Unidos ao Príncipe Cruel - Capítulo 847
Capítulo 847: Demônio chamado Aldric
Aldric observou enquanto o reconhecimento surgia no rosto de Maeve’s da Rainha, a terrível compreensão de que ele sabia a verdade, o segredo que ela havia mantido enterrado por tanto tempo.
Por um momento, o quarto estava mortalmente silencioso, como se o próprio tempo tivesse pausado para marcar o peso de seu medo.
Então, o sorriso malévolo de Aldric se alargou, uma expressão distorcida que o fazia parecer não um mero príncipe Fae, mas algo muito mais sombrio, um anjo vingativo, pronto para entregar julgamento.
Seu sorriso era arrepiante.
Onde outros seriam consumidos pela raiva, seus rostos distorcidos de fúria, Aldric sorria apesar de tudo. Ele sorria através da dor, através da raiva, através do ódio.
Através da traição.
E agora, ele sorria de um jeito que fazia o sangue de Maeve gelar. Sua expressão era de pura, loucura sem filtro, do tipo que dizia a ela que ele estava além da razão. Ela conhecia Aldric há séculos, mas isso—essa criatura aterrorizante diante dela—era algo completamente diferente.
Pela primeira vez em um tempo que parecia eras, Maeve da Rainha sentiu um medo real e profundo. Ele atiçava seu interior, apertando seu coração.
Ela tentou falar, sua voz tremendo enquanto tentava acalmá-lo. “Aldric, não é o que você está pensando. Eu posso explicar—”
Mas Aldric não estava no humor para ouvir. Com um leve movimento de mão, suas sombras avançaram como uma onda imensa, atingindo Maeve com força brutal.
Ela foi lançada para trás, seu corpo colidindo com a parede de pedra atrás dela. A dor explodiu em seu crânio ao atingir a superfície dura, sua visão se enchendo de estrelas.
Ela mal teve tempo de se recuperar antes que Aldric estivesse sobre ela, fechando a distância com velocidade aterrorizante. Sua voz era baixa e perigosa, ressoando com fúria. “Explicar?” ele rosnou, seu tom venenoso. “Explicar a morte da minha mãe?”
As palavras atingiram Maeve como um golpe físico. Ela sabia agora que não haveria raciocínio com ele, nem acalmando sua raiva. A raiva de Aldric era bruta, sem controle e totalmente justificada. Ele havia descoberto sua parte no falecimento de sua mãe, e nada que ela dissesse acalmaria essa ferida.
Pânico a tomou. Ela tinha que lutar. Se não o fizesse, ele a mataria—ela tinha certeza disso.
À medida que Aldric se aproximava, Maeve se arrastava para longe, suas mãos escorregando no frio chão de pedra. Seu coração batia forte em seu peito enquanto se levantava, convocando cada onça de seu poder. Com um grito de desespero, ela lançou um fluxo de fogo em sua direção, as chamas ganhando vida, consumindo o ar ao redor deles com calor ardente.
Era um ataque feroz e desesperado, e Maeve colocou tudo que tinha nele. Ela grunhia com o esforço, seus músculos tensionando enquanto despejava mais e mais magia nas chamas. O ar crepitava com energia, o calor intenso suficiente para queimar o chão de pedra sob seus pés.
Mas Aldric estava impassível. Suas sombras se envolviam ao seu redor, formando uma barreira protetora, desviando as chamas com facilidade.
Ele avançava através do incêndio, seu corpo movendo-se lentamente, metodicamente, como se seus ataques fossem pouco mais que um pequeno inconveniente. Com cada passo que dava, a distância entre eles se fechava, e Maeve podia sentir-se enfraquecendo, sua energia esgotando.
Ela estava perdendo.
A realização a atingiu como gelo, congelando seu coração. Ela não conseguiria segurá-lo por muito mais tempo.
“Ajude-me! Por favor, alguém me ajude!” Maeve gritou, sua voz se quebrando de desespero enquanto ela lutava para manter seu ataque flamejante. Mas não havia ninguém para ajudá-la, nenhum aliado neste momento de terror.
O rosto de Aldric se contorceu em algo ainda mais horripilante enquanto ele caminhava através das chamas, seus olhos ardendo com uma intensidade demoníaca.
“Ajude —” Ela estava prestes a dizer apenas para sua mão disparar, cortando o fogo, e cravar ao redor de sua garganta com força brutal.
A magia de Maeve piscou e morreu enquanto sua concentração se despedaçava. Suas chamas se apagaram, deixando-a à mercê de Aldric. Ela ofegou, suas mãos arranhando seu aperto de ferro, tentando retirar seus dedos de seu pescoço, mas não adiantava. Sua força era avassaladora.
Os olhos de Aldric estavam completamente negros agora, sem traço do familiar príncipe Fae dentro deles. Suas pupilas e íris se fundiam, restando apenas a escuridão. Ele parecia um demônio, um monstro que havia escalado do mais profundo, sombrio abismo para se vingar daqueles que o haviam prejudicado.
Os pés da Rainha Maeve chutavam impotentemente enquanto Aldric a levantava do chão, segurando-a pelo pescoço como se ela não pesasse nada. Ela sufocava, sua visão embaçando enquanto manchas negras dançavam nas bordas de sua visão.
Aldric a segurou ali, saboreando sua impotência. Maeve, a Rainha que sempre controlou todos ao seu redor, estava agora à sua mercê. E ele não tinha nenhuma.
Pela primeira vez em séculos, a Rainha Maeve sentiu verdadeiro terror.
Seu rosto estava vermelho de falta de ar, suas mãos agora se enfraquecendo enquanto o mundo escurecia ao seu redor. Justo quando estava prestes a cair na inconsciência, uma repentina explosão de fogo atingiu Aldric de lado, forçando-o a soltar seu aperto. Maeve colapsou no chão, ofegando por ar, suas mãos instintivamente esfregando seu pescoço machucado.
Aldric se virou, seus olhos se estreitando em Ramirez, que estava ofegante, suas mãos brilhando com os resquícios do fogo que acabara de lançar.
Ramirez sabia que esta era sua única chance de salvar Maeve, mas o olhar que Aldric lhe deu, o olhar sombrio e ameaçador, o fez perceber o quanto ele estava realmente superado.
Ele sabia o que viria a seguir.
Ramirez não perdeu tempo. Ele lançou outra bola de fogo em Aldric, depois outra, e outra, esperando sobrecarregá-lo.
Mas Aldric era rápido, sobrenaturalmente rápido. Ele desviou dos ataques com uma velocidade graciosa e inumana, suas sombras girando ao seu redor como se estivessem vivas, desviando as poucas chamas que chegavam perto demais. O coração de Ramirez acelerou ao perceber que Aldric não estava apenas brincando com ele—ele estava jogando com ele, desfrutando da caçada.
E então, em um borrão, Aldric estava sobre ele. Ramirez mal teve tempo de reagir antes que a mão de Aldric mergulhasse em seu peito, seus dedos se enrolando ao redor de seu coração.
Ramirez soltou um suspiro gorgolejante, seus olhos arregalados de choque e agonia enquanto Aldric arrancava seu coração de seu peito. O sangue salpicou o chão enquanto Ramirez desmoronava em um montículo sem vida.
“Não!!!” O grito de Maeve perfurou o ar, um lamento semelhante ao de uma banshee que ecoou nas paredes. Pela primeira vez em séculos, Maeve sentiu a dor crua e ardente da perda.
Aldric se ergueu sobre o corpo de Ramirez, sangue pingando de suas mãos, seu sorriso se alargando. Ele havia proferido seu julgamento. E era apenas o começo.