Unidos ao Príncipe Cruel - Capítulo 815
Capítulo 815: Poder Sobre Azula
Todos os olhos estavam em Islinda e Aldric enquanto eles eram conduzidos pelos corredores do palácio, flanqueados de todos os lados por algo que parecia um centena de soldados. Era uma visão que ninguém jamais tinha visto antes—nem mesmo o Rei Oberon, que tinha imenso respeito e poder, já tinha andado com tal contingente de guardas.
No entanto, lá estavam eles, escoltando Aldric e Islinda como se fossem prisioneiros da mais alta ordem. Mas, para Aldric, o príncipe fada sombrio, o rei achou necessário. Não pode haver chance de fuga.
Enquanto caminhavam, servos que se deparavam com eles rapidamente viravam o rosto, evitando o contato visual e se retirando para as sombras. Aqueles que não tinham tempo de fugir se pressionavam contra as paredes, dando ao par e seus guardas uma grande distância.
Eles mantinham os olhos desviados, como se fazer contato visual pudesse desencadear a ira de Aldric sobre eles. Poderia ter sido uma cena cômica, como uma parada de medo e reverência, mas Aldric não estava com humor para rir. Não com a vida de Islinda pendendo na balança.
Depois do que parecia uma eternidade, eles pararam diante de uma grande porta ornamentada. O capitão da guarda, em posição de sentido, comandou: “Entrem.”
Aldric nem sequer olhou para ele. Ele simplesmente segurou a mão de Islinda, apertando-a de forma tranquilizadora, e a conduziu para dentro. A pesada porta se fechou atrás deles com um baque retumbante, selando-os em uma gaiola dourada.
O silêncio caiu, pesado e sufocante.
O quarto em que entraram era luxuoso, mais opulento do que qualquer coisa que Islinda já tivesse visto. Ricas tapeçarias forravam as paredes, e o mobiliário era feito dos materiais mais finos. Uma grande cama, drapeada em seda, dominava o centro do quarto.
Era um quarto feito para impressionar, talvez até para confortar, mas a opulência não fazia nada para aliviar o nó de temor no estômago de Islinda. Ela sabia sem dúvida que eram prisioneiros em tudo, exceto no nome, e que os próximos dias — ou horas — determinariam seu destino. Seu destino.
Aldric sentiu sua ansiedade através do vínculo que os conectava. Sem uma palavra, ele a puxou para seus braços, segurando-a perto como se seu abraço pudesse protegê-la do mundo. Islinda enterrou o rosto em seu peito, tentando encontrar consolo no ritmo constante de seu coração.
“Não se preocupe com nada,” Aldric murmurou em seu cabelo, sua voz um baixo ronronar. “Vou matar qualquer um que tentar te machucar. Como prometi, este reino está acabado se algo acontecer com você.”
Islinda suspirou, respirando seu cheiro, achando-o estranhamente calmante. “Você é apenas uma pessoa, Aldric. Você não pode matar cada Fae em Astária.”
Aldric rosnou, sua voz cheia de uma sombria promessa. “Eles deveriam me testar e descobrir. Eles me chamam de monstro—verão do que um monstro é realmente capaz.” Ele pressionou um beijo em sua testa, seus lábios demorando-se ali como se para selar seu voto. “Deixarei o mundo queimar e construirei um paraíso a partir das ruínas para você, minha pequena humana.”
Islinda riu suavemente, levantando a cabeça para encontrar seu olhar. “Você sabe que eu já não sou mais uma humana, Aldric. Qual é toda essa confusão então?”
“Eu não me importo,” Aldric disse, estendendo a mão para levantar seu queixo com um dedo torto. Seus olhos perfuravam os dela, ferozes e inabaláveis. “Você sempre será minha pequena humana.”
Que os deuses a ajudem, esta Fae seria a morte dela. Islinda sentiu suas bochechas esquentarem, ruborizando fortemente. O que aconteceu com o implacável Aldric? Este não podia ser ele. O amor e adoração em seus olhos eram tão avassaladores que ela quis desviar o olhar, esconder-se da intensidade disso.
Mas Aldric não deixaria. Ele se inclinou para um beijo, seus lábios quase tocando os dela quando, de repente, foi arremessado para trás com uma força que o fez colidir contra a parede. Uma furiosa Azula estava diante dele, seus olhos ardendo de raiva.
“Como pôde arruinar tudo? Como ousa me ligar a você?!” ela rosnou, sua voz gotejando veneno. A fúria em seu rosto era algo que Aldric nunca havia visto antes. Ela parecia querer matá-lo no local, mas não podia. Não agora, não quando estavam ligados.
A realidade atingiu Azula como um soco no estômago. A razão pela qual Aldric estava disposto a jogar tudo fora por Islinda era porque ela era sua companheira. Azula não tinha como saber porque Aldric nunca havia contado a verdade para Islinda. Se ela soubesse então, ela teria matado Aldric antes que ele tivesse a oportunidade de marcá-la. Mas agora, era tarde demais.
Aldric piscou, momentaneamente atordoado pelo ataque repentino. Então, lentamente, um sorriso perverso se espalhou em seu rosto. A ideia já havia cruzado sua mente uma vez—marcar Islinda enquanto Azula estava no controle de seu corpo—mas tinha parecido arriscado demais. No entanto, agora, por sorte ou destino, havia acontecido. E agora, Aldric tinha poder sobre Azula, um poder que ele estava ansioso para explorar.
Ele tirou as mãos de Azula de seu pescoço com facilidade, jogando-as para longe como se não fossem nada. O coração de Azula batia forte em seu peito ao perceber o quanto poder Aldric agora tinha sobre ela. As mesas viraram, e o sorriso perverso de Aldric deixava claro que ele sabia disso.
Aldric começou a se mover em direção a ela de maneira lenta e predatória, seus olhos brilhando com um prazer malicioso. Azula deu um passo para trás, e depois outro, seu brio vacilando. Mas Aldric foi implacável, seu olhar nunca vacilando enquanto avançava, forçando-a a recuar até que suas pernas atingiram a borda da enorme cama no centro do quarto.
A atmosfera mudou, a fúria e a ameaça se transformando em algo muito mais perigoso e emocionante. Havia uma tensão eletrizante no ar, e apesar de si mesma, Azula sentiu uma torcida antecipação crescendo dentro dela. O vínculo entre eles ganhou vida, e ela podia sentir a presença de Aldric profundamente em seus ossos.
Ela rastejou na cama, seus movimentos lentos e deliberados, até suas costas pressionarem contra a cabeceira. Aldric subiu na cama atrás dela, pairando sobre ela como um predador saboreando sua presa. Ela podia sentir o calor irradiando de seu corpo, a tensão vibrando no ar. Seu coração batia forte, um calor delicioso acumulando-se em seu centro.
Quando Aldric se inclinou, Azula fechou os olhos, esperando o beijo que fora interrompido antes. Mas em vez disso, a voz de Aldric cortou a névoa do desejo como uma lâmina. “Dê-me Islinda.”
A decepção caiu sobre ela como uma onda, e ela cerrou os dentes em frustração. “Não,” ela sibilou, desafiando com os olhos.
Mas Aldric não estava com humor para ser negado.
Ele repetiu. “Eu disse, deixe Islinda entrar!” seu tom era mandatório, e como sua companheira, Azula não tinha escolha a não ser obedecer.
A ordem lavou sobre ela, não deixando espaço para resistência. Em um instante, Azula desapareceu, e Islinda estava de volta ao controle.
“Aldric,” Islinda respirou, seus olhos se abrindo. Ela sentiu-se sendo puxada para fora do vazio em que Azula a havia prendido. Alívio e calor inundaram-na enquanto olhava para ele, sorrindo.
Mas Aldric não estava com humor para conversa. Ele capturou seus lábios em um beijo intenso, suas mãos emaranhando no cabelo dela enquanto a pressionava contra a cama. Havia uma urgência feroz em seu beijo, uma necessidade desesperada de reclamá-la completamente, de terminar o que tinha começado antes.