Unidos ao Príncipe Cruel - Capítulo 845
Capítulo 845: Espaço Para Mais Um
“Achei que eu tinha dito para você nunca mais me convocar,” Ramirez resmungou ao aparecer na sala, sua voz carregada de irritação.
Seus olhos varreram a sala, buscando por Rainha Maeve, apenas para encontrá-la sentada de costas para ele, seu pé batendo inquieto contra o chão.
Ele esperou por uma resposta, mas nenhuma veio. O silêncio se alongou por tempo demais até que Ramirez não aguentou mais. Ele caminhou à frente, sua raiva aumentando.
“Eu falei sério quando disse—” Suas palavras se prenderam na garganta quando ele deu a volta para encará-la.
Havia lágrimas no rosto dela.
Rainha Maeve, a orgulhosa e inabalável governante da Corte do Verão, estava chorando.
Seu disfarce perfeito havia rachado, revelando uma vulnerabilidade que ele nunca pensou ser possível.
A visão das lágrimas dela o deixou momentaneamente congelado. Ele conhecia Maeve há séculos, tinha visto seu rosto em inúmeras batalhas, traições e jogos políticos, mas nunca a tinha visto tão destruída e exposta, como uma mulher mortal cujo coração havia sido despedaçado.
Ramirez não sabia o que fazer. Ele ficou ali, paralisado pela crueza do momento, observando as trilhas de lágrimas enquanto desciam por sua pele impecável. Isso o abalou até o âmago. Ele sempre admirou sua força, seu espírito feroz que comandava medo em seus inimigos. Mas isso… isso era algo completamente diferente.
Rainha Maeve ergueu seu rosto manchado de lágrimas, seus olhos brilhando com dor. “Não importa o que eu faça,” ela sussurrou, “ele nunca vai me amar.”
Ramirez piscou, sem saber como responder. Maeve nunca foi de falar sobre suas emoções, muito menos sobre seu amor não correspondido. Ele abriu a boca, mas nenhuma palavra saiu. Como ele poderia confortá-la quando ele mesmo sempre foi um peão em seu complicado e distorcido amor pelo Rei Oberon?
“Estou tão cansada,” ela chorou baixinho, seu corpo tremendo com o peso de suas palavras. “Eu não acho que posso fazer isso mais.”
Ela desabou então, seus soluços crescendo mais altos e mais doloridos. Ramirez não poderia suportar isso por mais tempo. Vê-la tão vulnerável, tão desfeito, despertou algo profundo dentro dele — uma parte dele que ainda se importava com ela, não importava o quanto ele tivesse tentado enterrá-la.
Ele se moveu em direção a ela, ajoelhando-se em frente à sua forma trêmula, e gentilmente segurou seu rosto. Seus dedos limparam suas lágrimas, acariciando suas bochechas de maneira que parecia surpreender até ele mesmo. Mas seu toque suave só a fez chorar mais, a fachada forte que ela carregava por tanto tempo desmoronando diante dele.
Ramirez hesitou por um instante, mas então, contra todo bom senso, ele a puxou para seus braços. Ela desabou sobre ele, enterrando seu rosto em seu peito enquanto seus soluços sacudiam seu corpo.
Ramirez a segurou firmemente, seus braços oferecendo o consolo que ela tanto precisava, embora uma parte dele gritasse que isso era perigoso.
Perigoso para seu coração.
Rainha Maeve se agarrou a ele, suas mãos apertando o tecido de sua túnica enquanto chorava. Ramirez fechou os olhos, deixando suas lágrimas encharcarem seu peito enquanto sussurrava suavemente, “Está tudo bem. Eu estou aqui.”
Levou tempo, mas eventualmente, seus soluços diminuíram, e sua respiração começou a se equilibrar. Ela se afastou dele, seu rosto manchado e coberto de lágrimas, mas de alguma forma ainda bonito de uma maneira que deixou Ramirez sem fôlego. Ele estendeu a mão, limpando as lágrimas restantes com a ponta do polegar, e seus olhos se encontraram.
Uma tensão súbita crepitou no ar entre eles. Algo não dito, intenso e elétrico, passou entre eles naquele único olhar.
Antes que qualquer um pudesse realmente processar, eles estavam se beijando.
Ramirez não sabia quem se moveu primeiro, se foi ele ou Maeve, mas no momento em que seus lábios se encontraram, foi como uma represa se rompendo.
Meses de frustração reprimida e desejo, vieram à tona enquanto o beijo se aprofundava, tornando-se mais intenso a cada segundo.
Ele tinha prometido a si mesmo que se afastaria disso. Que ele não deixaria que ela o usasse novamente, sabendo que, no final, seria ele quem ficaria destruído. Maeve nunca deixaria Oberon — sua posição, seu poder significavam mais para ela do que qualquer coisa, até mesmo amor.
Mas agora, nada disso importava. Agora, Ramirez não se importava. Se tudo o que ele pudesse ter fosse este momento, ele o tomaria. Ele aceitaria qualquer parte dela que ela estivesse disposta a dar, mesmo que não fosse suficiente.
De repente, suas mãos estavam em todos os lugares, puxando, mexendo, rasgando as roupas um do outro com uma urgência frenética. Ramirez gemeu contra seus lábios enquanto os dedos de Maeve deslizavam sob sua camisa, suas unhas arranhando sua pele. Eles mal chegaram ao quarto, tropeçando e sem fôlego, antes de desabar na cama em um emaranhado de membros.
Ramirez pairou sobre ela por um momento, seus olhos escurecidos de desejo enquanto olhava para ela. Maeve estava corada, sua respiração em rápidos arquejos, e seus olhos estavam nublados com o mesmo desejo que o percorria.
“Eu deveria ir embora,” Ramirez murmurou, sua voz grossa de emoção enquanto deslizava dentro dela, gemendo ao sentir seu corpo apertando ao redor dele. “Mas eu não posso.”
Maeve gemeu, suas pernas se enroscando em sua cintura enquanto ele começava a se mover dentro dela, lenta e profundamente. Ela moveu seus quadris, querendo mais.
“Então não,” ela sussurrou, sua voz rouca e cheia de necessidade. “Fique.”
Seus corpos se moviam juntos em perfeita sincronia, seus gemidos e suspiros enchendo o quarto enquanto cediam aos seus desejos. As unhas de Maeve cravaram-se nas costas de Ramirez, fazendo sangue escorrer enquanto ela se aproximava de seu clímax, seu corpo se apertando ao redor dele de uma maneira que o enlouquecia.
Ramirez gemeu, suas investidas tornando-se mais duras, mais rápidas, enquanto ele perseguia seu próprio clímax. Maeve arqueou-se embaixo dele, suas costas se curvando ao atingir o orgasmo com um grito, seu prazer a envolvendo como uma onda.
Ver a desintegração dela embaixo dele foi o suficiente para levar Ramirez ao limite, seu próprio clímax rasgando através dele enquanto ele se enterrava profundamente dentro dela.
Ele caiu sobre ela, seus corpos ainda entrelaçados, ambos respirando com dificuldade enquanto os tremores de sua paixão lentamente se dissipavam. Por um momento, houve silêncio, exceto pelo som de suas respirações ofegantes.
Então, Maeve sorriu, um pequeno sorriso satisfeito, enquanto virava a cabeça para olhá-lo.
“Você não perdeu seu charme,” ela disse, sua voz suave e provocante.
Ramirez riu, inclinando-se para capturar seus lábios em outro beijo.
No entanto, o peso do que haviam acabado de fazer já começava a pesar sobre ele e ele suspirou enquanto se deitava de costas.
Na segunda vez que suspirou, Maeve franziu a testa, incapaz de aguentar mais.
“O que foi?”
Ramirez encontrou seu olhar, comunicando a verdade que ele sabia que ela não queria ouvir. “Você sabe que pode deixá-lo, Maeve. Você não precisa ficar.”
Os olhos de Maeve brilharam de raiva e ela soltou um palavrão entre dentes enquanto o empurrava para longe e saía da cama, pegando seu robe no armário.
“Sério, Ramirez? Você tinha que estragar este momento?”
Ela envolveu o robe ao redor de si, seus movimentos bruscos e irritados, enquanto Ramirez se sentava, o lençol ainda enrolado em sua cintura.
“Você está infeliz aqui,” Ramirez disse calmamente, observando-a atentamente.
“Sim, estou,” Maeve respondeu abruptamente, amarrando o robe firmemente em sua cintura. “Mas eu não posso ir embora. Sacrifiquei demais para tudo ir por água abaixo agora.”
A frustração de Ramirez veio à tona. “Então o que eu sou então? Seu amante secreto? Alguém a quem você só recorre quando precisa relaxar? É só isso que eu sou bom?”
Com raiva, Maeve rastejou de volta para a cama, empurrando-o para baixo com uma força surpreendente.
“Não tente me fazer sentir culpa, Ramirez.” Ela o advertiu. “Você sabia o que era isso desde o início. Você sabia que nunca iria além disso.”
Seus olhos escureceram de luxúria novamente enquanto ela se postava sobre ele, esfregando seus quadris contra os dele. “Então por que você está agindo assim agora? Podemos voltar a como as coisas eram. Você não quer mais disso?”
Ramirez gemeu, seu corpo o traindo enquanto Maeve continuava a se esfregar contra ele. “Eu deveria te odiar,” ele murmurou entre dentes cerrados. “Você está me usando.”
“Mas você ainda me quer,” Maeve sussurrou, sua voz cheia de satisfação distorcida. “Não quer?”
Antes que Ramirez pudesse se conter, ele estava arrancando o robe dela, a roupa jogada de lado mais uma vez enquanto Maeve se posicionava acima dele e descia sobre ele com um suspiro.
Ele gemeu, suas mãos agarrando firmemente seus quadris enquanto ela começava a cavalgar nele, seus movimentos rápidos e exigentes.
“Droga, você é tão gostosa,” Ramirez rosnou, empurrando para cima enquanto ela gemia em resposta.
Maeve se entregou ao prazer, sua mente consumida pela sensação de Ramirez dentro dela. Ela não se importava com mais nada. Nem Oberon, nem com a corte, nem com as consequências do que estava fazendo agora.
Tudo o que importava era este momento. Este intenso, intoxicante prazer.
Mas quando ambos estavam quase no limite, completamente perdidos um no outro, uma voz vinda das sombras cortou o ar, assustando-os.
“Querem fazer espaço para mais um? Aposto que o sexo seria explosivo.”