Vendida ao Alfa Bestial - Capítulo 84
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- Capítulo 84 - 84 Justo 84 Justo VALERIC respirou fundo como se estivesse
84: Justo? 84: Justo? VALERIC respirou fundo, como se estivesse exausto de falar, e deu passos para trás em direção às escadas.
A mulher, Sra. Rosa, olhava para o chão, suas lágrimas formando bolhas. “Eu… eu não tenho poder. Eu não posso fazer nada, e estou com medo também. Eu não sei o que poderia ter feito mesmo que tentasse.”
Mas Valeric não parou. Ela o observou desaparecer completamente de sua vista sem olhar para trás uma vez sequer, e ela desabou, suas mãos cerrando sua camisa ao lado.
“Mãe.” Nix avançou em direção a ela. “Está tudo bem. Valeric está só com raiva, e você sabe como ele pode ser temperamental. Você não precisa levar o que ele disse a sério.”
Ela levantou a cabeça para olhá-lo. “Você também me odeia, não é? Quer dizer… eu devo ter machucado todos vocês. Eu nem consegui cuidar direito de você e da Jasmine depois que sua mãe faleceu. Tenho certeza que ela deve estar decepcionada comigo também.”
“Não, não, isso não é verdade.” Ele agarrou as mãos dela e sorriu, tranquilizador. “Valeric só está com raiva, e vai se acalmar. Ele pode ser como um muro de gelo, mas… ele é quente, eu sei que é. E não se preocupe, vou falar com ele e ver se consigo que ele lhe ouça, tá?”
Sra. Rosa sorriu dolorosamente para ele e se aproximou para dar-lhe um abraço. “Eu ouvi que ele se casou. Isso é… verdade?” Ela se afastou para olhar em seu rosto, e Nix, se sentindo culpado por não ter contado, desviou o olhar pedindo desculpas. “Ele se casou.”
“Oh…” Sua voz se extinguiu. “Entendi.”
“Sinto muito por não ter lhe contado antes, foi só que…”
“Não, não, tudo bem, filho.” Ela acenou com as mãos para ele, rindo suavemente. “Tenho certeza de que ele não teria querido que você me contasse de qualquer forma.”
Nix não respondeu à declaração. Ela deu um suspiro leve e acariciou sua bochecha. “Você é um bom filho e um bom irmão. Eles só escutam você, então… cuide dos dois para mim, ok? Especialmente do Valeric, ele precisa de você, hm?”
“Eu sei.”
“Obrigada.” Ela agarrou as duas mãos dele e deixou um beijo suave no dorso antes de virar-se e se afastar. Nix observou ela se afastando, e um suspiro triste escapou dele. Ele olhou para as escadas por onde Valeric tinha saído e caiu no sofá, cansado e preocupado.
Quem sabe o que o pai deles iria fazer em seguida? Não parecia que a conversa do Valeric com ele tinha ido bem, e ele tinha um pressentimento muito ruim sobre todo o assunto.
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Stella não conseguiu dormir naquela noite inteira, e mesmo de manhã, quando acordou do pouco sono que conseguiu ter, ela não se sentia nem um pouco cansada, mas em vez disso, olhou ao redor e correu escada abaixo, na esperança de que Valério estivesse em casa. Mas, para sua decepção, ele não estava em lugar algum.
Ela checou o telefone, na esperança de que ele tivesse ligado, mas seu humor piorou ao ver que não havia nem sequer uma chamada perdida. Ele nunca… ligava.
Seus braços caíram cinicamente ao lado de seu corpo, e ela virou-se para subir as escadas de novo, no entanto, ela encontrou Maureen, que deu meio sorriso para ela e fez uma pequena reverência. “Sra., seu café da manhã estará pronto em breve. Descerá logo?”
Ela balançou a cabeça negativamente para ela com um sorriso forçado. “Não. Eu realmente não estou com fome.” E sem dar a ela a chance de responder, ela saiu às pressas, subindo as escadas de volta ao seu quarto para bater a porta. Ela respirou fundo e caminhou lentamente para sentar-se na cama.
Talvez ele estivesse ocupado. É por isso que ele não ligou. Não há necessidade de se preocupar. Ele prometeu voltar para ela essa manhã. Sim, ele estava bem, com certeza não havia nada errado.
E assim ela tentou se convencer, esperando não entrar em pânico de jeito nenhum. Ela já tinha perdido o apetite e desistiu de comer, sabendo que vomitaria com a súbita náusea que se acumulava em seu estômago devido à preocupação.
“Tenho certeza de que ele está bem. Não há necessidade de se preocupar.” Ela se deitou de novo na cama e puxou o duvet sobre si. Dormir era uma boa ideia. Talvez na próxima hora que ela abrisse os olhos, ele pudesse estar em casa, ainda era muito cedo de manhã mesmo.
———
À mesa de jantar, Sra. Rosa sentou-se ao lado de Nix, de frente para Diego, cujo rosto estava baixo. Ela estava o encarando, seus dentes mordendo o lábio como se não soubesse como começar uma conversa com ele.
Valeric não estava entre eles, e estava claro que o homem não tinha intenção de jantar com eles. “Val não vai se juntar a nós?”
Nix deu uma olhada e desviou o olhar um segundo depois.
“Bem… parece que não. Mas talvez ele simplesmente não esteja com fome. Quero dizer, todos nós sabemos que ele não come muito.”
“É mesmo?”
“Acho que sim.” Ele tentou oferecer um sorriso.
Diego ainda não falava ou mesmo pegava a colher para comer.
“Diego. Filho,” chamou Sra. Rosa, na esperança de que ele a olhasse, mas mesmo assim, o jovem não respondeu ou sequer tentou. Nix apertou entre as sobrancelhas, sabendo que isso não os levaria a lugar nenhum.
“Mãe, hum, o Diego ainda está muito abalado. Talvez devêssemos deixá-lo se recuperar só por um pouco mais de tempo. Eu não acho que ele possa-”
“Mas eu quero que ele fale comigo,” ela disse. “Ele é meu filho. Eu não ouço a voz dele desde ontem à noite, e ele nem ao menos olha pra mim. Isso não parece justo. Não posso ter dois dos meus filhos com raiva de mim. Não é justo.”
“Justo, você diz?”
Sua voz finalmente ressoou, e tanto Nix quanto sua mãe olharam para ele. “Diego,” ele chamou.
Ele não falou de novo, mas permaneceu em silêncio como se falasse, isso arruinaria todo o jantar. Sra. Rosa levantou-se da cadeira com um sorriso caloroso e caminhou para sentar-se ao lado dele com um sorriso. “Diego.” Ela agarrou suas mãos. “Mãe está aqui. V-você deveria comer e-”
“Não me toque.” Diego levantou-se da cadeira e procedeu para sair da sala de jantar, mas o chamado de Nix o fez parar.
“Diego, não saia dessa sala.”