Unidos ao Príncipe Cruel - Capítulo 907
Capítulo 907: Onde está Aldric?
A tensão no palácio era tão espessa que era sufocante, enquanto soldados apressavam-se pelos corredores, cada movimento carregado de urgência.
Valerie havia dado ordens estritas para cercar o palácio e não, sob quaisquer circunstâncias, permitir que o desacreditado Fae sombrio, Aldric, ganhasse entrada. O palácio estava em estado de alerta máximo, com soldados estacionados em todos os possíveis pontos de entrada.
Valerie estava discutindo sua ascensão com pequenos e confiáveis membros do conselho real do Tribunal de Verão quando uma mensagem chegou do General informando que Aldric havia escapado.
Descobriu-se que Valerie havia ordenado ao general para manter Aldric ocupado, para não lhe dar nem mesmo um momento para respirar, pelo menos até que sua ascensão ao trono estivesse completa.
Infelizmente, o espião de Aldric — Isaac — que havia se infiltrado no palácio também conseguiu escapar. Então, quando o general enviou a notícia sobre a liberdade de Aldric, Valerie soube que era apenas uma questão de tempo até que Aldric chegasse ao palácio.
Aldric era agora um Fae desgraçado, despojado do direito de reivindicar o trono de Astária. Alguém poderia pensar que isso aliviaria as preocupações de Valerie, mas ele sabia que havia vencido por meio de engano. Se essa verdade viesse à tona, tudo o que ele havia conquistado escorregaria por entre seus dedos.
Eles estavam plenamente cientes de que Aldric possuía um medalhão que permitia uma entrada mágica, mas o palácio estava protegido contra tais meios de intrusão. Isso significava que Aldric teria que entrar no palácio pela entrada convencional.
Valerie havia ordenado que cada parede dentro e fora do palácio fosse cercada por soldados, todos prontos para atirar no momento em que vissem o príncipe fada sombrio. Aldric nunca mataria seu próprio povo, e se o fizesse, significaria o fim de qualquer chance que ele tivesse de governar Astária.
Valerie estava atualmente conversando com o capitão dos cavaleiros do rei, estrategizando maneiras de ainda mais proteger o palácio, quando seu assistente entrou, interrompendo a conversa. Este assistente era alguém que Valerie havia escolhido a dedo para ajudar a gerir as responsabilidades reais durante este momento crucial.
“Os ministros estão esperando pacientemente para que a reunião comece, Vossa Alteza.”
Valerie congelou, olhando para o assistente como se o homem tivesse crescido uma cabeça extra. “Do que você está falando?”
“Os ministros estão aqui para a reunião, Vossa Alteza. Fui enviado para lembrá-lo, já que eles estão esperando pacientemente,” o assistente repetiu.
Valerie franziu a testa, sua confusão se aprofundando. “Eu não convoquei nenhuma reunião…” Ele interrompeu, seus olhos se arregalando quando a realização o atingiu como um raio.
“Droga! É Aldric! Aldric está no palácio!” Valerie gritou, seu rosto empalidecendo enquanto se virava para o capitão, o medo se instalando.
Os olhos do capitão se arregalaram em alarme, entendendo a gravidade da situação.
Valerie moveu-se apressadamente, seu coração batendo forte no peito enquanto ele e o capitão da guarda apressavam-se em direção à câmara de reuniões real. O capitão continuamente dava ordens, cada uma chamando mais soldados para seguir. O número de soldados aumentava a cada corredor que passavam, formando um exército maciço quando chegaram ao destino. As respirações de Valerie estavam ofegantes, sua mente correndo enquanto ele antecipava o confronto que o aguardava. Ele já podia imaginar o olhar orgulhoso no rosto de Aldric.
Arrombando as portas da câmara de reuniões, os olhos de Valerie se arregalaram de choque. A sala estava cheia — todos os ministros, membros do conselho e conselheiros estavam presentes. Seu olhar percorreu a sala, pousando nas duas rainhas, Victoria e Nirvana, que assistiam com expressões severas. Seus irmãos, Theo e Andre, estavam de um lado, suas expressões inexpressivas.
De repente, sua mãe apareceu do lado da sala, seus olhos cheios de confusão.
“Valerie, do que se trata tudo isso? Aconteceu alguma coisa?” ela perguntou, sua voz tingida de preocupação.
Nem mesmo a própria mãe sabia. A realização o atingiu como um soco no estômago.
O sangue drenou do rosto de Valerie ao perceber—Aldric havia orquestrado isso. Aldric queria envergonhá-lo na frente de todos, expô-lo. Todos estavam ali como testemunhas.
Ele perdeu o controle, seu rosto torcendo-se de fúria ao agarrar a primeira pessoa que viu, um membro do conselho parado mais próximo a ele. “Onde ele está?!” Valerie exigiu, sacudindo o Fae bruscamente. Quando o membro do conselho gaguejou, incapaz de fornecer uma resposta, Valerie o jogou de lado com desgosto.
Ele avançou para outro oficial, sua voz aumentando em intensidade. “Onde ele está?! Onde está Aldric?! Onde ele está se escondendo?! Você está escondendo ele?”
“Vossa Alteza, eu não entendo—” o ministro tentou explicar, mas Valerie o empurrou com tanta força que ele caiu, aterrissando com força no chão, seu rosto contorcendo-se de dor.
Os olhos de Valerie ardiam de fúria enquanto ele se virava para o capitão da guarda. “Revistem todos! Verifique quem está ajudando aquele maldito bastardo a se esconder! Eles podem ter artefatos mágicos em seus corpos ajudando a escondê-los!” ele comandou com autoridade.
O capitão deu a ordem, e os soldados entraram em ação. A atmosfera na sala de reuniões tornou-se caótica enquanto os soldados começavam sua busca agressiva. Ministros, membros do conselho e Fadas de alta patente foram agarrados e manuseados com grosseria, seus protestos caindo em ouvidos surdos. Os soldados não mostraram contenção, empurrando grosseiramente os nobres contra paredes e mesas enquanto os revistavam em busca de qualquer sinal de itens ajudando Aldric a se esconder.
As rainhas, Victoria e Nirvana, não foram poupadas. Soldados se aproximaram delas, agarrando seus braços sem consideração por seu status.
Os olhos da Rainha Nirvana ardiam de indignação enquanto um soldado a empurrava de volta para sua cadeira, suas mãos a revistando com força implacável. A Rainha Victoria estremeceu, seu rosto torcendo-se de dor enquanto outro soldado torcia seu braço brutalmente para verificar se havia itens escondidos.
Ambas cerraram os dentes, jurando vingança por isso muito em breve. Cada desgraça que Valerie lhes havia causado, elas devolveriam em dobro.
Nesse ponto, até mesmo a Rainha Maeve teve que avançar, seu rosto ruborizado de fúria. “Valerie! Qual é o significado disso?!” ela exigiu, sua voz trêmula de raiva. Mas Valerie a ignorou, seus olhos percorrendo a sala, procurando qualquer sinal de seu irmão.
Os soldados enfrentaram os príncipes Theodore e Andre, que tentaram lutar contra eles, mas foram subjugados por seu número até que não puderam mais lutar. Era óbvio, neste ponto, que o capitão dos cavaleiros havia aceitado Valerie como seu novo rei. Um rei tirano por sinal. Nem mesmo Oberon em toda sua crueldade os trataria assim.
A brutalidade continuou, sem controle. As orgulhosas Fadas desacostumadas a tal maus-tratos foram humilhadas, seus gritos ecoando pelas paredes da câmara, sem resposta.