Vendida ao Alfa Bestial - Capítulo 18

18: Ninguém Pode Machucá-la 18: Ninguém Pode Machucá-la NIX ergueu uma sobrancelha.

“Não olhe para mim. Eu não sou o Valeric.”

“Mas eu vim da nossa casa até aqui,” continuou Diego. “Eu esperava um abraço seu, Valeric. Você sabe como é assustador viver perto daquele velho?”

Eles se acomodaram, e Valeric sentou-se em sua cadeira de escritório, seu paletó pendurado no cabide perto da janela.

“Eu te pedi para morar comigo, não pedi?” Nix disse isso com um traço de desdém em seu tom.

“Por que eu moraria com você? Eu não gosto de você, você é muito mesquinho,” disse Diego, voltando sua atenção para Valeric. “Mas se o Val me pedisse, eu aceitaria. Ele não é mesquinho como você!”

O olho de Nix deu uma contraída. “Se eu sou mesquinho, a palavra nem deveria mais existir. Idiota!”

“Fale consigo mesmo.” O homem mais jovem zombou, e como se tivesse dupla personalidade, seus olhos violetas escureceram, e ele olhou para Valeric. “Eu ouvi que você casou, Val.”

Valeric não respondeu.

“Você sabe que o nosso velho vai se livrar dela se descobrir. Isso se já não se livrou.”

“Ele ainda não se livrou,” Nix acrescentou.

O olhar de Diego escureceu, e ele tirou o celular do bolso para jogar nele, com as pernas cruzadas. “E quando ele descobrir? Você vai conseguir protegê-la?”

“Vou,” Valeric finalmente disse.

Nix olhou para ele. “Eu realmente espero que ele não descubra. Seria muita encrenca.”

“Mas por que você fez isso, afinal?” Diego investigava, seus dedos batendo rapidamente na tela do celular.

“Fez o quê?”

“Casou.”

“Do que você está falando?”

Um suspiro suave escapou do jovem. “Nós sabemos como nosso pai está te punindo. Ele forçaria você a escolher um ômega, e quando você escolhe, ele os joga fora para te irritar. Então ele procede em fazer um artigo sobre isso, pintando você como o vilão perante a mídia e a nossa raça inteira. Agora você é como o inimigo de todas as famílias e ômegas lá fora. Eles fariam negócios com você e se associariam à sua empresa, mas nunca pensariam em dar a filha deles para você.”

“Me diverte que ele nem sequer as mate,” ele continuou. “Mas então, ele pinta como se esses ômegas estivessem mortos. Ele os joga fora e os ameaça para manter a boca fechada. O Pai está indo longe com sua crueldade. Tudo isso é só para te irritar. Isso me faz pensar que família mesmo deu a filha deles para você. Eles devem ser-”
“Ela é um ômega recessivo,” Nix interrompeu.

“Hã?!”

“A Família Ferguson.”

“Ah, eles não tinham duas filhas ômegas puras? Uma loira e uma morena.”

“Não apenas duas. Há outra filha, a do meio. Mas ela é invisível por ser um ômega recessivo, então ninguém a conhece.”

Diego finalmente tirou os olhos de seu celular e voltou-se para Valeric. “Uma ômega recessiva?”

Valeric assentiu.

“No que você estava pensando?”

“Foi o que eu disse a ele também.” Nix deu de ombros.

Valeric desviou o olhar deles e abriu seus documentos para assiná-los.

Os cantos da boca de Diego contraíram-se enquanto nervosismo o invadia abruptamente. “O Pai odeia ômegas recessivos. Com certeza ele a matará se descobrir sobre ela. Você já o irritou agindo sem a permissão e consentimento dele. Sabe, ele quer nos controlar como fantoches, e você cortou o último fio que ele tinha sobre você. Ele-”
“Eu não me importo,” Valeric disse friamente. “Eu vou mantê-la segura.”

Os olhos de Nix centelharam em direção a Diego. “A esposa dele o odeia, aliás.”

“Hã?”

“Sim. Nós estamos tentando descobrir um jeito de fazê-la se afeiçoar a ele. Caso contrário, nem protegê-la será possível.”

Valeric franziu a testa para os dois. “Não importa. Vou fazer as coisas por conta própria.”

“Me belisca!” Diego irrompeu em risos e jogou a cabeça para trás. “Sua esposa nem mesmo gosta de você? O que diabos está acontecendo? O que você fez com ela?”

Nix olhou para ele fixamente. “Você não tem graça, Diego. O irmão vai-”
“Ooo, trema nos timbres, Valeric.” O jovem homem envolveu os braços ao redor de seu corpo como se estivesse com frio. “Você é engraçado, você não acha? Agora, eu me pergunto por que você é ruim em fazer sua esposa se afeiçoar a você. Você é engraçado sem tentar. Como pode ser difícil?”

“Diego! Você vai se machucar-”
“Você acha que isso vai funcionar?”

Valeric perguntou, genuinamente curioso.

“Hã?” Diego e Nix olharam para ele. Devemos dizer a ele?

O homem mais jovem deu um sorriso nervoso, olhando ao redor da sala como se estivesse procurando algo. Ele não acredita em mim, certo? O que diabos faz ele pensar que um cara grande, frio e sem carisma como ele poderia ser engraçado?

Nix nem precisou perguntar. Ele podia dizer o que Diego estava pensando pelo modo como ele olhava para Valeric com uma careta.

“O quê?” As sobrancelhas de Valeric se aprofundaram em uma carranca.

“Nada.” Diego balançou a cabeça, resistindo à vontade de rir. Assim que se acalmou, perguntou abruptamente, “Já considerou implorar ao nosso pai? Para ele te perdoar, e talvez tentar não ir contra ele mais? Digo, tenho certeza que isso tornaria as coisas mais fáceis para você, e a vida não-”
“Diego!” Nix estava ao lado do homem em questão de um segundo e desferiu um soco em sua bochecha. “Você perdeu o juízo? Quer perder seus dentes, porque se sim, eu posso muito bem te ajudar?”

“Não irrite ele pra caralho, tenho certeza que você não é novato em saber como é ruim o temperamento dele!”

O ar na sala mudou completamente.

Valeric deu as costas para eles e sentou-se na beira de sua mesa para olhar pela janela do prédio arranha-céu. “Saiam.”

“Me desculpe…” Diego mordeu os lábios, sinceramente arrependido. “Eu não quis dizer isso. Eu-eu-eu estava só tentando ajudar. Eu simplesmente não tinha certeza do que você poderia fazer para que a-”
“Saiam. Fora.”

Ele ia implorar mais, mas Nix o agarrou pelo braço e começou a arrastá-lo para fora da sala. “Me ligue mais tarde, Valeric.” Ele fechou a porta.

Valeric olhou pela janela e abruptamente pegou a garrafa de água em sua mesa e a arremessou contra a janela, criando um buraco danificado.

“Ninguém pode machucá-la.”