Unidos ao Príncipe Cruel - Capítulo 906
Capítulo 906: Astária Precisa de Você
Maxi nunca parou de galopar por horas, suas patas batendo implacavelmente contra o chão até que ela estivesse certa de que o general e seu exército estavam bem atrás e não mais em perseguição. Só então ela parou, permitindo que Aldric e Isaac desmontassem.
Num piscar de olhos, Maxi se transformou de volta em sua forma Fae. Imediatamente, Isaac tirou sua túnica, pretendendo entregá-la a ela para se cobrir, mas antes que pudesse fazer isso, Maxi lançou-se sobre ele. A força de seu salto derrubou os dois no chão, a respiração saindo dos pulmões de Isaac.
Isaac não conseguiu dizer uma palavra enquanto Maxi começava a lamber seu rosto animadamente, sua língua percorrendo seus traços como um animal entusiasmado — o que ela era, tecnicamente.
“Sério, vista algumas roupas, seu animal!” Aldric amaldiçoou, desviando o olhar enquanto via suas nádegas nuas.
Mas Maxi não lhe deu atenção, continuando a babar sobre seu companheiro como um cachorrinho excitado. Isaac não pôde deixar de rir, conseguindo roubar alguns beijos em resposta sempre que teve a oportunidade, apesar da implacável lambida de rosto completo dela.
“Senti tanto a sua falta!” Maxi declarou, seus olhos brilhando com emoção, quase como se estivesse à beira das lágrimas.
“Também senti sua falta, minha cavalgadora destemida,” Isaac respondeu, sua voz carregada de emoção enquanto a olhava com a mesma intensidade.
“Me mate agora,” Aldric murmurou, rolando os olhos em exasperação diante da demonstração de afeto deles.
Em toda sua vida, ele nunca pensou que presenciaria a velha guerreira formidável Maxi se transformar em uma criatura apaixonada e fofa por alguém como Isaac, um Fae séculos mais jovem que ela.
Parecia quase ilegal. Mas então, ele não era o destino louco que uniu os dois em sua própria versão de alguma piada cósmica distorcida, então ele estava mantendo seus pensamentos para si mesmo.
Maxi e Isaac claramente não se importavam com a presença de Aldric, pois logo se perderam num beijo apaixonado no chão.
Maxi estava montada em Isaac e ela segurou seu rosto nas mãos, seus dedos se entrelaçando nos cabelos dele enquanto o puxava para mais perto. Isaac respondeu com entusiasmo também, seus braços envolvendo sua cintura, atraindo-a contra ele.
Os lábios deles se moviam juntos fervorosamente, a paixão entre eles fervendo como se estivessem tentando compensar cada momento perdido que estiveram separados.
O corpo de Maxi pressionava contra Isaac enquanto o beijo aprofundava, sua necessidade por ele intensificando-se no ar, e Isaac correspondia ao seu desejo, suas mãos acariciando suas costas enquanto a segurava firme. Aldric tinha a sensação de que, se ele não estivesse ali, eles estariam transando como animais agora.
Infelizmente, o momento era tão íntimo e precioso que Aldric se sentia como um intruso. Ele rapidamente se virou, dando-lhes sua privacidade, embora desejasse poder bloquear os sons de seus beijos — a memória o assombraria para sempre.
Pelo menos, pelo lado positivo, Isaac e Maxi estavam felizes. Eles tinham um ao outro. Diferente de Aldric.
A cena trouxe uma pontada de dor e saudade ao peito de Aldric. Por mais que ele quisesse gritar com Islinda por tomar aquela decisão sem ele, ele ansiava por sua presença, por tê-la em seus braços. Ele a perdoaria por tudo se ela aparecesse diante dele agora. Mas isso não iria acontecer.
Aldric levou sua mão ao peito, onde podia sentir o laço de parceiros. Ainda queimava forte, o que significava que Islinda estava bem. Mas então, quem sabia o que ela estava passando agora?
Contudo, Aldric sabia que estava apenas se enganando. Se Islinda estivesse em dor, ele teria sentido fortemente através do laço deles. Por alguma razão, prazer e dor eram as emoções mais fortes sentidas através do laço.
Mas agora, o laço estava calmo, e isso lhe dava algum conforto. Além disso, ele conhecia bem Islinda; ela não teria assumido tal risco a menos que valesse a pena, e ele confiava que ela estava segura. Sem mencionar que ela tinha Azula ao seu lado.
Ainda assim, Aldric era um Fae teimoso, e um grunhido baixo escapou de sua garganta. Ele era seu companheiro. Ele deveria protegê-la. Que tipo de Fae ele seria se não pudesse proteger sua própria companheira? Como poderia se considerar apto para ser rei? Se ele não pudesse proteger sua companheira, como então, um reino?
Não, Aldric havia tomado uma decisão, resgataria ela. Ele não se importava com o quanto isso parecia perigoso; ele arrancaria aqueles desgraçados de Tamry se isso fosse necessário para recuperar sua companheira. Ninguém o impediria. Uma vez que Islinda estivesse segura em seus braços, então—e somente então—ele pensaria em como puni-la pelo problema que ela causou.
Felizmente, Isaac e Maxi haviam terminado sua “reunião”. Quando Aldric se voltou para eles, Maxi estava vestindo a túnica de Isaac, que caía até suas coxas. Graças aos deuses. Seus olhos já haviam visto o suficiente.
“Bom timing,” Aldric disse, dando a Isaac um aceno curto, o único reconhecimento por salvar sua vida.
“Mais como se o destino fosse gentil com você, considerando que eu também estou fugindo pela minha vida,” Isaac respondeu, seu tom leve, mas suas palavras eram graves. A cabeça de Maxi se virou em direção a ele, seus olhos estreitando.
“Do que você está falando?” ela exigiu, o fogo já acendendo em seu olhar, seu corpo tenso como se estivesse pronto para defender Isaac de qualquer ameaça que ele enfrentasse.
“Valerie me descobriu. Ele sabe que você está espionando ele através de mim, então tentou me matar antes que eu pudesse transmitir qualquer informação significativa,” Isaac explicou.
Um rosnado baixo escapou da garganta de Maxi. “Aquele covarde grandalhão que manipula fogo! Como ele ousa!” ela amaldiçoou, sua voz pingando de fúria. “Vou assá-lo e servi-lo no jantar no momento em que colocar minhas mãos nele!”
“Você pode assá-lo depois,” Aldric interveio, tentando acalmar a raiva de Maxi. “Vocês dois devem ficar escondidos por enquanto. Depois que eu voltar do resgate de Islinda, lidaremos com aquele irmão meu.”
Aldric estava pronto para se mover quando Isaac se colocou em seu caminho. “Receio que isso não seja possível,” ele disse firmemente.
A postura de Aldric ficou rígida imediatamente, seu olhar se tornando aguçado ao sentir o desafio. “O que você quer dizer com isso?” ele perguntou, sua voz carregando uma borda perigosa.
Isaac reconheceu o aviso nos olhos de Aldric e rapidamente percebeu que o príncipe fada sombrio pensava que estava desafiando sua autoridade. Então ele escolheu suas palavras cuidadosamente. “Você não pode partir, Aldric. Não agora. Seu pai, Oberon, precisa de você.”
Mas a resposta de Aldric foi imediata. “Queria poder ajudar, mas minha companheira precisa mais de mim.”
“Eu sei. Eu entendo, mas Islinda tomou essa decisão sozinha, e eu confio nela o suficiente para saber que ela pode cuidar de si mesma. Mas Aldric, Astária precisa de você mais agora,” Isaac pressionou.
Aldric fez uma pausa, e por um breve momento, parecia que ele estava reconsiderando sua decisão. Mas então ele balançou a cabeça. “Astária não esteve lá para mim quando eu precisei. Não abandonarei minha companheira em seu momento de necessidade. Me desculpe.”
Aldric se moveu para passar por Isaac, mas a voz de Isaac o parou. “Diga-me, Aldric, você não quer ser rei?”
Aldric congelou, então se virou para enfrentar Isaac.
Vendo que tinha a atenção de Aldric, Isaac continuou, “Se você ainda quer ser rei, esta é sua única oportunidade. Porque eu juro aos deuses, mesmo se você resgatar Islinda, pode não haver uma Astária para você retornar. É isso que você quer, príncipe fada sombrio?”