Vendida ao Alfa Bestial - Capítulo 104

104: ANTHONY JONES 104: ANTHONY JONES TODA a atenção ainda estava voltada para o baile, mas por outra porta que dava acesso ao salão, um homem de 1,93m, apenas um centímetro mais baixo que Valeric, entrou, parecido com Nix, e envolto em um terno preto de três peças. Seus cabelos cacheados estavam presos em um coque alto, expondo seu belo undercut que parecia fresco, indicando um retoque antes do evento.

Seus olhos cinzentos se cruzaram com os de Valeric, que não lhe deu atenção antes de pousarem em seu pai, que tinha uma expressão profundamente carrancuda no rosto, claramente insatisfeito com sua demora.

“Ahh, acho que perdi o evento principal.” O jovem era Anthony Jones, o terceiro filho, vindo apenas depois de Nix. Ele caminhou com um sorriso após se curvar para Alpha Adam e sentou-se ao lado de Nix. “Olá, irmão.” Mas Nix não lhe deu atenção. “Não vai me responder, né?” ele disse, rindo sarcasticamente. “Tudo bem. Afinal, eu não sou o Valeric, a Jasmine ou o Diego. Realmente me pergunto quando você vai parar de me odiar, é bem irritante, sabe.”

“LITERALMENTE, poderíamos ser considerados gêmeos.”

“Sabe, seria bom se você pudesse calar a boca,” Diego repreendeu, sem sequer olhar para ele.

Ele olhou para ele, um olho tremendo de pura irritação. “Com quem você acha que está falando? Seu moleque.”

“Não sou mais moleque do que você.” Diego riu, divertido. “Pelo menos não me comporto todo pomposo como um perdedor. Faria bem para você parar de ser o problemático por uma vez. Não tenho forças para lidar com seus chiliques, e parece que ninguém mais tem.”

Anthony riu secamente para si mesmo, seu aperto no braço da cadeira se intensificando. “É melhor aprender a controlar essa boca, irmãozinho, porque eu realmente vou estourá-la um dia, prometo isso.”

“Ninguém está te impedindo. Por que não tenta?” E Diego finalmente olhou para ele, olho no olho.

“Vocês dois podem parar?” Nix repreendeu baixinho para ambos, fazendo o seu melhor para manter a voz baixa e evitar a atenção de seu pai, que, embora não demonstrasse, eles podiam dizer que seu temperamento estava subindo.

“Foda-se!” Anthony rosnou para Diego, e o homem mais jovem o encarou de volta. “Foda-se você também!”

Valeric não fez um único movimento. Ele apenas sentou-se com as pernas cruzadas e toda sua atenção em Stella. Ele não tirou os olhos dela, nem mesmo quando o baile chegou ao fim. Havia uma vontade de se levantar, caminhar até ela, e levá-la para casa com ele. Ele odiava estar ali, queria voltar para casa com ela, onde eram apenas os dois, mas ele não podia, não até que a cerimônia terminasse.

Um suspiro, bastante suave e alto demais para ser ouvido, soou, e Adam, que claramente ouviu, olhou para ele. “Você realmente odeia estar aqui, não é?”

Nenhuma resposta veio do homem. Ele nem sequer olhou para seu suposto pai, como se o homem não existisse no mesmo espaço que ele. E, sem dúvida, isso irritou o velho de maneira errada. “Então, essa é sua esposa. Você é muito audacioso trazendo-a aqui. Eu elogio isso, filho.”

Ainda assim, nenhuma palavra – nem mesmo uma, pôde ser ouvida do jovem. Parecia como se ele fosse surdo e não pudesse ouvir uma palavra do que seu pai estava dizendo. E qualquer um acharia isso rude, mas não esse homem – não o Sr. Adam.

Ele conhecia Valeric muito bem, ele sempre foi assim, e ele não duvidava nem um pouco que ele ouviu cada palavra que ele disse. Ele provavelmente era o único que poderia ser encontrado quieto diante do perigo, como se não fosse afetado.

Alguns certamente diriam que ele era difícil de ler, e isso era verdade. Seu filho, Valeric, era um homem difícil de ler, e poderia-se dizer que era uma coisa que ele adorava nele. Ele era tão parecido com ele, sentia como se tivesse dado à luz a um segundo ele mesmo. mas se ao menos o garoto apenas o escutasse e deixasse ele controlá-lo – Se ao menos ele se deixasse ser vendado e permitisse que ele, seu pai, o conduzisse como um cão.

Ainda assim, o velho sorriu para si mesmo, sabendo que era apenas uma questão de tempo até o garoto estar exatamente onde ele pertencia, na palma de suas mãos, sob seu controle. Se ele fosse ser o alfa de todos, o primeiro e único alfa supremo, ele tinha que ser como ele. Alguém que não fosse movido pelo amor ou que não tivesse amor para dar – alguém que nunca fosse emocionado por emoções mundanas, um homem ambicioso que buscava mais e mais como se nada pudesse ser o suficiente.

Sim, o garoto não tinha emoções, seu coração era frio como gelo, e ele não sentia nada por dentro, mas quem pode dizer que isso não mudaria algum dia? Quem pode dizer que alguém… Seu olhar cruzou com o de Stella, que estava sentada com Jasmine, bebendo um ou dois copos… Não mudaria e não fod**** seu querido filho – sua criação perfeita na forma exata que ele queria.

Mas ele não pode deixar isso acontecer, pode? Ele tinha que parar isso. Ele tinha que ensinar seu pequeno garoto que, não importa o quanto ele crescesse, ele nunca poderia superá-lo. Ele sempre estaria em suas correntes, e nada, nada mesmo, o desviaria do caminho que ele havia traçado para ele.

Não importa se ele tivesse que fazer isso à força, não é como se ele não tivesse feito isso antes, muito pior, de fato. O garoto enlouqueceu naquela época e teve que ser enjaulado por anos, sem a capacidade de vislumbrar a luz do sol.

Ele não conseguia distinguir noite ou dia. Não conseguia ver ninguém, nem seus irmãos nem sua mãe, e era muito divertido ouvi-lo contar cada segundo com a intenção de acompanhar quantos dias ele havia passado lá.

Mas os dias eventualmente se transformaram em semanas, semanas se transformaram em meses, e meses se transformaram em um ano, e antes que ele percebesse, ele havia passado cinco anos de sua vida dentro da jaula, completamente sozinho e por si mesmo, abandonado por sua própria mãe, que afirmava amá-lo.