudesse memorizá-los também. Eu queria conhecer cada cor e cada mancha que seus olhos tinham. Não que eu já não soubesse, mas eu queria ser lembrado. Eu queria ver isso de novo.

Eu estava brincando com os dedos dela e devo ter me distraído porque quando me concentrei no rosto dela novamente, havia algo novo, algo que não estava lá antes.

Lágrimas.

Minha respiração ficou presa na garganta e meu coração puxou dolorosamente dentro do peito. Ela estava chorando. Minha pequena estava chorando.

Eu me movi tão rápido que o quarto se tornou nada além de um borrão. Eu segurei o rosto dela em minhas mãos e enxuguei as lágrimas dela com os polegares.

“Emma, amor, acorde, por favor.” Eu disse a ela, com a voz tremendo.

Meus movimentos acordaram Andrew. Ele levantou a cabeça e olhou para mim, confuso.

“Ela não vai acordar por um tempo, Logan.” ele murmurou. “Você ouviu o que o médico disse.”

“Ela está chorando, Andrew.” eu disse baixinho, sem desviar o olhar do rosto dela.

Eu pude sentir Andrew tensionar. Ele ofegou, e estava de pé em um segundo. As lágrimas ainda estavam caindo das bochechas dela mais rápido do que eu podia enxugá-las. O que quer que ela estivesse sonhando estava machucando ela.

“Emma.” Andrew chamou ela. “Acorde, por favor.”

Eu acariciei as bochechas dela com os polegares, enviando calafrios prazerosos pelo meu corpo.

“Pequena, por favor,” Andrew falou de novo. “Acorde. Estou aqui. Eu nunca vou deixá-la.”

Ele estava apertando a mão dela um pouco forte demais. Eu tinha medo de que ele fosse machucá-la. Tentei remover o aperto dele na mão dela, mas ele rosnou para mim. Se ele não fosse meu melhor amigo, eu o teria matado por rosnar para seu Alfa.

“Você está machucando ela, Andrew.” Eu disse com raiva.

Ele olhou para baixo e imediatamente soltou a mão dela.

“Droga.” ele murmurou, pegando a mão dela em suas novamente. “Me desculpe, Em.”

Eu olhei de volta para ela. As lágrimas dela ainda não tinham parado. Meu coração puxou dolorosamente, e Leon soltou um uivo alto.

“Emma, amor, por favor acorde.” Eu lamentei, dando um beijo em sua testa. “Você está sonhando, amor.”

Eu olhei para Andrew. Ele estava angustiado. Seus olhos estavam arregalados e cheios de lágrimas não derramadas. Ele estava beijando a mão de Emma repetidamente. Seus olhos nunca saíram do rosto dela.

“Emma, por favor acorde.” Andrew murmurou enquanto fechava os olhos, colocando a mão dela em sua bochecha. “Você está sonhando, pequena. Você está segura. Por favor acorde.”

Eu olhei de volta para ela e arfei. Suas sobrancelhas estavam franzidas. Ela fechou ainda mais os olhos antes de tentar abri-los.

“Emma!” Eu gritei, agarrando seu rosto.

Andrew abriu os olhos e ofegou.

Emma finalmente conseguiu abrir os olhos. Ela estava me olhando confusa. Meu coração estava batendo imensamente rápido, e eu solucei alto.

“Emma, amor, você está bem.” Eu consegui dizer. “Você está segura, amor. Eu estou aqui. Andrew está aqui.”

Ela desviou o olhar de mim para Andrew. Ela franzir a testa e piscou algumas vezes.

“Pequena.” Andrew a chamou pelo apelido que ele tinha para ela enquanto afastava minhas mãos do rosto dela. “Estou aqui. Você está segura.”

Ele segurou as bochechas dela e beijou o topo de sua cabeça, respirando fundo.

Eu ouvi a porta abrir. Doutor Wren entrou. Ele estava surpreso ao ver Emma acordada. Ele caminhou até a cama e espiou por cima do ombro de Andrew.

“Beta, você pode se mover, por favor?” Wren perguntou.

Andrew rosnou. Eu o puxei cuidadosamente para trás, segurando os braços dele.

“Andrew, ele vai ajudá-la.” eu disse o mais calmo que pude. “Eu deixarei você voltar para ela logo, tudo bem?”

Andrew me deixou afastá-lo. Os olhos de Emma nunca saíram dele. Ele estava respirando pesadamente. Quando eu tinha certeza de que ele não correria de volta para ela, eu soltei seus braços.

“Emma?” Wren a chamou.

Ela virou a cabeça para olhar para ele, com as sobrancelhas franzidas.

“Oi, Emma.” Wren sorriu. “Você sabe quem eu sou? Você sabe onde você está?”

Ela olhou para ele, confusa. Seus olhos voltaram para Andrew.

“Você sabe quem ele é?” Wren perguntou, olhando para os aparelhos ao redor dela.

Emma assentiu, sem desviar o olhar de Andrew. Um soluço silencioso escapou dele.

“Você consegue falar, Emma?” Wren perguntou volteando a olhar para ela. “Você quer um pouco de água?”

Ela assentiu novamente, sem olhar para longe de Andrew, que começou a tremer levemente. Ele estava engolindo constantemente, e seus punhos estavam cerrados.

Wren pegou o copo, encheu-o com água e o levou lentamente até os lábios de Emma. Ela desviou o olhar e olhou para o copo.

“Tome pequenos goles, tá?” Wren instruiu.

Ela fez o que ele disse. Quando ela terminou de beber, ela encostou a cabeça de volta no travesseiro. Ela fechou os olhos e respirou fundo.

“Você pode responder algumas perguntas para mim Ema?” Wren a perguntou.

Ela assentiu e abriu os olhos para olhá-lo.

“Você sabe quem eu sou?” Wren a perguntou, sorrindo.

“Sim.” ela disse baixinho. “Doutor Wren.”

A voz dela enviava arrepios pela minha espinha. Deusa, como eu senti falta de ouvir a voz dela.

“Bom, Emma.” ele sorriu brilhantemente. “Você está indo muito bem. Você sabe onde você está?”

Ela franziu a testa e olhou em volta do quarto. Seus olhos pararam em Andrew e em mim. Ela balançou a cabeça.

“Você está no hospital da alcateia, Emma.” Wren disse, olhando por cima do ombro para Andrew e eu.

“Eu não estou morta?” Emma murmurou, voltando a olhar para Wren.

Andrew e eu rosnamos alto, fazendo-a virar o olhar de volta para nós. Meu coração estava batendo a mil por hora. Andrew estava tremendo incontrolavelmente.

“Você não está morta Emma.” Wren disse calmamente, desviando o foco dela de nós para ele. “Você esteve adormecida por muito tempo. Eu não esperava que você acordasse ainda.”

Ela olhou para os aparelhos ao redor dela. Wren sorriu para ela, sentando-se na cadeira ao lado de sua cama.

“Eu lhe diria seus sinais vitais, mas sei que você já pode ler isso por conta própria.” ele sorriu para ela.

Ela assentiu e eu fiquei confuso. O que ele quis dizer com isso? Como ela sabia ler esses aparelhos? Eu olhei para Andrew, querendo uma explicação dele. Tentei estabelecer conexão mental com ele, mas ele estava bloqueando todos. Seu único foco era Emma.

“Você sabe o que aconteceu com você, Emma?” Wren perguntou a ela cuidadosamente.

Seus olhos se arregalaram com medo, e eu não precisei do aparelho para dizer que o ritmo cardíaco dela acelerou. Eu podia ouvir claramente.