Vendida ao Alfa Bestial - Capítulo 68
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68: Abandone-a 68: Abandone-a O homem não tinha respostas para aquelas perguntas. Nem ele conseguia explicar como tinha sido tão afetado a ponto de se sentir tão vulnerável na frente de sua esposa. Ele jamais realmente queria que ela o visse daquela forma. Ele mesmo já era considerado estranho pela maioria das pessoas, e tinha certeza de que ela pensava o mesmo, mesmo que ela nunca demonstrasse ou dissesse. Seu colapso provavelmente já tinha piorado as coisas.
“Já fazem quatro anos desde que você teve esse tipo de colapso. O que fazemos? Precisamos ligar?”
“Estou bem”, Valeric disse. “Eu interpretei mal o que vi nos olhos dela. Estou bem. Não vou passar por isso de novo e ter que ficar horas sozinho comigo mesmo.”
“Mas você sabe que é a única forma de você se curar. Você tem que-”
“Você quer que eu abandone ela?”
“Val-”
“O que você acha que vai acontecer com ela se eu tiver que voltar para aquela jaula sozinho? Quanto tempo você acha que vai levar para eles me deixarem sair? Não quero ir para lá por vontade própria. Não preciso entrar lá, Nix. Eu vou ficar bem. Estive bem por quatro anos, e foi apenas um gatilho. Não é tão ruim, e você não precisa se preocupar comigo ou me convencer a ir lá por vontade própria. Você não sabe o que eles fazem comigo lá. É mais que tortura, e eu nunca poderia ver a luz lá dentro. Você sabe que eles estão sob nosso pai, e eles nunca vão pegar leve comigo. Stella ficará sozinha, vou machucá-la de novo.”
“…Eu não posso abandoná-la.”
“Valeric.” Nix o abraçou, puxando-o para si. “Foi apenas uma sugestão. Não é nada mais do que isso. Se você não quer ir, então você não tem que ir.”
Tudo o que ele fez foi assentir. “Não conte ao Diego.”
“Você sabe que ele vai perguntar.”
“Não conte a ele ou à Jasmine.”
“Val, você sabe como eles são. Eles vão perguntar, vão me atormentar, e-”
“Não conte a eles.” Ele estava decidido.
Nix olhou para ele com os lábios entreabertos cansadamente antes de ceder com um suspiro. “Tudo bem, tudo bem. Eu não vou contar a eles.”
Ambos respiraram fundo ao mesmo tempo, e como se tivesse pensado em algo, ele o olhou. “Você contou a ela?”
“Contar o quê?”
“Sobre a água e as coisas?”
“Não.”
“Por quê?”
“Vou tentar outra hora.”
“Espere,” o homem pausou. “Você tem medo de ter uma conversa com sua esposa?”
“Não, eu não tenho.” Valeric franziu a testa.
“Hm, pensei que sim. Vocês dois pareciam estar se entendendo bem comparado a antes.”
“Certo. Eu só não sei o que dizer a ela na maior parte do tempo. Ela fala bastante, e eu gosto. Eu curto, mas nunca sei o que dizer em troca. Prefiro ouvir em silêncio.”
“Desvende-me, mas eu acho que ela pode estar ciente disso. Se não estiver, eu não acho que ela falaria tanto perto de você. Além disso, parece que ela gosta desse jeito. Ela fala o que bem entende, e você está lá para ouvir o tempo todo, não importa o quão ridículo possa parecer na maior parte do tempo. Eu suponho que é assim que você a conhece bastante, apesar do seu silêncio na maior parte do tempo.” Nix riu, seus olhos cinzentos percorrendo as árvores ao redor do complexo. “Eloise é assim. Ela fala demais, na maioria das vezes, eu não tenho ideia do que dizer e apenas escuto. E eu rio quando é engraçado demais para segurar.”
Um suspiro suave. “Você tem uma ótima esposa, Valeric. Pode ser muito trabalho duro agora e bastante conturbado, mas … ela é boa para você. Perfeita, na verdade. Não tenho certeza de como explicar.”
Valeric não fez um comentário, mas seus olhos se suavizaram com essas palavras. Ele sentiu a brisa bater bruscamente contra ele, e ele alvoroçou seu cabelo, cobrindo a cicatriz para torná-la menos exposta.
“Certo.”
———
Após encarar o teto por cinco minutos seguidos, Stella se sentou abruptamente na cama, respirando fundo. Ela nem mesmo tinha encontrado coragem para descer daquela cama e pôr os pés no chão.
Valeric. Droga. A beijou. DE NOVO!!
Por mais que ela não pudesse compreender o que estava acontecendo, ela sentia como se estivesse flutuando—como se estivesse em um sonho. Isso era diferente de tudo o que ela já havia vivenciado antes. Qualquer beijo que ela teve com Vincent parecia tão monótono que era como se ela tivesse beijado pela primeira vez, do tipo mágico que você só sonharia. Ela pensava que o último beijo a tinha afetado, mas isso estava além de algo que ela pudesse explicar sem dar voltas.
É estranho—completamente estranho porque ela não acha que gostava de Valeric o bastante para aproveitar um mero beijo assim. Havia apenas algo sobre isso—algo sobre ele. Ela nem mesmo pensa nele tão profundamente, mas ele a faz sentir como se ela fosse algo. Como se ela não fosse uma ômega recessiva sem valor e fraca, desesperada por ser desejada.
Como era possível que alguém que ela já odiara das profundezas de seu ser pudesse despertar tais emoções profundas?
Ela enterrou o rosto nas palmas das mãos, sentindo como se estivesse enlouquecendo completamente. E quanto a Vincent? Por que ela está se sentindo assim quando existe Vincent? E por que esse sentimento de borboletas parece desaparecer sempre que ela pensa em Vincent? Ela mordeu o lábio inferior e deu um tapa na própria testa, lembrando de repente como o homem tinha mordiscado nele.
Cada pequena ação a fazia lembrar dele.
Ela desabotoou um pouco a camisa de pijama e olhou para o ombro, bem certa de que estaria cheio de chupões. E claro, havia um—um deles, que até estava roxo, claramente a parte onde ele tinha mordido.
Seu rosto inteiro pegou fogo de tão vermelho que ela teve que cair de volta na cama, enfiando o rosto no travesseiro. Ninguém, absolutamente ninguém, nem mesmo Vincent, tinha feito isso com ela, e lá estava Valeric deixando aquelas marcas nela. E ela não se incomodou em impedi-lo até que ele eventualmente a mordeu e a fez voltar aos seus sentidos.
Argh! Droga. O que ele está fazendo com ela? Ela não deveria ter gostado, nunca deveria ter. Era-
“Esposinha?”