Unidos ao Príncipe Cruel - Capítulo 881
Capítulo 881: Rendição
Islinda achou que poderia suportar, mas não conseguia. Assistindo Aldric lutar na arena, seu coração parecia estar sendo espremido em um torno. A batalha mal havia começado, mas Aldric já estava em desvantagem, e o poder de Valerie parecia ficar mais forte a cada segundo que passava.
“Ele não vai conseguir!” ela gritou, enxugando furiosamente as lágrimas que se acumulavam em seus olhos. “Ele me prometeu… mas ele não vai conseguir.”
Isaac, parado ao lado dela, não disse nada. Ele simplesmente a acolheu nos braços, segurando-a firme. Ao contrário de Islinda, Isaac acreditava em Aldric. Ele confiava que o príncipe fada sombrio conseguiria superar. Afinal, estavam falando de Aldric aqui. Ele já havia enfrentado probabilidades impossíveis antes.
“Vamos, vamos, Aldric. Me diga que você tem um plano…” Isaac murmurou sob sua respiração, olhos fixos em Aldric, que já estava se levantando.
Aldric cuspiu sangue da boca, a fúria escurecendo sua expressão. Ele subestimou Valerie, e o tolo achou que já o havia derrotado. Mas Aldric provaria o contrário. Ele não era fraco. Não, estava longe disso.
Valerie, ainda absorvendo os aplausos da multidão, virou-se para Aldric com um sorriso torto, certo de sua vitória. Mas o sangue de Aldric fervia, e a raiva percorrendo seu corpo o forçou a agir. Sem aviso, Aldric avançou na direção de Valerie, seus movimentos alimentados pela ira. Valerie correu em sua direção, chamas crepitando ao redor de seus punhos.
Assim como estavam prestes a colidir novamente, Aldric fez sua jogada. Ele congelou o chão sob os pés de Valerie, prendendo seu oponente a meio passo e impedindo-o de lançar suas chamas. O sorriso de Valerie vacilou, sua mão congelada antes que pudesse invocar seu fogo. Aldric não hesitou; ele deslizou pelo chão congelado, reduzindo a distância entre eles com facilidade.
O punho de Aldric conectou-se com o rosto de Valerie, cada soco carregado de vingança pessoal. Isso era por tocar sua companheira, por beijar Islinda. Os golpes eram brutais, rápidos e precisos.
Valerie mal teve tempo de reagir enquanto Aldric liberava sua fúria. O soco final foi um uppercut tão poderoso que levantou Valerie do chão, sangue jorrando de seus lábios enquanto ele caía no chão com um baque pesado, gemendo de dor.
A arena explodiu, mas desta vez foram as Fadas do Inverno que comemoraram. Seu príncipe revidou. Os rostos das Fae do Verão se contorciam de choque e descrença, sua confiança anterior destroçada.
Islinda exalou bruscamente, seu peito se aliviando um pouco. O alívio lavou sobre ela, embora soubesse que a batalha estava longe de terminar. Ainda assim, isso era algo. Aldric não estava derrotado ainda, e sua exibição de força deu a ela um vislumbre de esperança.
Talvez, apenas talvez, Aldric pudesse vencer isso afinal.
Quando Valerie se levantou, seu rosto era uma máscara de fúria, seu peito arfando com respirações ofegantes. Ele cuspiu sangue, o sabor metálico alimentando sua ira. Seus punhos se cerraram, os nós dos dedos ficando brancos.
O jogo acabou. Esse era o momento que ele esperava. Era hora de se livrar de Aldric, de uma vez por todas. Ele não podia desperdiçar essa oportunidade, não quando a vitória estava ao seu alcance.
Valerie e Aldric se chocaram novamente, suas armas ressoando com uma força brutal que fez a plateia inteira prender a respiração. Foi uma luta selvagem, uma que ninguém poderia prever facilmente.
Eles se moviam com tanta velocidade e fúria que era quase impossível dizer quem estava ganhando. Sangue respingou por toda a arena, e ambos os príncipes carregavam as marcas de uma batalha feroz. Mas à medida que os momentos se arrastavam, tornou-se dolorosamente claro que Valerie estava vencendo. Ambos tinham ferimentos por todo o corpo, mas Aldric parecia estar pior, e isso afetava seu desempenho.
Com um golpe poderoso, Valerie acertou Aldric com força no rosto, fazendo-o cambalear para trás. Aldric retaliou, levantando o punho para desferir outro soco, mas Valerie foi mais rápido. Ele agarrou o pulso de Aldric no ar e, com uma torção doentia, quebrou os ossos. Aldric soltou um grito agudo de dor, e a multidão ofegou em horror.
Valerie não estava acabado. Ele agarrou Aldric pela garganta e o forçou ao chão. Aldric lutou, mas suas forças estavam diminuindo. O aperto de Valerie se apertou, e com um movimento rápido e impiedoso, ele quebrou a perna de Aldric, o estalo dos ossos audível até mesmo sobre o rugido da multidão.
“Aldric!” O grito de Islinda rompeu o ar enquanto ela disparava de seu assento. Seu coração batia acelerado em seu peito, pânico inundando suas veias. Ela tentou correr em direção à arena, mas Isaac a segurou, puxando-a de volta antes que pudesse fazer algo imprudente.
“Não, não, não! Não faça isso!” ela gritou, sua voz rouca de desespero. “Valerie, pare! Não!”
Os olhos frios de Valerie se voltaram para ela, e um sorriso distorcido se formou em seus lábios. Era como se ele estivesse dizendo,
Viu? Eu te disse. Você será minha. Ele se inclinou perto de Aldric, sua voz pingando malícia. “Veja como sua companheira chora por você?” ele zombou. “Mas não se preocupe, Aldric. Eu cuidarei bem dela.”
Com isso, Valerie levantou a mão, chamas explodindo de sua palma, e lançou uma rajada de fogo em direção a Aldric. Aldric, embora ensanguentado e espancado, reuniu o restante de suas forças, invocando seu gelo para bloquear as chamas.
Por um momento, o frio do inverno encontrou o calor escaldante do verão, os dois elementos lutando pela dominância. Mas o fogo de Valerie queimava mais quente, mais brilhante, e estava claro que o gelo de Aldric estava perdendo terreno. As chamas se aproximavam mais e mais, avançando em direção à mão trêmula de Aldric.
Islinda gritou o nome dele, sua voz se quebrando a cada grito. Ela não podia suportar. Seu companheiro estava prestes a ser morto bem na sua frente, e ela era impotente para detê-lo. A arena estava tensa, cada fada à beira de seu assento, fascinada com a visão do infame príncipe fada sombrio sendo dominado pela fúria flamejante de Valerie.
Assim como as chamas pareciam engolir Aldric, um grito desesperado ressoou, cortando o caos.
“Eu me rendo!” A voz de Aldric estava rouca enquanto ele gritava. “Eu recuo!”
Um silêncio atordoado caiu sobre a arena.