Verdadeira Luna - Capítulo 34
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34: CAPÍTULO TRINTA E QUATRO – A infecção 34: CAPÍTULO TRINTA E QUATRO – A infecção Logan POV
Eu continuei encostando meu nariz no pescoço e nos cabelos dela, na esperança de conseguir um pouco do delicioso cheiro dela. Mas não tinha nada. Ela ainda cheirava a veratro, medicamento e Andrew.
Eu suspirei. Eu teria que esperar.
Eu passei meus dedos pelos cabelos longos e sedosos dela e encostei minha bochecha no topo da cabeça dela.
Eu só queria que ela abrisse os olhos. Eu queria que ela falasse comigo. Eu precisava escutar a voz dela. Eu precisava dizer a ela que eu a amava.
Eu beijei sua testa e fechei meus olhos.
Fui acordado quando o médico entrou no quarto.
“Bom dia, Alfa.” o médico disse, segurando a prancheta de Emma nas mãos.
“Bom dia, doutor.” Eu bocejei. “São esses os resultados?”
“Sim.” o médico assentiu e olhou para Andrew.
Ele ainda estava dormindo, então eu cuidadosamente saí da cama e caminhei até ele. Eu o sacudi e ele abriu os olhos. Ele se levantou imediatamente.
“O que está errado?” ele perguntou. “Onde está Emma?”
“Bem aqui.” Eu apontei para ela. “Ela está bem. O médico está aqui com os resultados dela.”
Ele olhou para o médico e se sentou ereto. “Desculpe, doutor. Não tenho dormido bem. Esta foi a primeira noite que consegui dormir um pouco.”
“Eu entendo, Beta.” disse o médico com um pequeno sorriso. “Não precisa se desculpar.”
“O que os resultados dizem?” Eu perguntei e voltei até Emma.
“Confirmamos que é uma infecção.” o médico disse enquanto caminhava em direção a Emma para checar a temperatura dela. “Continuaremos com os antibióticos.”
“Ela vai ficar bem?” Andrew perguntou e se levantou.
“Eu espero.” o médico suspirou. “Ainda há veratro nela e isso está impedindo a cura. Também diminui o efeito dos antibióticos que estamos dando, então teremos que aumentar a dosagem.”
Meu coração começou a bater dolorosamente. Eu queria fazer uma pergunta, mas estava com medo da resposta.
“Ela pode…” Andrew começou a falar antes de respirar fundo. “Ela pode morrer?”
Meu fôlego ficou preso na garganta.
O médico levantou a cabeça e olhou nervoso para Andrew e para mim.
“Ela pode.” ele disse baixinho.
Andrew e eu rosnamos alto.
Não.
Ela não estava morrendo! Ela não podia morrer!
Asher ganhiu, e Andrew pulou da cama e foi até Emma.
“Não.” ele disse firmemente. “Você não está morrendo, Emma. Você me escuta? Você não vai morrer. Você não vai me deixar sozinho.”
“Eu farei tudo o que posso.” disse o médico baixinho.
Eu fiquei paralisado. Eu continuei olhando para o rosto bonito dela. Eu não podia perdê-la.
“Há algo que podemos fazer?” Perguntei ao médico, sem tirar meus olhos dela.
“Fique com ela.” ele disse. “As conexões que ela tem com vocês a ajudarão.”
Andrew e eu assentimos, e o médico virou para sair do quarto. Andrew o parou.
“Doutor, eu quero me transformar.” Andrew murmurou, acariciando o cabelo de Emma. “Asher quer vê-la. É seguro?”
O médico virou e coçou o pescoço. “Deve ficar tudo bem. Apenas seja cuidadoso e me chame se algo acontecer.”
Andrew assentiu, e o médico deu a ele um pequeno sorriso. Ele saiu do quarto e fechou a porta.
Assim que o médico fechou a porta, Andrew se levantou e caminhou até o canto mais distante do quarto para se transformar. Eu sentei ao lado de Emma e peguei a mão dela na minha.
“Eu estou aqui, amor.” Eu sussurrei para ela. “Você vai ficar bem.”
Fui interrompido por um ganido. Eu virei minha cabeça para olhar para Asher. Ele estava de pé no canto do quarto, com o rabo entre as pernas. Ele estava olhando para Emma e eu juro que vi lágrimas rolando pelo rosto peludo dele.
“Está tudo bem, Asher.” Eu disse baixinho. “Ela está aqui, o seu filhote está aqui.”
Asher caminhou até ela e lambeu o rosto dela delicadamente. Ele colocou a cabeça na barriga dela e fechou os olhos. Ele nunca parou de ganir. Eu levantei a outra mão dela e coloquei sobre a cabeça de Asher. Ele me enviou um olhar grato.
Eu dei a ele um sorriso pequeno e olhei de volta para Emma. As bochechas dela estavam levemente coradas por causa da febre. Os olhos dela estavam bem fechados. Estava me matando. Eu só queria ver os olhos dela. Eu queria que ela olhasse para mim. Eu queria dizer a ela que eu era um homem idiota, que não poderia estar mais errado. Eu queria lhe dizer o quanto eu a amava.
‘Quero estar com a companheira.’ Leon ganhiu. ‘Me deixe sair, Logan.’
‘Eu vou, Leon.’ Eu disse a ele. ‘Deixe Asher ter um tempo com ela. Você sabe quanto ele sentiu falta dela.’
Leon ganhiu alto, mas parou de me pressionar para me transformar. ‘Tudo bem. Eu vou esperar. Mas assim que ele se transformar de volta, você está me deixando sair.’
“Eu vou.” Eu prometi a ele.
Eu olhei para Asher, que ainda estava ganindo baixinho. Eu me sentia tão mal por Andrew e ele. Ele ficou despedaçado quando ela desapareceu. Ele a amava tanto e muitas vezes a via como sua filha, ao invés de sua irmã. O que fazia sentido. Ele não era muito mais velho do que ela, mas ele a criou. Mesmo quando seus pais ainda estavam vivos, Andrew criava Emma. Seus pais frequentemente estavam ausentes e ocupados lidando com a alcateia. Seu pai, sendo Beta, viajava muito com o meu, e sua mãe ajudava a minha mãe pela casa da alcateia. Andrew cuidava de Emma desde que ela era um bebê.
A cabeça grande de Asher subitamente se ergueu. Ele olhou para Emma e soltou um ganido alto.
“O que houve?” Eu me levantei, olhando de Asher para Emma.
Ele pulou de volta para o canto do quarto e se transformou de volta. Andrew pegou os scrubs do chão e os vestiu.
Ele correu de volta para a cama e olhou para Emma. Ele pegou o rosto dela em suas mãos e beijou sua testa.
“Emma?” Ele a chamou. “Emma, amor, você pode me escutar? Estou aqui. O seu irmão mais velho está aqui.”
Eu olhei para ele, confuso. “Andrew, o que diabos está acontecendo?”
“Ela moveu a mão, Logan.” ele murmurou, sem tirar seus olhos do rosto dela. “Ela apertou levemente o meu pelo.”
Eu ofeguei e meus olhos saltaram para o rosto dela.
Por favor, acorde, amor!
“Emma?” Andrew a chamou novamente. “Por favor, amor, abra os olhos.”
Eu segurei o fôlego e peguei a mão dela na minha. Faíscas correram pela minha pele e eu segurei firme. Eu nunca a deixaria ir.
“Por favor, amor, acorde.” Eu disse baixinho.
Os olhos de Emma se abriram vagarosamente. Andrew e eu soltámos pequenos soluços.
Ela estava acordada. Obrigado, Deusa.