Unidos ao Príncipe Cruel - Capítulo 860

Capítulo 860: Acostumando-se com Ele

Na manhã seguinte, Gabbi acordou entrelaçada nos braços de Azreal. Estava rapidamente se tornando uma rotina, essa proximidade entre eles.

Mas essa manhã parecia diferente. Em vez de se afastar como normalmente faria, Gabbi permaneceu onde estava, aninhada contra ele. O calor do seu corpo era reconfortante, sua presença estranhamente confortável, apesar da natureza ainda confusa de seu relacionamento.

Azreal parecia pacífico, quase inofensivo em seu sono. Era um contraste marcante com o rei feroz e imponente que ela havia conhecido. Seu rosto, geralmente tenso e defendido, estava agora suave e relaxado.

Enquanto o estudava, seus olhos percorriam suas feições, a linha forte de seu queixo, a plenitude de seus lábios, o jeito como seu cabelo escuro caía descuidadamente sobre sua testa. Ele parecia tão humano assim, mas ela sabia melhor.

O Ravenkind poderia controlar sua aparência, mesclando seus traços sobrenaturais com uma forma mais humana, mas as asas permaneceram dessa vez. Elas eram parte dele, não importa o quanto ele tentasse escondê-las dela.

A curiosidade foi mais forte. Ela estendeu a mão, seus dedos tocando seu rosto primeiro, traçando suavemente a linha de sua bochecha. Então, sem perceber totalmente o que estava fazendo, deixou sua mão viajar até sua asa.

Seus dedos acariciaram a base da asa, onde ela se conectava às suas costas. Não era tão dura quanto parecia. Na verdade, era surpreendentemente macia, as penas elegantes sob seu toque. Ela acariciou novamente, maravilhando-se com a sensação.

Azreal estremeceu sob seus dedos, um tremor percorrendo seu corpo. Gabbi parou, se perguntando se o havia acordado, mas quando ele não se moveu, ela continuou, seus dedos explorando o estranho e belo apêndice.

A segunda carícia teve um efeito mais profundo. De repente, seus olhos se abriram, escuros e intensos, e antes que Gabbi pudesse reagir, tudo era um borrão de movimento. Num instante, Azreal a virou de costas, seu peso pressionando-a enquanto seus lábios desciam sobre os dela.

Seu beijo era feroz, urgente, e roubava o ar de seus pulmões. Gabbi arfou contra sua boca, sua cabeça girando enquanto seus lábios reivindicavam os dela repetidamente. Não havia nada de gentil nisso. Sua necessidade era crua, e acendeu algo profundo dentro dela. Ela respondeu, seu corpo arqueando-se contra o dele, suas mãos encontrando seus ombros enquanto se agarrava a ele.

As mãos de Azreal estavam em todo lugar, percorrendo seu corpo com uma intensidade que a deixava tremendo. Seus dedos encontraram o caminho entre suas pernas, e Gabbi gemeu, sua cabeça caindo contra os travesseiros enquanto ele a acariciava. Seu toque era implacável, elevando-a cada vez mais até que ela estivesse perdida no prazer.

Ele introduziu um dedo dentro dela, seus movimentos habilidosos, e o corpo de Gabbi se apertou ao redor dele enquanto a pressão aumentava. Sua respiração vinha em curtos e rápidos arquejos, e ela podia sentir-se desmanchando, a sensação era demais para suportar. Com um grito, ela atingiu seu ápice, seu corpo tremendo com a força de sua liberação enquanto seus lábios se separavam dos dela.

“Azrael!”

Azreal gemeu profundamente, a satisfação correndo por ele enquanto observava Gabbi desmoronar sob seu toque. Seu corpo respondia a ele tão perfeitamente, e a visão de sua expressão repleta de prazer enviou uma onda de orgulho através dele. Era lindo. Ela era linda. E o pensamento de ela ser somente dele lhe enchia de uma satisfação primordial que ele não sabia que desejava.

Quando ele se inclinou para outro beijo, Gabbi não resistiu. Como poderia? Depois de tudo que tinha acabado de passar entre eles, não havia mais espaço para timidez. Seu dedo ainda estava dentro dela, gentilmente provocando-a, já tendo-a levado ao limite e além.

Dessa vez, o beijo foi diferente. Não era áspero ou urgente como antes. Não, esse beijo era lento, quase terno, como se ele estivesse saboreando cada segundo de sua proximidade. Gabbi se afastou levemente, provocando-o com um sorriso travesso, e Azreal rosnou suavemente, perseguindo seus lábios até capturá-los novamente.

O beijo se aprofundou, e Gabbi derreteu-se nele, seu corpo relaxando completamente sob ele. Não tinha percebido o quanto estava se segurando, o quanto estava perdendo.

Talvez, apenas talvez, ser sua companheira não fosse a pior coisa do mundo. Ela não precisava se entregar completamente, não ainda, mas talvez pudesse dar a ele—dar “a eles” uma chance.

Quando finalmente se afastaram para respirar, os lábios de Azreal pairavam logo acima dos dela, seu hálito quente contra sua pele. Seus olhos, escuros e intensos, travaram nos dela, e o canto de sua boca se ergueu em um sorriso.

“Da próxima vez que quiser brincar com fogo…” ele murmurou, sua voz baixa e perigosa.

Antes que ela pudesse perguntar o que ele queria dizer, Azreal se moveu, pressionando sua coxa muscular entre suas pernas e esfregando-se contra ela. A sensação enviou um choque de prazer através dela, e ela não pôde deter o suave gemido que escapou de seus lábios.

“…certifique-se de estar melhor preparada,” ele terminou, seu sorriso se aprofundando com a reação dela.

Ele baixou a cabeça até seus lábios roçarem em seu ouvido, sua respiração quente e provocante. “Se você tocar minhas asas novamente, pequeno companheiro, saiba que é um convite para eu te devorar completamente. Sem ossos sobrando.”

Um arrepio sombrio percorreu Gabbi, simultaneamente excitante e aterrorizante. Uma parte dela queria testá-lo, empurrar seus limites e ver até onde poderia levá-lo. Mas então o pensamento das consequências—de nove meses carregando uma criança, de maternidade—trouxe-a de volta à realidade.

Ela engoliu seco e forçou-se a se comportar.

Azreal riu suavemente, percebendo sua hesitação. Ele pressionou um último e demorado beijo em sua testa antes de se afastar.

“Vamos tomar café da manhã e depois temos um longo dia pela frente. Prepare-se.”

Com isso, Azreal afastou-se dela, o calor de seu corpo desaparecendo enquanto ele se levantava da cama.

Gabbi ficou ali por um momento, ainda recuperando o fôlego, seu corpo formigando pelo que acabaram de compartilhar.

Ela suspirou. Isso foi…… Uau. Ela assobiou baixo. Isso não era tão ruim.

Talvez ela pudesse se acostumar com isso…