Unidos ao Príncipe Cruel - Capítulo 887
Capítulo 887: Nenhum Sinal Dela
O tornado parecia não ter fim, seus ventos uivantes rasgando o ar com um rugido ensurdecedor. Mas tão repentinamente quanto começou, o vento começou a diminuir. As correntes poderosas diminuíram, e os destroços que estavam girando no céu começaram a cair no chão em uma chuva de pedras estilhaçadas e corpos quebrados.
Por um momento, houve silêncio, uma calma inquietante após a tempestade. As fadas e bruxas dentro da barreira protetora aguardaram em um silêncio ofegante, temendo que outra onda de destruição ainda pudesse vir. Mas nada aconteceu.
O olhar de Aldric varreu o campo de batalha. A carnificina era inimaginável. A outrora grandiosa arena estava em ruínas, reduzida a escombros completos. Os corpos de ambos os inimigos e de seus irmãos fae estavam espalhados pelo chão, quebrados e sem vida. A escala da destruição deixou Aldric sem fôlego. No entanto, algo mais o atormentava, um pânico mais profundo.
Azula.
Seus olhos vasculharam o campo, procurando freneticamente. A última vez que a viu, ela estava flutuando no ar, seu corpo cercado pelos ventos furiosos do tornado, completamente uno com a tempestade. Mas agora que a tempestade havia passado, ela não estava em lugar algum. Um grande pânico explodiu em seu peito, apertando-o com tanta força que ele mal conseguia respirar.
“Não, não, não, isso não pode estar acontecendo,” Aldric murmurou para si mesmo, um temor crescente agarrando-se ao seu peito. “Islinda!”
Ele se virou, gritando ordens para as bruxas. “Abaixem a barreira! Abaixem a barreira agora!”
As bruxas que sustentavam o escudo mágico estavam mais que dispostas a obedecer, desmoronando no chão assim que o deixaram cair. Estavam completamente esgotadas, sua magia drenada além do seu limite.
Fadas correram para pegá-las antes que pudessem atingir o chão, gentilmente colocando-as em posições mais confortáveis. Pela primeira vez, a tensão entre bruxas e fae dissipou-se, substituída por uma gratidão mútua. Essas bruxas as salvaram, e essa realização teve um impacto duradouro em ambos os lados.
Aldric não permaneceu para assistir as consequências. Ele disparou para fora, tossindo enquanto a nuvem de poeira rodopiava ao seu redor. O ar estava denso com o rescaldo da tempestade, tornando quase impossível enxergar claramente. Sua garganta queimava ao inalar a poeira, mas ele se forçou a prosseguir. Ele tinha que encontrá-la. Seus olhos esforçavam-se para se ajustar, examinando a destruição em busca de qualquer traço de Azula.
Quando finalmente conseguiu enxergar claramente a devastação, seu queixo quase caiu. Toda a estrutura da arena estava destruída, com paredes desabadas e destroços espalhados por toda parte.
Corpos—tantos corpos—estavam espalhados pelo campo de batalha, fae e inimigo igualmente. A tempestade eliminou mais inimigos do que eles poderiam ter feito se lutassem diretamente, suas formas retorcidas empilhadas. Mas em meio aos destroços, ainda não havia sinal de Azula.
“Islinda!” Aldric gritou, sua voz rouca de desespero. “Islinda”
Seu coração pulsava no peito enquanto ele tropeçava pelos escombros, chamando seu nome repetidamente. Mas a única resposta que recebeu foi o suave farfalhar do vento enquanto levava os restos da tempestade.
Justamente quando sua ansiedade atingiu o pico, ele ouviu o som distante de passos. Eram os reforços finalmente chegando. Aldric se virou para ver um esquadrão de guerreiros liderados por ninguém menos que Valerie. Seus olhos estreitaram-se, um clarão de raiva acendendo dentro dele. Então era aí que Valerie tinha estado durante a luta, deixando-os se defenderem sozinhos enquanto ele reunia reforços.
Valerie também avistou Aldric e correu em sua direção, seu rosto marcado por urgência. “Aldric! Onde está o pai? Diga-me, ele está seguro?”
Mas Aldric mal registrou as palavras de Valerie. Sua mente estava consumida em encontrar Azula, e sua ansiedade aguçava seu temperamento. Ele ignorou a pergunta de Valerie e tentou passar por ele, mas a mão de Valerie disparou, agarrando o ombro de Aldric com força.
“Estou te fazendo uma pergunta!” Valerie vociferou, sua voz aumentando com frustração.
Aldric, com os nervos em frangalhos e a paciência há muito esgotada, girou e socou Valerie bem no rosto. A força do golpe fez Valerie cambalear para trás, segurando o nariz enquanto o sangue começava a escorrer entre seus dedos.
“Como você ousa me questionar?” Aldric rosnou, sua raiva fervendo abaixo da superfície. “Você nos abandonou quando mais precisamos de você, e agora tem a audácia de exigir respostas?”
Os olhos de Valerie brilharam de fúria ao levantar sua mão, preparado para revidar. “Seu bastardo—!”
Mas antes que Valerie pudesse liberar seu poder, algo estranho aconteceu.
Nada.
A magia se extinguiu em sua mão, recusando-se a obedecê-lo. Aldric percebeu a expressão de confusão que passou pelo rosto de Valerie e, por um breve momento, ele também ficou surpreso. Seus olhos estreitaram-se suspeitosamente.
“O que está acontecendo aqui?” A voz autoritária do Rei Oberon cortou a tensão, fazendo com que tanto Aldric quanto Valerie parassem. O rei caminhou em direção a eles, seu olhar afiado e perspicaz.
Valerie rapidamente abaixou a mão, colocando-a atrás de si como se tentasse esconder sua tentativa fracassada de invocar sua magia. Pânico brilhou em seus olhos, mas ele rapidamente o mascarou com uma expressão neutra.
Aldric, sempre vigilante, não deixou de perceber o gesto. Algo nisso acendeu alarmes em sua mente. Ele queria indagar sobre isso, perseguir o pensamento, mas o medo persistente por Azula o consumia. Não havia tempo para isso.
“Vou lidar com você mais tarde,” Aldric rosnou, passando por seu irmão e pai. Ele não esperou a resposta deles. Seu foco estava inteiramente em Azula, em encontrá-la antes que fosse tarde demais.
A poeira começou a assentar, e a visão de Aldric sobre a arena ficou mais clara. O chão estava destruído, com profundas lacerações esculpidas pela magia de Azula, mas ainda não havia sinal dela.
Seu coração pulsava em seu peito, cada momento que passava intensificando o medo crescente em seu estômago. Onde ela estava? A tempestade a levou embora? Será que ela—
Não. Ele não podia pensar assim. Azula era forte. Ela tinha que estar em algum lugar aí fora, esperando por ele.