Capítulo 156: Nãoo, destrave
“O lixo sempre será lixo!” Juliette riu junto com ela e no momento seguinte soltou um grito de susto, quando a porta de um dos banheiros se abriu bruscamente. Madalena agarrou o peito e elas viraram, avistando Stella pelo reflexo do espelho.
Um sorriso e Stella fechou a porta para caminhar até a pia. Ela abriu a torneira, lavou as mãos e procedeu a sair sem dizer uma palavra para elas, mas as duas entraram em seu caminho, bloqueando-a de dar mais um passo.
Seus olhos se estreitaram odiosamente sobre elas e ela respirou fundo. “Saia do meu caminho.”
Elas sorriram para ela de cima. “Não,” disse Juliette. “Você realmente tem coragem, sabia? Entrando lá como se fosse alguma espécie de princesa e olhando para baixo para nós. Quem você pensa que é? Vadia vendida!”
As mãos de Stella se fecharam em punhos. “Saia do meu caminho. Não me faça repetir novamente.”
“E o que você vai fazer se a gente não sair?” Madalena questionou. “Seu pedaço de merda frágil! O que você consegue fazer com esse corpo fraco que mal consegue aguentar uma queda simples. Aposto que eu posso te machucar só de te dar um tapa. E esse vestido?” Ela riu. “Não deveria estar no seu corpo. Um lixo como você não deveria vesti-lo. O Sr. Jones está desperdiçando dinheiro com você.”
Foi um ato sem pensar, mas ela agarrou a manga do vestido de Stella, puxando-o para baixo para rasgá-lo, no entanto, o que ela não esperava era o tapa ressonante que aterrissou quente em seu rosto, mandando-a cair sentada no chão. Ambas, ela e a irmã, estavam chocadas, encarando-a com os olhos arregalados.
“Não estava com coceira para me dar um tapa na cara,” ela questionou, com o canto dos lábios curvando-se malignamente. “Bem, levante-se, vadia. Venha e tente, o pai não ficará nada feliz em ver esse rostinho bonito seu desfigurado por um lixo como eu. Na verdade, acho que seria melhor se eu estragasse os dois lados, assim, você ficaria feia dos dois lados. O que acha?”
“Como você ousa tocar na minha irmã-” Juliette foi agarrada pelos cabelos antes mesmo de conseguir reagir. E não houve chance dela registrar alguma coisa, porque Stella bateu a cabeça dela contra a pia, sem se importar que o impacto fosse acabar estourando sua testa.
“Você acha que eu tolerei seus maus-tratos porque eu não podia fazer nada?” ela zombou delas e se agachou na frente da Juliette, que estava no chão com as mãos na testa sangrando. “Escute aqui, eu só deixei você pisar em mim porque eu não podia dar ao luxo de ser expulsa de casa. Não teria para onde ir, ao contrário de vocês, meninas mimadas que conseguem tudo de mão beijada como se fossem donas do mundo. Me comportar e venerar vocês como se fossem deuses era tudo o que eu podia fazer pela minha sobrevivência.”
“Você acha que eu não poderia te bater se eu quisesse, só porque sou uma Ômega recessiva?” Ela começou a rir, que eventualmente transformou-se em uma risada tão forte que ela teve que enxugar as lágrimas do canto dos olhos, então agarrou Juliette pelos cabelos. “Você pode correr para o nosso pai e contar a ele o que eu fiz com você também. Vou esperar ele me encontrar, e então eu darei a ele a sua própria parte num prato dourado. Vocês todos vão pagar, uma por uma, marque minhas palavras!”
Ela se endireitou, caminhou até a pia e lavou o sangue das mãos. Um sorriso se desenhou em seus lábios e ela olhou para baixo, para elas, dizendo, “Faça mais uma coisa por mim, diga ao pai, eu disse, foda-se ele!”
“Com o dedo do meio, é claro,” ela acrescentou. “Aposto que todos vocês pensaram que eu estaria morta até agora. Pois é, não aconteceu como ele queria. Estou de volta e melhor, muito melhor do que qualquer um de vocês jamais será. Até eu estou surpresa como tudo acabou assim, verdadeiramente, estou.” E ela suspirou antes de passar por eles e sair. “Você deveria tratar essa cabeça, querida irmã, ou sua testa vai precisar de pontos. Você vai parecer um cadáver.”
O som da porta batendo assustou-as e Madalena imediatamente se levantou, correndo para ajudar Juliette a levantar do chão. “Ju, você está bem?”
“Pai, onde está o pai? Precisamos encontrar o pai!” Juliette gritou, assustada e com dor. Seu rosto estava uma bagunça sangrenta e Madalena teve que limpar seu rosto com um lenço e colocar a roupa sobre sua testa.
“Vamos, vamos encontrar o Pai. Você precisa de tratamento. Não podemos esperar quase três dias antes de você poder se curar.”
Juliette fungou, lágrimas correndo pelo rosto.
“AHH!!! Eu vou matá-la! Eu vou matá-la!”
——
Alex pegou o copo de vinho alcoólico, fazendo careta para o gosto amargo. Como eles conseguem consumir algo tão repulsivo? Ele foi rápido em devolver o copo, mas ao se virar, deu de cara com um jovem alfa sorridente.
“Olá, bonitão.”
Ele fez careta para a palavra bonitão e teve vontade de socar a cara do homem. Por que ele o estava chamando de bonitão? Ele parece uma garota por acaso? Ou é porque ele parece um adolescente?
Ele não tinha certeza de por que uma ou outra coisa o irritava e lançou um olhar de desprezo para ele.
“Eu não sou uma mulher, vai se foder!”
“Ah.” O homem ficou surpreso. “Bem, seu rosto—”
“Você está louco? Já viu uma ômega mulher com peito liso e de ternos? Você acha que uma ômega mulher viria aqui de ternos? Não! Eu não acho! Olhe em volta, todo ômega homem como eu aqui está de terno, então qual é o seu problema?”