Unidos ao Príncipe Cruel - Capítulo 776
Capítulo 776: Controle da Mente – 2
“Onde você pensa que está indo?” Andre exigiu, apertando ainda mais o braço dela.
Islinda fez uma última tentativa desesperada de tentar controlá-lo. “Você vai me deixar ir e—” ela começou, mas os olhos de Andre se arregalaram ao perceber o que ela estava tentando fazer.
Ele rapidamente a girou, pressionando suas costas contra o peito dele, um braço envolvendo seu torso enquanto a outra mão tapava sua boca, silenciando-a no meio do comando.
Com o peito arfando, Andre falou ásperamente em seu ouvido, seu hálito quente contra sua pele. “Você vai aprender hoje que, ao contrário de você — um mestiço recém-nascido — eu vivi por centenas de anos e posso reconhecer cada truque que surge no meu caminho.”
Islinda lutou, suas palavras abafadas saindo em uma enxurrada de pânico, mas a pegada dele era firme como ferro. Ela podia sentir sua força, o poder bruto que o fazia ser o príncipe do outono. Andre mudou sua postura. Com um movimento fluido, ele a ergueu do chão e a jogou sobre seu ombro.
“Andre!” Islinda ofegou, seus punhos batendo contra as costas dele, “Me deixe descer imediatamente! Não é assim que você trata uma convidada!”
Mas não adiantava.
Ela estava presa, completamente à mercê dele. A impotência da situação afundou, e o medo corroía seu interior. Evelyn pensava que era forte, mas neste momento, ela se sentia tão vulnerável, tão superada.
“Talvez essa convidada devesse saber que não se deve sair por aí tentando controlar mentes. Vamos ter uma longa conversa sobre isso quando voltarmos. Você sabe o quão arriscado é tentar controlar mentes?” Andre a repreendeu como uma mãe faria com um filho.
Andre continuou andando, sua pegada firme e inflexível enquanto Islinda desistia e aceitava seu destino. Ela o subestimou e estava pagando por isso.
Islinda não fez cena enquanto Andre a levava de volta para o quarto e a jogava sem cerimônia na cama.
“Agora comece.” Ele exigiu, a conversa brincalhona e o tom provocativo que frequentemente acompanhavam suas interações se foram, substituídos por um tom frio e implacável.
Islinda abriu a boca para falar — para inventar uma história plausível — mas algo a fez pausar. Seus olhos se moveram rapidamente pelo quarto, seu coração afundando ao perceber que não havia sinal de Maxi, o que era estranho. Mesmo que estivesse no banheiro, Maxi teria saído correndo, se apenas para ver que ela estava bem.
“O que foi?”
Islinda o ignorou e procurou nos espaços, incluindo o armário, caso ela estivesse escondida ali, mas não havia sinal dela.
“Você está procurando sua acompanhante?”
Islinda parou.
O desconforto que vinha crescendo dentro dela se solidificou em raiva quando ela voltou seu olhar para Andre, seu rosto se aprofundando em uma carranca. “Onde está Maxi?” ela exigiu, sua voz afiada com preocupação e fúria.
A expressão de Andre permaneceu calma, embora um lampejo de irritação cruzasse suas feições. “Ela está na masmorra”, ele respondeu suavemente.
Islinda sentiu seu sangue gelar com as palavras dele. Ele só podia estar brincando com ela.
“A masmorra? Do que você está falando? Por que ela estaria lá?” Seus olhos estreitaram, “Por que você fez isso? O que ela fez para merecer isso?” Sua voz se elevou a cada palavra, seus punhos cerrados ao lado do corpo.
A calma de Andre vacilou, sua própria raiva irrompendo. “Você deveria estar grata, Islinda, que mantive esse assunto em segredo e não o relatei ao Pai. Se o Rei Oberon soubesse o que aconteceu, essa situação seria muito pior, e Aldric estaria em uma enrascada ainda maior.”
“Enrascada?” Islinda ecoou, sua voz tingida de descrença. “Tudo porque Aldric me tirou do palácio? É disso que se trata?”
Os olhos de Andre estreitaram. “Você tem alguma ideia das consequências, Islinda? Aldric te tirou do palácio bem debaixo do nariz do Rei. Ele já está por um fio com todo mundo procurando uma desculpa para se livrar dele. Esse truque poderia ter dado a eles exatamente o que precisavam. Por que ele não pode simplesmente apreciar o trabalho árduo das pessoas por aqui e parar de tornar as coisas difíceis pra cacete?!”
Islinda ficou chocada com o desabafo de Andre. Esta era a primeira vez que ela o via perder o controle assim. No entanto, Islinda tentou encontrar uma maneira de defender Aldric, de explicar suas ações.
“Ele só queria estar comigo antes do duelo mortal esta manhã. Ele está com medo de perder para Valerie amanhã e que seja a última vez que me veja.” Islinda mentiu, esperando acalmar a fúria de Andre e, com sorte, sua curiosidade.
Andre não pode saber que ela era uma Fae das trevas. Ela não podia dizer se a amizade deles era profunda o suficiente para esconder um segredo tão grande. No final, o espião-mestre do rei era leal às fadas da luz.
“Não encoraje seu comportamento imprudente”, Andre retrucou, sua voz tensa de frustração. “Você só está piorando as coisas. Aldric é teimoso e se recusa a manter a cabeça baixa, mesmo quando sabe quão precária é sua posição. Isso poderia ter colocado em risco não apenas ele, mas você também.”
Islinda caiu em silêncio, o peso das palavras de Andre pressionando-a. Ela entendia os riscos, mas isso não impedia a raiva de borbulhar dentro dela. Mas discutir com Andre não ajudaria em nada. Então ela desistiu.
Vendo-a subjugada, o tom de Andre suavizou levemente. “Você deveria descansar, Islinda. Vamos conversar mais amanhã. Então não se atreva a pensar que isso acabou.”
“E sobre Maxi?” Islinda perguntou, sua voz tremendo ligeiramente enquanto lutava para manter suas emoções sob controle.
“Ela terá que passar a noite na masmorra”, Andre disse firmemente. “Essa é a punição por suas ações. Ela será liberada amanhã.”
O coração de Islinda doía ao pensar que Maxi, leal e corajosa, sofria na fria e escura masmorra por sua causa. “Andre, por favor—”
Mas antes que ela pudesse terminar, Andre virou nos calcanhares e saiu do quarto, deixando-a sozinha com seus pensamentos e o eco de suas palavras.
Islinda afundou na cama, sua mente agitada com uma mistura de culpa, raiva e medo. Maxi não merecia isso. Mas não havia nada que ela pudesse fazer, exceto esperar pela manhã — um dia em que tudo se desvendaria.