Unidos ao Príncipe Cruel - Capítulo 775
Capítulo 775: Controle Mental – 1
Islinda chegou bem perto do castelo, o coração batendo forte em antecipação. O poder do medalhão, como de costume, não conseguia romper a barreira do castelo, então ela foi obrigada a pousar ali. As paredes altas e imponentes se erguiam à sua frente, e ela as examinou cuidadosamente, procurando um lugar para escalar. Os guardas levavam a segurança do palácio a sério, e não havia pontos fracos ou aberturas.
Ela pressionou o ouvido contra a pedra fria, escutando atentamente. Agora que seu lado Fae havia se manifestado completamente, seus sentidos estavam mais aguçados do que nunca. Ela podia ouvir o mais leve sussurro das folhas à distância, o suave murmúrio das criaturas noturnas na floresta além, mas dentro dos terrenos do palácio, não havia nada. Nenhum passo, nenhum tilintar de armaduras — nada. Os guardas haviam se mudado dessa parte, provavelmente para patrulhar outras partes da muralha. Mas eles retornariam logo, e ela precisava agir rapidamente.
Com a mente decidida, Islinda se levantou e começou a escalar a alta parede. Seus movimentos eram fluidos, graciosos, como se ela já tivesse feito isso mil vezes antes. Cada ação parecia sem esforço agora, bem diferente das lutas que enfrentava como um humano. Ela alcançou o topo da parede e se agachou, respirando tranquilamente enquanto observava a área abaixo. Satisfeita ao ver que estava tudo limpo, ela desceu, pousando suavemente nos pés com um pequeno sorriso triunfante.
Islinda endireitou o vestido e guardou o medalhão no bolso. Ela começou a caminhar, seu passo confiante e despreocupado. Se alguém a visse agora, ela diria que estava dando um passeio, incapaz de dormir. Não era um plano perfeito, mas seria suficiente.
Quanto mais andava, mais Islinda notava o quão estranhamente quietos estavam os terrenos do palácio. Ela não encontrou um único guarda no caminho, o que era extremamente incomum.
O palácio sempre era fortemente vigiado, especialmente à noite. Um desconforto cutucava o fundo de sua mente, uma sensação incômoda de que algo estava errado. Mas ela não podia se dar ao luxo de pensar nisso agora. Tinha que verificar Maxi, tinha que se certificar de que ele estava seguro.
Quando se aproximou da entrada do pátio, seus passos vacilaram. Lá, encostado casualmente contra um pilar com os braços cruzados, estava Andre. Seu olhar intenso estava fixo nela, como se ele estivesse esperando por ela o tempo todo.
“Droga,” o coração de Islinda perdeu uma batida, sua mente correndo enquanto tentava pensar em uma explicação. Mas no fundo, ela sabia que era inútil. Andre não era tolo. Mas isso não significava que ela não pudesse tentar.
A expressão de Andre era inescrutável, mas havia uma tensão no ar que fazia a pele de Islinda arrepiar.
Ele se afastou do pilar, dando um passo lento e deliberado em sua direção. “O que você está fazendo aqui fora, Islinda?” Sua voz era calma, quase calma demais, e isso lhe deu um calafrio.
Ela forçou um sorriso, tentando manter a calma. “Eu não conseguia dormir e pensei que uma caminhada poderia ajudar. Você sabe, clarear a mente e tudo mais.”
Os olhos de Andre se estreitaram ligeiramente, e ele inclinou a cabeça como se estivesse considerando suas palavras. “Uma caminhada, no meio da noite, sozinha? Isso não é do seu feitio, Islinda.” Ele fez um som de reprovação. “Você sempre foi uma péssima mentirosa, Islinda.”
Seu pulso acelerou, mas ela se manteve firme. “Eu não estou mentindo. Por que eu mentiria?”
Andre inclinou a cabeça ligeiramente, estudando-a com uma intensidade que fez sua pele arrepiar. “Talvez porque você estava se esgueirando pelo palácio à noite, escalando paredes como uma ladra.”
Oh não. Ele a viu. Não é de se admirar que voltar ao palácio tenha sido fácil — foi uma armadilha. Uma armadilha para pegá-la. Islinda engoliu em seco. Não havia uma saída fácil disso.
“Eu… Eu tinha que verificar algo.”
“E esse algo exigiu que você evitasse os guardas e escalasse paredes?” A voz de Andre era calma, mas havia um tom de desconfiança.
Islinda sabia que estava pega. Não havia sentido em rodeios, então ela resolveu ser honesta. Mas assim que abriu a boca para confessar, uma ideia astuta lhe veio à mente.
Ela se lembrou do incidente anterior em que havia controlado a mente dos guardas, obrigando-os a cumprir suas ordens. Poderia usar o mesmo método em Andre? Isso lhe pouparia muitas perguntas e problemas. Ela só esperava se lembrar de como fazer isso.
Seu comportamento mudou instantaneamente. Com um balanço sedutor, Islinda foi fechando o espaço entre ela e Andre. Colocou a mão no peito dele, avançando ainda mais até seus rostos ficarem a poucos centímetros de distância. Ela prendeu seu olhar com o dele, deixando seus olhos arderem com uma intensidade atraente.
Então, em um tom carregado de sedução, ela disse, “Você vai me deixar ir e não me questionar sobre este incidente. Você não me incomodará.”
Islinda observou com satisfação enquanto aquela fumaça preta familiar saía de seus lábios, lançando-se em direção a Andre. Ela focou, querendo que a fumaça o envolvesse, que tomasse controle.
Ela viu seus olhos escurecerem, tornando-se completamente negros, e por um breve momento, acreditou que havia funcionado. O alívio a inundou — até que seus olhos repentinamente voltaram ao normal, se estreitando com um olhar duro e suspeito.
“O que diabos você acabou de fazer comigo? Você estava tentando me compelir?” A voz de Andre estava carregada de fúria e descrença.
Islinda recuou, o choque a paralisando. Não era assim que deveria ter acontecido. Não funcionou nele? Mas por quê? Andre era imune a isso, ou ela não era forte o suficiente?
Pânico correu por suas veias enquanto Andre continuava a bombardeá-la com perguntas, seu tom ficando mais intenso, “Esse é o seu poder? Como você aprendeu tão rápido? Quem te ensinou? Foi Aldric?”
Seu coração disparou enquanto ela procurava desesperadamente uma saída. As paredes pareciam fechar sobre ela ao perceber que estava em um grande problema. O desespero a dominou, e sem pensar, ela tentou correr. Mas Andre foi mais rápido. Sua mão se estendeu, agarrando-a pelo braço antes que ela conseguisse dar dois passos.