Vendida ao Alfa Bestial - Capítulo 121
- Home
- Vendida ao Alfa Bestial
- Capítulo 121 - 121 Não Mais 121 Não Mais Ele estava com medo mas com medo do
121: Não Mais 121: Não Mais Ele estava com medo, mas com medo do quê?
Seu pai, por mais cruel que fosse, estava certo. Um homem como ele não merecia ser feliz, uma besta que havia sido simplesmente domesticada não merecia a esposa que tinha diante de si e definitivamente não merecia aquele sentimento estranho que ela derramava sobre ele sem aviso prévio, apesar de saber que nunca poderia ser correspondido.
Mas do que ele tinha mais medo? Dela, da sua esposa, de perdê-la. Ele sempre perdia qualquer coisinha que pudesse elevá-lo de forma mínima e Stella, era muito mais do que mínimo, era demais e ele tinha medo de que um dia pudesse voltar e ela não estivesse em casa. Ela não estaria em seu refúgio seguro, onde ele sabia que sempre a encontraria.
Ela é a sua salvação—uma da qual ele não podia desistir ou viver sem.
Ele segurou a mão dela, entrelaçou seus dedos nos dela e levou à sua boca para morder suavemente a palma da mão, com um olhar melancólico no rosto.
“O que você está fazendo?” Stella sibilou um pouco, confusão girando em seus olhos. Os olhos do homem se abriram para encontrar os pares azuis dela. “Seus olhos são tão bonitos,” ele murmurou. “Eu quero que você me olhe para sempre, só a mim.”
Os olhos de Stella se arregalaram um pouco com as palavras e seus lábios se entreabriram, mas nenhuma palavra foi dita. Ela estava olhando em seus olhos, observando os pequenos traços de fogo que dançavam como fogos de artifício dentro deles. “Como posso te olhar para sempre? Eu vou dormir, não é?” O sorriso em seus lábios era inevitável.
Ele assentiu.
“Você vai. Mas que tal quando você estiver acordada?”
“Você não precisa perguntar.” Ela passou suas mãos livres pelos cabelos dele, tirando sua máscara no processo. “Você é o único que eu quero olhar.”
O homem aninhou seu rosto na quentura da palma dela, seus olhos gentilmente fechados e seus longos cílios projetando uma sombra na carne abaixo de seus olhos. “Minha esposa.” Ele não conseguia tirar os olhos dela desde o primeiro momento em que a conheceu.
Ele havia pensado naquele momento, enquanto a observava descer aquelas escadas, como algo tão belo poderia existir em seu mundo. Ela havia feito algo nele como um todo e ele sabia, porque não conseguia imaginar deixá-la ir.
Encontrando o olhar dela, a totalidade dela o fez entender o que a palavra belo significava. Entre milhões de palavras que existem, nenhuma, nenhuma delas poderia descrevê-la da maneira que ele desejava.
O sorriso de Stella se ampliou e ela começou a acariciar seus cabelos antes de agarrar seu ombro e se inclinar para abraçá-lo afetuosamente. Ela não podia perder ele, não ele. Não importava o que ela pudesse dizer a si mesma, não importava o quão torcida e patética ela pudesse se achar, ela amava esse homem, ela queria dar a ele todo o calor, o amor, não importava o quão pouco fosse para ele.
Ela o consertaria, não importava o quão duro ou quanto tempo demorasse. Ele era dela… seu único e verdadeiro. Quem se importava que ele era diferente? Quem se importava que ele era falho de tantas maneiras? Ela o amava daquela maneira e não importava o que qualquer um poderia dizer.
Ele estava bem do jeito que era e as partes dele que precisavam de conserto, ela ajudaria…
————
Vincent estava no terraço de seu prédio, o casaco de seu terno pendurado no braço, as mãos enfiadas nos bolsos da calça.
Ele estava olhando para baixo, para os carros, os pedestres caminhando na estrada, no entanto, a única coisa em que ele pensava era Stella. Não fazia sentido, nenhum sentido mesmo que ela o machucasse daquele jeito.
Por que ela escolheria a besta ao invés dele? O que ele poderia fazer por ela que ele não pudesse? Ele estava lá quando ninguém mais estava, ele a amava quando ninguém o faria, ele cuidou dela quando todos a abandonaram, mas assim mesmo, ela virou as costas para ele e o deixou por algum príncipe que não tinha nada de bom a oferecer a ela, exceto uma vida terrível.
A cada momento que ele passava em Iorque, ele pensava nela, ele antecipava voltar e se casar com ela. Claro, ele pode não ser o melhor sempre, mas ele a amava, ele realmente a amava. Ela era dele e ele a quer de volta, ele precisa dela de volta.
Aquela besta não pode simplesmente entrar e tomar o que pertence a ele. Ele era dono de Stella e quem se importava que ela disse que não queria mais vê-lo, ele faria o seu melhor e a faria entender o motivo. Ele a faria perceber que ela está cometendo um erro enorme ao descartá-lo por aquele homem.
Sentando-se em um banquinho, ele puxou um charuto, segurando-o entre os lábios. Ele o acendeu, inalou e soprou uma baforada em pura irritação. Só de pensar no que aconteceu naquele baile o estava deixando louco. Por que ele não a impediu? Por que ele não a arrastou de volta e a fez entender quem era o dono dela?
O que um ômega recessivo como ela poderia fazer mesmo se ele decidisse tomá-la quer ela quisesse ou não? Não era como se ela pudesse lutar contra ele. Um escárnio escapou de seus lábios e ele pegou seu telefone, deslizando o dedo para mostrar a foto dela.
Era a única foto que ele tinha tirado dela antes de partir para Iorque. Ele se apegou a ela como um louco obcecado, esperando para retornar àquela que tinha seu coração, apenas para ela o despedaçar em pedaços como se não significasse nada para ela.
Ela estava realmente enganada se pensasse que poderia machucá-lo assim e seguir em frente como se nada tivesse acontecido. Isso não era possível e nunca seria. Ela teria que voltar para ele quer ela quisesse ou não. E não havia outras opções. Ou ela voltava para ele ou ninguém, nem ele nem aquela besta poderiam tê-la.
Ela simplesmente não sabe até que ponto ele está disposto a ir. Quão enganada ela estaria se pensasse que ele era o mesmo Vincent que ela conhecia. Ele não era mais aquele tipo de homem crédulo.
Nunca mais!