Vendida ao Alfa Bestial - Capítulo 126

126: Alex? 126: Alex? O homem de meia idade olhou para ela. Ele se aproximou e segurou as mãos dela com uma calor paterno em seus olhos castanhos. “Você é uma boa garota, criança. E sinto muito pelo que você pode ter passado. Ninguém merece ser excluído apenas por algo que não escolheu ser.”

“Obrigada, senhor.” Ela esboçou um sorriso.

“É Senhor Marcos.”

“Obrigada, Senhor Marcos.”

“Você pode pegar o avental de trabalho no vestiário. Você olhou os arquivos que eu te dei, certo?”

Ela assentiu. “Olhei.”

“Você acha que consegue lidar com isso, Stella?”

Ela assentiu, exibindo um sorriso ainda maior. “Você não precisa se preocupar comigo, Senhor Marcos, eu ficarei bem.”

“Tem certeza?”

“Sim.”

“Bem, então, estarei nos fundos. Me chame se precisar de alguma coisa, certo? Não hesite.”

Ela assentiu e observou ele sair da loja pela porta dos fundos. Um suspiro suave escapou de seu nariz e ela se virou, seguindo para o vestiário, antes de sair para começar o seu dia.

Uma hora.

Duas.

Três.

e na quarta hora, Stella mostrava um sorriso enorme no rosto, sentindo-se mais viva do que nunca. Pela primeira vez em toda a sua vida, ela não estava trancada em casa, impedida de sair ou protegida como se não valesse nada.

Ela estava lá, por conta própria, fazendo suas próprias coisas, vendo rostos novos que nunca tinha visto antes e se divertindo com isso. Claro, isso pode parecer bobo para muitas pessoas, suas irmãs definitivamente fariam piada dela se estivessem lá, afinal, quem iria querer fazer esse tipo de coisa quando se tem um marido bilionário que poderia lhe dar o mundo se ela quisesse.

Mas não é isso, não para ela. Ela não ligava para nada disso, o que ela desejava era uma maneira de lutar por si mesma, de dar liberdade a si própria, de se curar e não se afogar em sua própria mente que não mostraria misericórdia a ela não importa o quanto ela implorasse.

Ela duvidava que alguém entenderia e se houvesse uma pessoa para quem ela gostaria de contar, seria Valeric, mas se todos os outros nem mesmo entendiam, como ele entenderia? Ele tinha suas próprias lutas para lidar de qualquer forma. E era melhor ele não saber desse lado dela—esse lado assustado e ferrado que precisava de conserto, para ser melhor.

Um suspiro suave escapou de seu nariz e ela levantou a cabeça, no segundo em que uma sacola de compras foi colocada no balcão.

“Dê-me um segundo e eu irei— ” Suas palavras morreram em sua garganta, no momento em que seus olhos cruzaram com os de um homem que parecia quase com o Nix. Havia diferenças, como o tom de pele, o dele era muito pálido, enquanto o de Nix era moreno. Mas fora isso, eram muito parecidos. Seus olhos eram igualmente cinzentos e até o sorriso que ele exibia era semelhante ao do Nix. Qualquer um pensaria que eles eram quase gêmeos idênticos.

Quem exatamente era ele e o que estava fazendo ali? Ele era parente do Valeric? Mas o homem nunca havia lhe dito que tinha outro irmão além de Nix e Diego? Mas a possibilidade dele ser parente deles era alta. Ela não o havia visto no baile, ainda assim, parecia que sim.

“Olá.” O homem, Anthony, sorriu charmosamente para ela. “Prazer em conhecê-la.”

Stella piscou rapidamente e rapidamente baixou o olhar para as compras. Por que diabos ele estava sorrindo para ela como se já a conhecesse? “Seu total é 399,28.”

As sobrancelhas de Anthony se contraíram, claramente descontente por ela estar ignorando-o como se ele não estivesse lá. Ele tirou seu cartão, entregando-o a ela. Ela estendeu a mão para pegá-lo, mas ele não deixou.

“Senhor, você se importaria de soltar o cartão?”

“Sim, mas você está me ignorando,” ele disse, dando de ombros. “Eu disse, prazer em conhecê-la.”

Ela olhou para ele e fechou os olhos para respirar por um segundo antes de forçar aquele sorriso falso em seu rosto. “Prazer em conhecê-lo também. Você gostaria de soltar o cartão agora?”

“Com prazer.”

Anthony riu baixinho e observou ela trabalhar no computador antes de lhe devolver o cartão. “Obrigado pela compra, espero que você volte novamente.”

“Ah, eu vou.” Ele lançou outro sorriso para ela, mas não pegou o cartão. Em vez disso, virou-se para sair, mas parou e olhou para ela. “Você é muito bonita, por sinal. Gosto dos seus olhos.”

O rosto de Stella empalideceu em confusão, antes de sua expressão lentamente se transformar em uma carranca profunda. “Hum, por favor, não fale comigo dessa forma. Sou casada.” Ela ergueu o dedo, mostrando a aliança para ele.

O homem sorriu ironicamente, claramente desinteressado. “Esse é um anel muito caro que você tem aí.”

“Por favor, pegue seu cartão de volta.” Estava tomando toda a resolução que ela tinha para não perder a paciência com ele. Mas o sorriso falso que ela tinha no rosto estava funcionando bastante bem para manter as coisas sob controle. “Não guardamos cartões dos clientes, então-”
Anthony saiu pela porta de vidro, deixando o cartão com ela. Ela piscou para o objeto retangular e franziu ainda mais a testa. Quem diabos ele era? E por que estava sendo tão estranho e estúpido como se não pudesse sequer ouvir nada do que ela estava dizendo?

Idiota, era tudo o que ela conseguia pensar. Virando-se para a porta que leva aos fundos, ela queria encontrar o Senhor Marcos e entregar o cartão a ele, mas sua atenção de repente foi capturada por alguém familiar se aproximando do balcão.

“Alex?”