Verdadeira Luna - Capítulo 270

270: CAPÍTULO 270 Voltando ao Passado 270: CAPÍTULO 270 Voltando ao Passado Ponto de Vista da Sofia
Alex abriu a porta do carro e me puxou para fora mesmo antes do Hunter conseguir parar completamente. Eu ri e o abracei de volta, com força. Ele tinha me feito falta.

“O carro ainda estava em movimento, Alex,” ouvi Hunter resmungar com irritação.

Alex apenas rosnou para ele.

“Você está bem?” Alex me perguntou. “Voltou? Você consegue sentir? Está sentindo dor?”

Eu passei a mão nas costas dele e balancei a cabeça negativamente.

“Eu estou bem,” eu disse. “Ainda não consigo sentir.”

Alex soltou um suspiro de alívio e me soltou. Ele me examinou de cima a baixo e eu vi que ele relaxou um pouco depois de confirmar que eu estava bem.

Eu olhei por cima do ombro dele e sorri para meus pais. Minha mãe estendeu os braços para mim e eu a abracei com força.

“Parabéns, querida,” ela disse baixinho. “Você tem um companheiro incrível.”

Eu sorri e concordei. Ela estava certa. Meu companheiro era o homem mais incrível do mundo.

Meu pai estava ao telefone com alguém, mas ele me puxou para um abraço apertado e beijou o topo da minha cabeça.

“Sim, Mãe, ela está de volta,” ouvi meu pai dizer e um sorriso enorme se espalhou pelo meu rosto.

“É a vovó?” perguntei, e ele assentiu.

Ele me passou o telefone imediatamente e eu o peguei.

“Vovó!” exclamei animada.

Eu sentia tanto a falta dela. Estava tão preocupada com ela. Meu pai não me contou muito. Eu sabia que a condição dela tinha piorado e que ela estava descansando na alcateia do Drake. Ela estava lá com minha tia e primos. Eu estava aliviada, no entanto. Eu queria que eles estivessem o mais longe possível dessa confusão.

“Oi, Bolinho,” minha vovó disse suavemente. “Estou com saudades.”

Lágrimas se acumularam em meus olhos. Eu sentia falta de ouvi-la me chamar assim. Ela me chamava de bolinho porque eu sempre pedia para ela fazer alguns para mim. Eu amava tanto e comia até passar mal.

“Também estou com saudades, Vovó,” eu disse enquanto sentia uma lágrima cair na minha bochecha. “Como você está?”

“Um pouco melhor, querida,” ela disse. “Amy e Drake estão me mimando. Vou ter que dizer ao seu pai que meus padrões estão mais altos.”

Eu dei uma risada e olhei para meu pai. Ele apenas balançou a cabeça e sorriu.

“Como está a Tia Daisy?” perguntei à minha vovó. “E as crianças?”

“Todos estão ótimos, Bolinho,” minha vovó disse. “Eu me sinto uma rainha. Eles estão me mimando demais.”

“Você merece, Vovó,” eu disse baixinho. “Quero que você seja mimada o quanto for possível. Temos muito para fofocar quando você voltar.”

Minha vovó riu e uma sensação de calor se espalhou pelo meu corpo. Eu sentia tanta saudade dela.

“Oh, mal posso esperar, Bolinho,” ela disse. “Vou voltar logo, tá bom? Você não ficará aí por muito tempo, tenho certeza. Você tem uma mãe incrível que vai encontrar um jeito. Eu tenho certeza disso.”

Eu olhei para minha mãe e sorri.

“Eu sei,” eu disse enquanto me aproximava da minha mãe e encostava minha cabeça em seu ombro. “Ela é a melhor.”

Minha mãe sorriu e envolveu seus braços ao meu redor. Ela beijou minha testa e acariciou minhas costas gentilmente.

“Você pode passar o telefone para o seu pai de novo, Bolinho?” minha vovó perguntou. “Preciso conversar com ele sobre alguma coisa.”

Eu olhei para meu pai e ele estendeu a mão para o telefone imediatamente.

“Claro, Vovó,” eu disse. “Eu te amo muito.”

“Também te amo, Bolinho,” ela disse suavemente.

Eu passei o telefone para meu pai. Ele pegou e se afastou um pouco para falar com minha vovó.

“Onde estão os outros?” perguntei.

“Anna está fazendo o almoço,” minha mãe disse enquanto passava os dedos pelos meus cabelos. “Os pais do Hunter foram correr. Já faz um tempo que eles não se transformam e os lobos deles estão agitados. Andrew e Mason estão no quarto garantindo que não esquecemos de nada.”

Eu assenti e me soltei da minha mãe. Alex me puxou de volta para ele imediatamente. Eu passei meu braço ao redor da sua cintura e olhei para cima, para ele. Eu sorri e encostei minha cabeça em seu peito.

“O quarto está pronto?” perguntei e o Alex se tensionou.

“Está,” ele disse. “Eu pensei que poderíamos passar o resto do dia juntos. Você pode ir para lá à noite.”

Eu queria ir agora. Eu já estava à beira de mudar de ideia e sabia que seria mais difícil para mim ir para lá se eu ficasse com eles mais tempo.

“Eu quero ir agora, Alex,” eu disse baixinho. “Vai ser mais difícil depois.”

Alex apertou os braços ao meu redor. Eu passei a mão nas costas dele e olhei de novo para ele. A dor que eu vi em seu rosto quase me fez gemer. Eu dei a ele um sorriso tranquilizador.

“Eu coloquei o seu cobertor favorito lá,” Alex disse baixinho. “Tem mais no armário se você passar frio.”

Meu coração se apertou. Eu assenti e respirei fundo.

“Tem mais alguma coisa que você quer que eu leve para você?” Alex perguntou e eu sacudi a cabeça.

“O meu cobertor é tudo de que eu preciso,” eu disse, dando a ele outro pequeno sorriso.

O cobertor que ele estava mencionando era, na verdade, dele. Ele me emprestou quando éramos crianças enquanto eu lutava contra um ataque de escuridão muito ruim. Eu nunca devolvi para ele. Ele se tornou meu consolo e eu não pude deixá-lo para trás.

Alex inclinou-se e beijou minha testa. Eu o soltei e olhei para minha mãe.

“Você pode me dar alguns dos seus livros, Mãe?” eu perguntei a ela. “Eu gostaria de aproveitar meu tempo lá dentro. Talvez eu encontre algo.”

Minha mãe me deu um pequeno sorriso e assentiu.

“Eles já estão lá, querida,” ela disse.

Eu sorri e olhei para meu pai, que se aproximou de nós.

“A vovó está bem?” perguntei e ele me deu um pequeno sorriso.

“Ela está bem, princesa,” meu pai disse enquanto estendia a mão para mim. “Ela só queria me explicar os próximos passos.”

Eu assenti enquanto caminhava para seus braços e o abraçava com força. Eu respirei fundo e deixei que o cheiro familiar do meu pai me acalmasse.

“Você está pronta, querida?” minha mãe perguntou e eu assenti.

Era hora de eu voltar para lá. Eu tinha total confiança que minha mãe encontraria um jeito em breve. Eu tinha total confiança de que eu estaria de volta nos braços de minha família dentro de alguns dias.

Eu tinha que acreditar nisso. Não podia me permitir acreditar em mais nada.

Eu estaria de volta com minha família em breve. Eu tinha certeza disso.