Vendida ao Alfa Bestial - Capítulo 80

80: Você o ama? 80: Você o ama? “Meu pai quer falar comigo”, as palavras apertadas de Valeric vieram de maneira a suspirar em apreensão. “E se eu não for, ele vai machucar o Diego. Nix está do lado de fora da casa, mas a segurança não deixa ele entrar.”

Não houve reação, nenhum tremor, e Stella permaneceu absolutamente imóvel com os olhos cravados nele como se não pudesse processar a situação. “Você vai me deixar aqui sozinha até amanhã?”

O homem apenas respondeu, “Sim.”

Ela o encarou por um longo, muito longo tempo, e aos poucos, seus olhos brilharam. Ela sorriu, seus lábios se curvando de maneira cínica. “Entendi. Você não vai me levar com você se eu pedir, vai?”

“Não.”

“Tudo bem.” Ela se virou, querendo caminhar até a cama e sentar-se, mas Valeric agarrou sua mão, girando-a para que ela olhasse para ele. “Apenas me espere. Eu voltarei para você amanhã de manhã. Me ligue se algo acontecer, e eu também estarei aqui. Tudo bem?”

Embora isso não fosse o que ela queria ouvir, ainda era o suficiente para ela lidar enquanto esperava, então ela assentiu com a cabeça.

O homem acariciou sua cabeça, pegou seu casaco e saiu do quarto para descer as escadas. Ele estava caminhando até o hall de entrada para sair do prédio quando ouviu subitamente passos de corrida familiares seguindo-o. Ele parou e virou-se, apenas para ver Stella que também parara, seu peito subindo e descendo pesadamente.

“Você vai voltar para mim, certo?”

“Hm.” Embora confuso, Valeric assentiu. “Eu voltarei para você.”

“Me prometa.” Ela estendeu o mindinho, esperando pelo dele. Valeric, que não entendeu o que ela estava fazendo, baixou o olhar para o dedo dela e inclinou a cabeça para o lado, sem entender. “Eu não compreendo.”

Ela se aproximou dele e agarrou sua mão, entrelaçando seu mindinho com o dele. “E então? Me prometa.”

Algo agitou-se por trás dos olhos de Valeric, suave e gentil, e ele pegou a mão dela. “Leve isso.” Ele desbloqueou a pulseira dourada que estava em seu pulso e a prendeu no dela, ajustando o comprimento para o pulso fino dela. “Isso deve bastar. Eu voltarei para você, pequena esposa. Me espere.”

Stella olhou para a pulseira. “O que é isso?”

“É muito importante para mim. Mantenha-a segura.”

E ele virou-se, saindo da casa. Ela olhou e deu alguns passos hesitantes para a frente, com vontade de correr atrás dele e abraçá-lo. Sentia como se pudesse não vê-lo novamente. Havia apenas essa sensação picando seu peito de maneira ruim, e ela não gostava disso de jeito nenhum.

De forma alguma ela conseguiria dormir, sabendo que esse homem talvez não voltasse para ela de manhã. Ela mordeu o lábio inferior e não deixou a entrada até o carro sair do terreno.

Assustando-a de volta à realidade estava a voz de Alex, que surgiu do nada.

“Jovem senhorita?”

Ela virou e piscou ao ver ele se aproximando. “Não é nada.” Ela balançou a cabeça para ele e começou a apressar-se para subir as escadas, mas a pergunta de Alex a fez parar.

“Ele te machucou?”

Ela se virou para olhar para ele. “Pare.”

“O quê?”

“Já basta, Alex.”

Alex oscilou o olhar, confuso. “Jovem senhorita… Eu disse algo errado?”

As mãos de Stella se fecharam em punhos, e ela ergueu a cabeça para encará-lo nos olhos. “Eu estava errada, você estava errado, e todos nós estávamos errados. Ele não é assim, Alex. Ele não é o que você pensa. Ele é diferente, ele é um bom homem. E mesmo que pareça complicado, eu prometo, ele não é assim, e ele nunca me machucaria. Ele nunca fez isso e nunca fará. Então, por favor, pare, eu imploro.” Ela virou-se, correndo em direção às escadas.

“Você o ama?” Alex questionou, fazendo-a parar bruscamente. Ela se virou rapidamente para ele, com uma expressão de confusão no rosto. “O que você quer dizer com isso?” ela perguntou.

O homem omegânico deu de ombros. “Olhe para você, jovem senhorita. Suas palavras, o olhar em seus olhos — isso não é algo que você sente por alguém que não ama. A maneira como você fala dele, você nunca falou assim de ninguém, nem mesmo do Vincent. A maneira como você o defendeu, isso é algo que nunca vi você fazer antes.”

“Jovem senhorita.” Ele deu um passo mais perto. “Se fosse você, quando chegou aqui contra a vontade e cheia de ódio, você nunca teria feito ou falado dele dessa maneira com tanto brilho nos olhos. Você pretende deixá-lo algum dia? Eu duvido. Parece que você realmente gosta de estar com ele. Quero dizer, você ri muito de um jeito que nunca vi quando estava com sua família.”

“Eu mal vi você sorrir, mas agora vejo você sorrir e rir o tempo todo, e na verdade, eu estou muito feliz por isso. Afinal, eu quero o melhor para você, e ele parece te fazer muito feliz. Mas eu quero perguntar, você ainda ama o Vincent, ou agora ama ele? O Sr.Valeric Jones?”

“Você—” Stella sacudiu a cabeça, suas mãos tremendo e seus pés recuando polegada por polegada. “Isso não é verdade. Eu não amo o Valeric, e eu só estava sendo honesta quando disse que ele era um bom homem. Eu não sei sobre o que você está falando!”

Virando-se, ela correu escada acima e correu em direção à porta.

Alex observou e suspirou suavemente. Não iria matá-la ser honesta consigo mesma. Mesmo com o Vincent a quem ela dizia amar, ela nunca havia sido como estava com o Sr. Jones. Ela raramente sorria para Vincent. Realmente não importa quem seja. Tudo o que ele quer é que ela seja feliz, em algum lugar, com alguém que nunca a machucaria. E já que o Sr. Jones parece ser esse tipo de homem, não havia nada com que se preocupar.

Embora… ele ainda estava em dúvida.

Um suspiro suave escapou de seu nariz, e ele se virou, deixando o hall de entrada para caminhar até seu quarto.