Unidos ao Príncipe Cruel - Capítulo 781
Capítulo 781: Death Duel —1
Nota: Adicionei mais detalhes neste capítulo para dar uma imaginação imersiva do duelo mortal. No entanto, haverá menos descrições nos próximos capítulos. Obrigado.
———-
A manhã rompeu com uma luz dourada e suave que se espalhou pelo horizonte, aos poucos afastando a escuridão da noite. O céu, antes envolto no profundo índigo do amanhecer, começou a se ruborizar com suaves tons de rosa e laranja, como os delicados traços do pincel de um artista. Os primeiros raios de sol se estenderam sobre a terra, banhando tudo em um brilho âmbar quente.
Mas mesmo com esse brilho quente preenchendo o reino dos fadas, havia uma antecipação palpável e tensão no ar. Hoje era o dia D para o duelo mortal e quase todas as criaturas vivas do reino estavam se preparando para ele.
A notícia da luta entre Príncipe Aldric da Corte de Inverno e Príncipe Valerie da Corte de Verão se espalhou como fogo pelas várias cortes da natureza, incendiando empolgação e curiosidade em cada canto.
Desde os alcances gelados da Corte de Inverno, onde os ventos frios uivavam por suas florestas antigas, até as pradarias banhadas pelo sol da Corte de Verão, onde a luz dourada filtrava por copas de vegetação exuberante, Fadas de todos os tipos se preparavam para a jornada até Astária.
Era um evento de grande importância, um que prometia não apenas um espetáculo de poder e habilidade, mas também a chance de ver qual príncipe da corte emergiria vitorioso.
Astária, a cidade Fae neutra onde a luta ocorreria, nunca esteve tão viva. Suas ruas, geralmente movimentadas com Fadas de diversos antecedentes, estavam tão lotadas que funcionários do palácio tiveram que vir ajudar a controlar o trânsito das Fadas, senão um tumulto começaria nas ruas.
As Fadas do Inverno, com sua beleza pálida e etérea e auras de gelo, se moviam pela cidade como flocos de neve vivos, deixando um frio em sua esteira. Elas vestiam trajes de azul-gelo cintilante e prata, sua respiração formando pequenas nuvens no ar.
As Fadas do Verão, por contraste, traziam consigo calor e vivacidade. Sua pele bronzeada e seus cabelos, variando do dourado ao vermelho, pareciam capturar a própria essência do sol, e suas roupas brilhavam com as cores de um verão eterno.
As duas cortes sempre foram rivais, cada uma acreditando na superioridade de sua própria estação e o poder que ela conferia a seus príncipes. Esta luta, então, era mais que um simples concurso; era uma chance de provar qual estação reinava Suprema.
Ainda nem era o momento, porém, o anfiteatro onde o evento aconteceria estava perigosamente perto de encher. Fadas de todos os tamanhos e formas preenchiam o grandioso anfiteatro, e nunca a cidade de Astária tinha visto uma reunião tão diversa antes. Nem mesmo durante o momento histórico quando Rei Oberon foi coroado o rei Supremo de Astária, unindo todas as cortes.
O anfiteatro em si era uma estrutura circular de pedra e encantamentos mágicos, e estava no ponto focal da cidade. Foi preparado meticulosamente para a luta, seus assentos decorados com bandeiras de prata e ouro, representando as Cortes de Inverno e Verão. Vinhas de hera e rosas entrelaçadas com esculturas de gelo cristalino, criando um simbolismo impressionante do equilíbrio de poder entre as duas cortes.
Como se.
O ar zumbia com antecipação enquanto Fadas enchiam as arquibancadas. Sussurros de especulação e apostas trocavam de mãos enquanto a multidão debatia quem triunfaria—Príncipe Aldric, com seu domínio sobre gelo e neve, ou Príncipe Valerie, com sua maestria sobre fogo e luz.
Fadas do Inverno se reuniram em uma seção, sua presença marcada por queda de temperatura, enquanto as Fadas do Verão se aglomeravam em outra, suas risadas e conversas enchendo o ar com calor.
A tensão entre os dois grupos era palpável, cada lado ansioso para ver seu príncipe coroado como o vencedor, não apenas pela glória de suas cortes, mas também pelo orgulho de seus parentes.
As Fadas do Verão eram barulhentas—”fazedoras de ruído” como eram zombadas pela corte de inverno—e falavam das habilidades lendárias do Príncipe Valerie e os rumores de que ele agora manejava a chama azul.
Enquanto as Fadas do Inverno eram reservadas por natureza—”pavões arrogantes” como eram zombadas pela corte de verão—e inabaláveis em sua lealdade ao príncipe Aldric, mesmo sendo ele meio Fae escuro.
Bandeiras com os símbolos de ambas as cortes ondulavam na brisa, se opondo mas igualmente combinadas em seu brilho..
O ar ficou parado de expectativa. Todos os olhos nos portões de entrada, esperando pelo momento em que os dois príncipes entrariam na arena e se enfrentariam. O resultado desta luta seria gravado nos anais da história, um momento que seria lembrado por gerações vindouras.
Enquanto isso, no palácio, Rainha Maeve estava ereta e confiante em sua câmara privada, cercada por cinco donzelas que a atendiam com cuidado meticuloso. As criadas trabalhavam silenciosamente, suas mãos se movendo habilmente enquanto preparavam a rainha.
Seu cabelo, uma rica cascata de vermelho, foi preso em um coque intricado que emoldurava seu rosto com uma sensação de elegância e autoridade. O estilo acentuava suas feições afiadas e marcantes, conferindo-lhe uma beleza quase etérea que era tão intimidadora quanto cativante. Seus olhos, em um tom penetrante de dourado contra sua tez, eram realçados com maquiagem aplicada habilmente, que os fazia se destacar ainda mais, atraindo atenção para a intensidade de seu olhar.
Enquanto os toques finais eram aplicados, Maeve olhou para seu reflexo no espelho ornamentado à sua frente. Apesar da perda de seu título de Rainha Fae, ela ainda comandava respeito, ainda possuía o poder de intimidar com um único olhar. As donzelas sabiam disso também, suas mãos tremendo levemente enquanto fixavam os últimos grampos e ajustavam as dobras de seu vestido.
Seu vestido, de um profundo vermelho aveludado, era uma obra-prima de design — uma mistura perfeita de sofisticação régia e sensualidade sutil. O corpete abraçava sua figura, enfatizando sua cintura esguia e a curva graciosa de seus ombros. O vestido era adornado com bordados sutis, porém requintados, minúsculos fios dourados que capturavam a luz e brilhavam como chamas. O decote era alto, mas sedutor, um equilíbrio de modéstia e atração que falava da habilidade de Maeve de comandar tanto respeito quanto desejo.
No entanto, era a cauda de seu vestido que era verdadeiramente um espanto. Era tão enorme, tão grandiosa em escala, que exigia três criadas para levantá-la e arrumá-la adequadamente enquanto ela se movia. O rico tecido carmesim fluía como fogo líquido atrás dela, uma declaração visual de seu poder e presença duradouros. Era simplesmente impossível ignorar.
Cada detalhe da aparência da Rainha Maeve foi calculado para impressionar e intimidar.
A cor carmesim não era um acidente; era o tom do poder, da paixão e do sangue. Era uma lembrança para todos que a viam de que ela ainda era uma força a ser reconhecida. Este reino pertencia a ela.
As donzelas recuaram, sua tarefa completa, curvando a cabeça em deferência. Maeve deu uma última olhada avaliadora em si mesma. Satisfeita, permitiu que um leve, quase imperceptível sorriso tocasse seus lábios. Ela estava pronta.
Como se cronometrado, uma batida ecoou pela câmara. Uma das donzelas rapidamente se moveu para abrir a porta, revelando duas figuras reais — Rainha Nirvana da Corte da Primavera e Rainha Vitória da Corte do Outono.
A visão delas imediatamente mudou a atmosfera na sala. Estava claro que este duelo iminente era mais do que apenas um concurso mortal entre príncipes; era também um palco para as rainhas exibirem seu poder e status, e suas vestes refletiam essa rivalidade não dita.
Rainha Nirvana, como sempre, era uma visão de elegância nas ricas tonalidades verdes de sua corte. Seu cabelo também estava estilizado em um coque sofisticado, adornado com delicadas vinhas e flores que pareciam brilhar com vida.
O tecido verde de seu vestido abraçava sua figura perfeitamente, destacando sua beleza natural e a vitalidade que era sinônima da corte da primavera. Ela estava deslumbrante, mas havia um ar de competição em seus olhos enquanto passavam pela Rainha Maeve.
Rainha Vitória, no entanto, optou pelos ricos tons quentes de sua Corte do Outono. Seu vestido era de um profundo laranja queimado, discreto, mas inegavelmente belo, evocando as cores flamejantes das folhas de outono.
Ao contrário de suas contrapartes, o estilo da Rainha Vitória era mais contido, elegante sem ser ostensivo. No entanto, apesar de sua abordagem discreta, ela não conseguia escapar completamente da sombra lançada pela magnífica vestimenta da Rainha Maeve.
Entre as três rainhas, foi a Rainha Maeve que indubitavelmente roubou a cena.
Quando o olhar da Rainha Nirvana piscou sobre a grandiosa cauda de Maeve e o tecido carmesim cintilante, um lampejo de inveja e irritação cruzou suas feições.
Incapaz de se conter, Nirvana zombou, sua voz gotejando desdém. “Você parece uma mulher se preparando para um concurso, não para o funeral de seu filho.”
O temperamento da Rainha Maeve inflamou instantaneamente com o insulto, seus olhos se estreitaram com fúria mal contida. Ela estava pronta para revidar, colocar Nirvana em seu lugar com algumas palavras escolhidas, quando Rainha Vitória interveio entre elas, sua voz firme e autoritária.
“Chega,” Vitória repreendeu, seu tom não deixando espaço para discussão. “Este não é o momento para disputas mesquinhas. Devemos permanecer unidas, mesmo que apenas por hoje.”
Nirvana zombou desdenhosamente, mas manteve-se em silêncio, claramente relutante em escalar o conflito na presença de Vitória. No entanto, a tensão entre ela e Maeve fervilhava logo abaixo da superfície.
Um sorriso astuto se curvou nos cantos dos lábios de Maeve quando uma ideia a atingiu. Ela inclinou-se levemente, sua voz suave e entrelaçada com uma doçura simulada. “Obrigada por conferir, mas acredito que é hora de eu me juntar ao nosso marido. Afinal, o tempo não espera por ninguém.”
Com isso, ela varreu a sala, sua enorme cauda ondulando atrás dela, deixando tanto Nirvana quanto Vitória em seu encalço. A implicação de suas palavras — sua conexão com o rei — pairou no ar, uma última provocação às outras rainhas.